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domingo, 13 de outubro de 2013

O nebuloso cenário político para 2014

Direto de Itaituba-PA

         Jota Parente - O cenário político para 2014, em se falando de Itaituba, está muito nebuloso, em função dos agentes políticos que compõem esse quadro, a começar pela disputa para o governo do Estado. Simão Jatene, que deu um banho de votos em Ana Júlia na eleição de 2014, se a eleição fosse hoje, levaria uma lavada da ex-governadora, que a priori, não é pré-candidata ao cargo. Uma pesquisa encomendada por um empresário local ligado à política, constatou isso. Ela ganharia fácil, de Jatene e também derrotaria Helder Barbalho.
            O motivo dessa preferência do eleitorado itaitubense, neste momento, é simples de ser compreendido: mesmo sem ter feito muito por esta região, Ana Júlia foi, incomparavelmente melhor do que o atual governador, pois, além de seu governo ter sido muito mais presente, contemplando Itaituba e outros municípios da região Sudoeste com alguns benefícios, ela esteve aqui por algumas vezes, ao contrário de Jatene, que nunca apareceu.
            O governador atual dispõe de pouco tempo para tentar melhorar sua imagem por aqui. Apenas melhorar, porque ele não vai conseguir desfazer toda a insatisfação que tomou conta da população de Itaituba, de empresários a trabalhadores, de professores e profissionais liberais, e de estudantes a sindicalistas, uma vez que em tempos de comunicação em tempo real, não há mais clima para enganar o eleitor com a facilidade de antes.
            Aliada de Simão Jatene, a prefeita Eliene Nunes sofre o desgaste de seu próprio governo que ainda não engrenou e, de quebra, também pode colher mais desgaste junto a opinião pública, não só porque Jatene não faz nada por Itaituba, como ainda o defende, como no caso do início da obra do Hospital Regional do Tapajós, que foi um compromisso de campanha assumido por ele. Essa construção começou com o típico rótulo de obra eleitoreira, pois embora altamente necessária, somente um ano antes da eleição é que o governo do Estado deu a ordem para a largada dos trabalhos.
            Quando o assunto é a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa, o quadro é rigorosamente indefinido, e poderia ser totalmente favorável ao deputado estadual Hilton Aguiar. Ele deveria melhorar sua votação do seu município de origem, e não se pode afirmar que não vá conseguir, embora ele tenha diminuído bastante suas aparições na mídia local. Provavelmente, em função de não ter conseguido cumprir a ladainha de promessa que fez, confiado em que o governo do Estado as atenderia. Ainda mais agora, que ele trocou o PSC pelo Solidariedade. Ninguém pode prever o que vai acontecer com ele nesse novo partido.
            O médico Leonard Cabral deverá ser um nome novo da próxima campanha eleitoral para deputado estadual pelo PSB. Certamente a cúpula de seu partido, em Belém, não vai abrir mão de um nome de respeito como o dele, que além da vantagem da profissão que exerce, ainda conta com o suporte de um grande hospital da cidade, além da experiência de sua mãe, a ex-vereadora Horalícia Cabral.
            Quanto a possíveis outros concorrentes para a ALEPA, o que se sabe é que o PMDB gostaria, num primeiro instante, de ter o médico Edir Pires como candidato, para dar suporte à candidatura do pretenso candidato a governador pelo partido, o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho. Não se sabe se foi por impedimento legal de Edir, que teve seu mandato de vice-prefeito cassado pelo TRE, mas, o fato é que, de uma hora para outra seu nome deixou de ser citado, entrando em cena o nome do ex-prefeito Valmir Climaco.
            Com referência a esse nome, existe a questão da decretação da inelegibilidade de Valmir, por oito anos, pela juíza titular da 34ª Zona Eleitoral, Vanessa Ramos Couto, decisão da qual cabe recurso. Todavia, como ainda falta um ano para a eleição, quem é que pode garantir que o Tribunal Regional Eleitoral não fará o julgamento antes do período eleitoral de 2014? E se a decisão da corte estadual for pela manutenção da sentença de primeira instância? São perguntas que mexem com a imaginação de políticos e eleitores.
            No que concerne à eleição para deputado federal, também há mais perguntas do que respostas. O deputado federal Dudimar Paxiúba deixou o PSDB, partido de legenda alta, ingressando no recém criado PROS. Ele terá uma missão árdua, que será organizar e promover a sigla em Itaituba, na região de influência deste município, e onde mais for possível. E dispõe de um tempo relativamente curto para isso. Quanto ao que vai acontecer com seu futuro político, vai depender do sucesso que o PROS vai ter no Pará, no processo de implantação e divulgação, e na sua capacitação de comunicação com o eleitor.
            Existe ainda, a incógnita chamada Roselito Soares, que insiste em não sair do cenário político, porque tem claras pretensões de voltar a ser prefeito de Itaituba, um dia, seja quando for. O ex-prefeito ensaia uma candidatura a deputado federal, como recém filiado ao PMDB, para somar votos para Helder Barbalho. Entretanto, o que se sabe é que ele está impedido pela Justiça Eleitoral, por ter sido cassado pelo TRE, embora ele jure que pode, sim, ser candidato.
            Uma possível alteração desse quadro se dará, caso se confirme a candidatura do presidente da Câmara, vereador Wescley Tomaz, que ensaia os primeiros passos como futuro candidato a deputado estadual. Agora, que Hilton Aguiar saiu do PSC, o caminho ficou livre para Wescley, que conta com o apoio do deputado federal Zequinha Marinho, que tem diferenças com Hilton. São conjecturas, e a nós, eleitores, resta aguardar para ver se teremos boas opções para tentar mudar essa esculhambação que é a política nacional. A paraense não é diferente. Nem a de Itaituba. 

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