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terça-feira, 30 de agosto de 2016

ELEIÇÃO 2016 - PROFESSOR ZÉ ALVES 18.222

Nessa série, apresentaremos todos os candidatos que tiverem interesse em utilizar esse espaço, independente de partido ou preferência. Basta o interessado enviar por email texto com até duas laudas para o email luizvieira2006@yahoo.com.br. Esse blog está disponível a todos.

Professor Zé Alves Número 18.222



Slogan: “Sustentabilidade e Compromisso Social.”

Trajetória


Sou o professor José Alves de Lima, popular Zé Alves. Nasci no interior do Ceará, sou filho de agricultor e moro em Parauapebas desde 1992. Graduado em Geografia, sou professor das redes municipal e estadual de ensino, tendo colaborado para a formação de mais de 10 mil alunos em quase duas décadas de magistério.

Casado com a professora Delma Alves e pai de Danilo e Laura, eu escolhi Parauapebas para formar minha família, por acreditar nesta terra como um lugar de prosperidade. Estou filiado ao partido Rede Sustentabilidade e me sinto apto e pronto para contribuir na construção de uma Parauapebas mais justa e de oportunidade, seja na cidade e no campo. Sou candidato a vereador pela coligação “Parauapebas da Oportunidade”, que tem como candidato a prefeito Darci Lermen e vice Sérgio Balduíno. 

Conto com você para que, juntos, possamos implementar políticas eficientes de desenvolvimento sustentável em nosso município.

Vamos nessa!

Contribuição social


· Iniciei minha trajetória em Parauapebas, em 1992, como vigilante de escola.

· Fui eleito o conselheiro tutelar mais votado do município, em duas ocasiões: 1997 e 2000.

· Presidi o Conselho Tutelar, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Parauapebas (COMDCAP), o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR) e o Fórum de Secretários de Agricultura do Sul e Sudeste do Pará.

· Ocupei o cargo de secretário municipal de Agricultura entre 2006 e 2008.

· Tornei-me o 5º vereador mais votado de Parauapebas, com mandato entre 2008 e 2012, e fui presidente da Câmara Municipal em 2012.

· Sou professor concursado das redes municipal e estadual e contribuí com a formação de mais de 10 mil alunos.

Atuação no legislativo


Por duas vezes, fui candidato a vereador em Parauapebas. Da primeira vez, tornei-me o 5º candidato mais votado, com a adesão nas urnas de 2.446 pessoas em 2008, tendo sido eleito.

No ano de 2012, conquistei 1.356 votos e fui o 14º candidato mais votado daquele pleito, posicionando-me como suplente. 

Desta vez, quero retornar à Câmara Municipal, com a sua ajuda, para que juntos possamos propor alternativas que viabilizem o desenvolvimento econômico e social de nosso município, ofertando oportunidades e qualidade de vida a todos os cidadãos.

Compromisso


Por uma Parauapebas sustentável e de oportunidade, que seja capaz de criar condições de estudo, emprego e renda para os jovens e de sobrevivência para as próximas gerações, coloco meu nome à disposição para lutar na Câmara para que o orçamento público esteja a serviço de investimentos que garantam o desenvolvimento do município em favor da melhoria da qualidade de vida e da dignidade de todos, em serviços sociais básicos como educação, saúde, agricultura e habitação.

Apresento a você minhas propostas nas seguintes áreas:

Educação


· Lutar pela garantia de acesso e permanência de todo cidadão a uma educação pública e inclusiva, de qualidade, na cidade, no campo e em comunidades indígenas. 

· Propor parceria com instituições de ensino superior para que Parauapebas se torne um polo universitário.

· Buscar fortalecer e atrair cursos técnico-profissionalizantes para nossos jovens.

· Defender a oferta de cursos de pós-graduação aos professores por meio de convênios com Universidades Públicas.

Gestão e legislação


· Priorizar o orçamento municipal às secretarias que realizem atividades fins.

· Aprimorar as leis municipais, de forma que atendam a todos de maneira democrática, plural e respeitando a Constituição.

· Fortalecer e apoiar os Conselhos Municipais e fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos nas mais diferentes áreas.

· Acompanhar os serviços públicos, de modo a atender adequadamente a população.

Desenvolvimento social e sustentável


· Propor assistência técnica para desenvolvimento da agricultura.

· Fortalecer o crédito alternativo como instrumento de geração de emprego e renda, na cidade e no campo.

· Legislar em favor de uma política de saúde que descentralize o atendimento e fortaleça o Programa Saúde da Família.

· Apoiar a iniciativa de projetos para melhorar a segurança e enfrentar a criminalidade, combatendo as drogas e todo tipo de violência e exploração contra crianças e adolescentes.

· Sugerir ao Executivo a implantação de projetos de desenvolvimento econômico e sustentável que atendam aos anseios de Parauapebas para além da mineração e que representem os interesses dos municípios.

· Defender, ainda, projetos que representem o interesse do nosso município e de nossa população.



Vote 18.222 – Rede Sustentabilidade

A PIOR CÂMARA DE TODOS OS TEMPOS!

Você já conheceu uma legislatura pior do que essa atual? Provavelmente não. Para não generalizar, excluo uns dois vereadores que tentaram fazer um trabalho sério. Os demais esculhambaram  e chafurdaram geral, transformando o Poder Legislativo de Parauapebas em uma péssima referência e um exemplo do que não deve ser o parlamento.

O prefeito Valmir disse em alto e bom tom na entrevista no Programa do Bacana que os vereadores da oposição queriam era ficar ricos da noite para o dia. E não é que ele estava certo?! Bastou o velho alcaide abrir o saco milagroso que os meninos ficaram sorrindo a toa. Antes esculachavam com o velho e chamavam-no de corrupto e incompetente. Agora, beijam-lhe os pés e afirmam que se trata do melhor prefeito do mundo. Em compensação, vereadores que estavam quebrados e sendo ameaçados por agiotas, de repente compraram fazendas de ex-vereador. Quem disse que milagre não existe.

Vereadores reeleitos


Muita gente fala que os atuais vereadores não se elegem mais nem para síndicos. Infelizmente eu tenho que contestar. Vários vereadores acumularam fortuna as custas do sucateamento de secretarias e vão usar essa grana para comprar a reeleição. Eles se aproveitarão da fragilidade do eleitor que vende o voto em troca de R$100,00 e promessa de emprego no futuro, e aproveitarão também da fragilidade da justiça eleitoral que não dará conta de fiscalizar com rigor para praticar todo tipo de crime eleitoral.

Nesse cenário, 6 ou 7 vereadores se reelegerão às custas de muita grana e muito abuso nas barbas da justiça, e darão continuidade ao circo dos horrores. Portanto, não se engane cidadão. Infelizmente, a falta de consciência política e a falta de cidadania prevalecerão no legislativo nessa eleição, a não ser que consigamos reverter essa tragédia.

Para contribuir um pouco com o voto cidadão, apresentarei aqui no blog alguns candidatos que eu julgo que estão aptos para fazer um mandato diferente e dar um pouco de credibilidade e qualidade ao cambaleante legislativo. Fiquem atentos e a vontade para fazer sua escolha.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

PREFEITO DE PARAUAPEBAS - VALMIR MARIANO - DÁ CALOTE NA UNIVERSIDADE E CURSOS SUPERIORES SÃO AMEAÇADOS.

A notícia é preocupante e pega a comunidade acadêmica de surpresa. Todo o investimento em educação superior feito em Parauapebas corre o risco de escorrer pelo ralo devido a falta de compromisso do governo Valmir Mariano. Parauapebas, que com muita carência começou a ofertar alguns cursos superiores à sua juventude, agora amarga uma crise sem precedentes na sua história. 

O curso de Engenharia Mecânica que funcionava graças a um convênio entre a UFPA e a prefeitura, já parou suas atividades por falta de pagamento da prefeitura. Já o curso de Direito está ameaçado pelo mesmo motivo. Há oito meses que o prefeito Valmir Mariano não repassava a verba devida e depois de uma reunião entre os coordenadores e o gabinete do prefeito, tudo o conseguiram foi a quitação de duas parcelas das oito devidas. O governo alega não ter dinheiro para cumprir os compromissos. 

Essa notícia era para ser guardada a sete chaves, pois o governo teme que a população saiba que está falido e não está conseguindo honrar os compromissos mais básicos. Realmente isso é muito preocupante e pode ter sérios agravantes para toda a comunidade.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

VALMIR AGONIZA - CANDIDATO A REELEIÇÃO, PREFEITO VALMIR BATE RÉCORD EM REJEIÇÃO

Candidato a reeleição, o prefeito Valmir Mariano caminha para conseguir um feito inédito na política de Parauapebas: não conseguir um segundo mandato. Também pudera! Seu governo foi marcado por seguidos escândalos de corrupção, violência, fraudes, batidas policiais, prisões de secretários e vereadores aliados, calotes, sem contar com as várias operações da Polícia Federal e pelo GAECO. Tudo isso e outras lambanças marcaram a gestão Valmir e deixou cravada na memória do povo um modelo pernicioso e grave de gestão que deve ser esquecida e enterrada.

Quebradeira


A gestão do Valmir conseguiu literalmente quebrar a cidade mais rica do Brasil. Já vivemos outras crises nacionais muito mais graves do que a atual, e Parauapebas sempre atravessava de pé. Dessa vez, a coisa ficou feia. A paisagem que mais vemos na cidade são casas com placas de VENDE-SE ou ALUGA-SE. O comércio amarga seu pior momento na história e a quebradeira é geral. Valmir priorizou a concentração de poder e encaminhou a economia do município para grandes empresas de fora que ganharam licitações escandalosamente fraudulentas e sugaram nosso dinheiro. Um exemplo é a empresa SUCESSO que ganhou uma licitação para duplicar um pequeno trecho na PA a preço que daria para construir todo o asfalto de Parauapebas a Canaã dos Carajás. E o pior: a obra está abandonada.

Dinheiro para comprar lideranças


Em uma entrevista que deu no programa do Bacana, Valmir disse em tom irônico que o que os vereadores da oposição queriam era ficar ricos da noite para o dia. O prefeito que passou dois anos e meio deixando os vereadores à míngua e brigando por cargos e poder, resolveu ouvir os conselhos do seu núcleo político e abrir o saco para a Câmara. Misteriosamente, vereadores que chamavam-o de corrupto e incapaz, que denunciaram o velho prefeito até na Polícia Federal, num toque de mágica deixaram "cair as escamas dos olhos", "fumaram o cachimbo da paz" e passaram a apoiar com unhas e dentes o prefeito combalido. Mágica? Conversão? Mistério!!!

Outra estratégia do velho alcaide foi entregar secretarias de porteira fechada aos vereadores chorões que, por sua vez colocaram secretários laranjas sem nenhuma experiência e vocação para administrar sequer um boteco. Assim, pastas importantes foram entregues a maridos, filhos, concubinas, sobrinhos, amigos de bar, coleguinhas do futebol ou da igreja, etc. O resultado foi um desastre nos serviços públicos e a população deixada irresponsavelmente no abandono.

Valmir aparece em terceiro lugar e parte para o desespero


Com um alarmante índice de rejeição, o prefeito Valmir já aparece nas pesquisas em terceiro lugar, mesmo usando acintosamente e sem medo a máquina pública. O clima de desespero já domina o Palácio Cinzento criando um perigoso clima de hostilidade e ataques violentos aos adversários. O gabinete e a ASCOM já acirram a campanha nas redes sociais usando perfis falsos conhecidos como FAKES para espalhar falsos boatos e difamar pessoas e candidatos adversários. A ordem é partir para o tudo ou nada e usar todo o poder econômico para assediar candidatos a vereadores de partidos adversários. Confesso que acho essa turma bastante corajosa, pois diante do rigor da legislação eleitoral, eles agem como se não temessem nada e como se aqui em Parauapebas não houvesse justiça.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A MINHA VEREADORA

Ao aproximar dos 50 anos de idade, priorizo a amizade acima das questões políticas.


Havia prometido que não trataria desse assunto aqui, mas muitos amigos e conhecidos tem me cobrado insistentemente sobre a "minha vereadora". E eu sempre respondo: não há e nunca houve "minha vereadora". É público e notório que na eleição de 2012 apoiei e fui decisivo na eleição da vereadora Eliene Soares. Estivemos durante um ano e meio no direcionamento desse mandato, mas, infelizmente tive que encerrar meu compromisso. Enquanto estive à frente nutri o sonho de demonstrar na prática como se faz um verdadeiro mandato, como se deve ser na prática o papel de um vereador. 

Depois de muitas tentativas, alguns acertos e muitos erros, decidi que seria melhor me afastar. E fiz sem fazer alarde, de forma discreta como deve ser. Na verdade, nem cheguei a me despedir da equipe. O que aconteceu? Diria que foi desencanto. Não encontrei o ambiente propício e ideal para desenvolver meu projeto de legislativo como acredito e como prometi aos eleitores que confiaram em mim. Ao aproximar dos 50 anos de idade, priorizo a amizade acima das questões políticas. E assim, me afastei do mandato da vereadora Eliene Soares discretamente e sem traumas, fazendo prevalecer a amizade e o respeito.

Mas na política é assim. As vezes acertamos e as vezes erramos. Dessa vez errei no meu julgamento, nas minhas expectativas. Mas isso não me dá o direito de me desencantar com a política. Com certeza, cometerei outros erros e outros acertos. O importante é continuar lutando em busca do ideal de político que represente o perfil do que entendo ser o verdadeiro representante do povo. Busco um vereador ou vereadora comprometido(a) verdadeiramente com as causas sociais, que não se venda e não se corrompa pelas armadilhas do poder, que seja verdadeiro diante de todas as circunstâncias, que seja original quando diz sim e quando diz não. Busco um vereador ou vereadora que seja propositivo(a), que entenda o conjunto do seu papel de legislador, que saiba ouvir o povo e que fale menos, que se dispa das vaidades pessoais e persiga o crescimento coletivo.

E é nessa busca que nesse ano vou acompanhar de perto não um candidato, mas alguns candidatos. Como professor, blogueiro, escritor e militante político com experiência de quase 30 anos de Parauapebas sinto-me na obrigação de dialogar com as pessoas que confiam e acreditam em mim, na busca de bons representantes para o nosso poder legislativo. Aos que seguirão sem o meu apoio desejo sorte e que encontrem esse ideal. Independente do que penso ou acredito, a vida segue.

Assim será. O espaço está aberto para o debate e o diálogo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

CONHEÇA OS PRINCIPAIS TIPOS DE CANDIDATOS QUE VOCÊ ENCONTRARÁ EM PARAUAPEBAS

  •    Candidato xarope – é o tipo insuportável, grudento e que o eleitor quer distância. Ele aborda o eleitor na rua, no trabalho ou em casa e vai logo pedindo voto. Geralmente fala bem de si próprio e mal de todo mundo. Tenta usar alguma frase de efeito e geralmente é evasivo – daquele que não tem conteúdo. Sai pegando na mão de todo mundo de forma artificial e aleatória. Outro dia cruzei com um numa palestra e sem ao menos me conhecer e sem ser apresentado me cumprimentou e disse uma frase de musica de fank. E logo em seguida pediu meu voto. E o pior: ficou segurando em minha mão até que eu puxasse.
  •   Candidato papagaio – fala, fala, fala, geralmente repetindo o que ouve sem nenhuma noção do que está falando. É um tipo artificial que não inspira credibilidade em ninguém. Um verdadeiro falastrão, pois não tem conteúdo e não sabe o que fala. Esse tipo de candidato acha que político tem que falar muito, e aí dispara a falar abobrinha
  •      Candidato raivoso - esse tipo é o mais evitado pelo eleitor. Pensa que é o dono da razão e sai brigando com todo mundo que pensa diferente dele. Se preocupa em falar mal de todo mundo que acaba esquecendo de falar de suas próprias qualidades. Anda sempre com fisionomia fechada e contrariado. Sorrir? O que é isso?
  •         Candidato palhaço – é o tipo que aposta na esculhambação da política. Deu certo para Tiririca que se elegeu com palhaçada e tenta imitá-lo. Cria slogan depreciativos e acha que todo eleitor é palhaço.
  •       Candidato cara-de-pau – é o mais comum de todos. Promete, promete e promete. Diz que vai construir escolas, hospitais, arrumar emprego para todo mundo da família e até pontes onde não tem rio. Não sabe sequer o papel do vereador e aposta na ignorância do eleitor.
  •         Candidato indeciso – é o tipo Maria vai com as outras. Ele está filiado em um partido, está numa coligação, mas não defende nenhuma bandeira. Diz que está pedindo voto só para ele e não é capaz de defender sua coligação. Esse tipo não inspira confiança em ninguém.
  •        Candidato mercadoria – esse é mais do que confuso e segue ao sabor do vento. Não é capaz de manter fidelidade com ninguém e, muito menos com o partido ou coligação que lhe deu legenda. Sua campanha não se vincula a campanha de nenhum prefeito e apoia quem estiver na frente das pesquisas ou quem lhe oferecer mais. Pode-se chamar esse tipo de candidato-prostituto.  Não inspira confiança no eleitor, pois quem não tem fidelidade com seu grupo, não terá com o município, caso seja eleito.
  •    Candidato coitadinho – a cara dele já representa a derrota. Vive sempre reclamando de tudo e de todos e se coloca sempre como vítima. Parece que o mundo inteiro anda conspirando contra ele. Se alguma coisa não deu certo num comício ou numa reunião, vai logo falando que foi boicotado, que é perseguido. Sente-se o centro do universo.
  •        Candidato cidadão – eis aí um tipo raro nos dias de hoje. É uma pessoa equilibrada, bem preparada, humilde e, acima de tudo, tem visão de águia na política. Sabe enxergar as dificuldades e os potenciais de cada um e busca sempre as decisões que interferem no coletivo. Conhece bem o papel do legislativo, do executivo e do judiciário e usa esse conhecimento para montar sua plataforma política. Esse tipo de candidato dispensa apresentação. Geralmente tem várias pessoas que falam bem dele, de tal forma que o eleitor tem curiosidade para conhecê-lo. E o mais importante: sabe que jamais conseguiria se eleger sozinho, por isso dá a maior força para os demais candidatos da coligação.

Se você conhecer outro tipo de candidato, mande pra nós que publicaremos aqui.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O NASCIMENTO DO ESCRITOR

15 de agosto de 2015, sábado com uma lua crescente quase cheia. O avião da Gol toca o solo do aeroporto de Guarulhos depois das 21 horas. Desembarco ansioso e dirijo-me para as esteiras de restituição de bagagens. Parece que quando você está com pressa sua bagagem sempre é a última, só para contrariar. Fico ali parado impaciente vendo a esteira girar enquanto os passageiros com cara de tédio e sono vão retirando suas malas e esvaziando o salão. Enfim, lá vem a minha, quase solitária deslizando devagar. Aquilo demorou uma eternidade. Retiro-a e saio apressado procurando uma loja onde pudesse comprar um cadeado. Esse é um detalhe que deveria ter lembrado em casa, pois esse esquecimento me custou $40 por um cadeadozinho vagabundo. Parece que nos aeroportos todos perdem a vergonha e viram assaltantes.

Mas por que eu precisava tanto de um cadeado a ponto de me submeter a exploração de loja de aeroporto? É que eu resolvi me hospedar num albergue, e foi a primeira vez que o fiz no Brasil. Minha primeira experiência com esse tipo de hospedagem foi em 2013 na Espanha quando fiz o Caminho de Santiago. Achei fantástico dividir o quarto com estranhos e conviver coletivamente. Decidi então que ficaria num albergue. Não por falta de dinheiro, mas queria ter essa experiência no Brasil num momento importante de minha vida. "Tenho que começar com boas energias", pensei. "Vá que eu fique famoso e terei como contar que minha vida de escritor começou num albergue". Infelizmente, quando reservei o albergue no site, havia uma recomendação de manter malas sempre trancadas com cadeado. Lamentei por isso, pois na Espanha ninguém toca em seus objetos nos albergues dos peregrinos. Mas enfim, cada um com sua realidade.

Saí para tomar um taxi. Fiquei quase meia hora esperando numa fila, até que finalmente chegou minha vez. Ao entrar no veículo, eis uma boa surpresa: o motorista era uma mulher. Considerei aquilo um bom sinal. "Boa noite senhor. Para onde vamos?" - perguntou sorridente. Passei o endereço do albergue que trazia salvo no smartphone e ela digitou no GPS do seu celular e saiu devagar do aeroporto congestionado. "É a primeira vez que ando de taxi com uma motorista aqui em São Paulo. Pelo jeito não há muitas mulheres nessa profissão por aqui né?" - observei tentando puxar conversa. "É verdade. Aqui em Guarulhos só vi mais uma mulher", - respondeu com voz amistosa. "A senhora já sofreu algum preconceito?" - pergunto. "E como! Hoje mesmo um senhor me parou e quando viu que era uma mulher, dispensou. Disse que pegaria o próximo" - respondeu com um sorriso. Na conversa descobri que a taxista era uma baiana como eu, e que veio para São Paulo há pouco mais de um mês fugindo do desemprego e do fim de um casamento complicado. Estava na praça havia somente um mês e sonhava  ter seu próprio taxi. Para isso trabalhava das 5 da manhã até meia noite. Eu seria seu último passageiro da noite. "Que baiana arretada", - pensei. Confesso com certa vergonha que senti um pouco de medo quando ela me falou que não conhecia São Paulo e estava na profissão somente há um mês, mas logo relaxei pela forma cuidadosa e paciente como dirigia.

"O senhor veio de tão longe!" - admirou quando falei que estava chegando do Pará. "Veio a negócio? Trabalha com que?" Essa pergunta surgiu como música para meus ouvidos. Até aqui sempre respondia: "sou professor". Dessa vez, estufei o peito todo orgulhoso e respondi: "sou escritor. Vim para o lançamento nacional do meu livro". "Que legal! Parabéns! Vou querer um exemplar autografado" - falou com verdade no tom de voz. "SOU ESCRITOR". Aquela frase ficou reverberando em minha memória com toda imponência. "SOU ESCRITOR". Senti-me importante verdadeiramente.

Enfim, chego ao meu albergue quase meia noite. O lugar era bem agradável e descolado. Os quartos ficavam no andar de cima e as escadas de madeira envernizada trazia em seus degraus poesia da Cora Coralina. "Mais um bom sinal" - pensei. No meu quarto haviam três beliches e só uma estava ocupada por uma moça loira com fones de ouvido nas orelhas e ar de turista. O hospitaleiro me indicou o banheiro no final do corredor e disse que se eu quisesse comer algo, a cozinha estaria disponível com um cardápio do dia - comida árabe. Tomei banho rápido para experimentar a tal comida. Quando retornei ao quarto já haviam mais dois homens. Vesti uma bermuda e uma camiseta e desci para o restaurante que ficava na parte da frente do albergue com uma pequena área com jardim que dava para a rua. Escolhi uma mesa no canto do lado externo e pedi ao garçom que me sugerisse o cardápio, pois não conhecia nada de comida árabe além de quibes. Enquanto esperava, tomei duas cervejas e fiquei pensando no dia seguinte. O local era bem agradável com decoração estilo anos 80. Em cada mesinha continha um pequeno abajur com uma vela acesa, deixando uma sensação de harmonia. Seria meu grande dia, minha estréia. Enfim, comi algo que não me lembro o nome, mas estava gostoso. Parecia um carpaccio bem apimentado e com bastante ervas. Pedi mais uma cerveja para aproveitar o friozinho que fazia. O garçom me recomendou que eu passasse para a área interna do restaurante, pois naquele horário não era seguro ficar ali. Obedeci de pronto.

Já passava de 1 hora da madrugada quando me recolhi. Escolhi a parte de baixo do beliche e fiquei um tempão sem pegar no sono. Já era 16 de agosto e daqui a pouco iria na editora conhecer minha obra. Tudo o que eu tinha visto foi o rascunho da capa que a secretária me alertou que a original ficaria muito mais bonita. Estava me sentindo como um pai de primeira viagem na antessala da maternidade. Pensei que não conseguiria dormir naquela noite. Mas dormi, não sei como.

Sete horas e eu já estava de pé na sala onde era servido o café da manhã. Café com leite, pão de queijo, bolo de fubá, bananas, mamão e suco de laranja. Um verdadeiro banquete para os padrões de um albergue. As 8 em ponto, tomei um taxi em direção a editora. "Olá, gostaria de falar com a Cristiane Rezende", - falei nervoso com a recepcionista. "Olá. Tudo bem? O senhor é?" - perguntou sorridente a moça com cara de secretária. "Sou o Luiz Vieira e vim ver o meu livro". "Ah, pois não senhor Luiz. Sente-se que já vou chamá-la". Estiquei o olho e vi um exemplar do meu livro sobre uma mesa. Quase que invadi o espaço dividido por uma escrivaninha e avancei sobre o livro, mas me contive. De repente surge uma moça aparentando ter uns 35 anos. Usava um terno azul  e se dirigiu a mim estendendo a mão com simpatia. "Oi, é o senhor Luiz Vieira?" "Sim, muito prazer", falei retribuindo o aperto de mão. "Nos falamos tanto por telefone e por email que parece que já lhe conheço", - observou a Cristiane. Felizmente ela percebeu meu estado de ansiedade e foi direto ao ponto. "Preparado para ver seu livro senhor Luiz Vieira?" - perguntou sorridente enquanto se dirigia à mesa do canto onde estava um exemplar. "Sim, por favor", - respondi.

Segurei pela primeira vez o exemplar do livro O escorpião e a borboleta, minha primeira obra. Senti toda a magia daquele momento. Era como se eu tivesse segurando meu primeiro filho. Fiz um esforço para não demonstrar que estava com as mão trêmulas, mas acho que foi em vão. A Cristiane percebendo meu estado de emoção adivinhou meu pensamento e disse: "vamos tirar uma foto? Esse momento tem que ficar registrado". "Sim, por favor", - falei entregando meu celular. 

A noite seria o grande momento de gala. Por ocasião do aniversário de 35 anos da editora Scortecci, eu, juntamente com outros escritores participaríamos da festa de lançamento com toda pompa e circunstância. Agora era só preparar para aproveitar a festa e imaginar uma enorme fila de autógrafos e os flashes nervosos dos fotógrafos. Tudo imaginação. Quem sabe no meu segundo livro?!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

ACIP DIVULGA NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOÃO BATISTA

A Associação Comercial Industrial e Serviços de Parauapebas-ACIP, manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do Sr. João Batista Ribeiro. Expressamos aos familiares e amigos nossos votos de pesar.   

 O Sr. João foi Presidente da ACIP, no período de  1994 a 1995, quando dedicou-se a luta pela defesa dos direitos e interesses da classe empresarial de nosso município.

FILIADOS DO PT EM PARAUAPEBAS DIVULGAM NOTA DE REPÚDIO CONTRA A ALIANÇA COM VALMIR E DECLARAM APOIO A DARCI LERMEN

A foto mais bizarra do século
Ninguém, nem nos piores pesadelos imaginaria uma aliança entre PT, Valmir do PSD e o PSDB. Uma coisa bizarra, desforme, infame, deturpada, mas é real. Depois que o Darci se desfiliou do PT, a direção ficou desnorteada por perder o que acreditava ser sua "galinha dos ovos de ouro". A situação se agravou quando várias lideranças acompanharam o líder, deixando um vazio qualitativo no partido. 

O vazio e o ostracismo político passou a reinar dentro do PT, proporcionando um ambiente ideal para os aproveitadores agirem para tentar levar alguma vantagem. Operado pelo ex-petista e atual chefe de gabinete do Valmir - Wanterlor Bandeira - que mantém dois vereadores como fantoches (Euzébio e Miquinha), o plano foi executado da forma mais vil possível. Assim nasceu a improvável aliança que mais parece um monstro de sete cabeças e chifres no lugar dos olhos.

A aliança PT X PSD X PSDB pegou tão mal que causou repulsa por ambos os lados. A base do prefeito Valmir que via os petistas como bichos papões que comiam criancinhas ficaram desnorteados sem entender a lógica. Muitos comentam abertamente que a aliança foi a pá de cal que faltava na combalida candidatura do Valmir. Houve até quem falasse que foi uma estratégia do Darci para piorar ainda mais a vida do seu adversário. Já os petistas receberam a aliança como um golpe de uma parte da direção que atualmente domina o diretório. O sonho de lançar candidatura própria foi sepultada em troca de algumas moedas e muitas promessas. 

Sem engolir a manobra escusa, vários petistas tomaram a iniciativa de fazer um manifesto de repúdio e declararam apoio aberto a candidatura do ex-prefeito Darci Lermen. Várias lideranças assinaram o manifesto, entre elas, Raimundo Neto, Jorge Neri, Sebastião Vieira, Delma Silva, Luiz Vieira, Antonio Rodrigues, Francisco Serrano, Eronilda Coelho, Suely Guilherme, entre outros.

Leia o manifesto na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO E DECLARAÇÃO DE APOIO



Nós, filiados ao PT – Partido dos Trabalhadores - vimos em público repudiar veementemente a manobra que a direção do partido em Parauapebas fez para colocar o PT numa aliança espúria, imoral e decadente com o atual prefeito Valmir Mariano (PSD). Historicamente, sempre combatemos a corrupção em todos os níveis, assim, essa aliança é um contrassenso de tudo o que pregamos e defendemos. Não podemos aceitar, pois isso significa assumirmos que agora estamos do lado da corrupção, da forma mais vil e baixa de fazer política, da prática servil de aliar a quem der mais.

Sempre denunciamos que o prefeito Valmir representa tudo o que há de mais atrasado na política de Parauapebas: a corrupção, a mentira, o nepotismo escancarado, a perseguição desenfreada, a violência e, acima de tudo a incapacidade de governar. Os desvios de recursos públicos, as constantes visitas da Polícia Federal e do GAECO, o abandono aos projetos sociais criados pelo governo petista Darci José Lermen, o abandono da cidade em geral e, principalmente do povo mais carente, são a identidade do governo Valmir que sempre denunciamos. E agora vamos nos aliar a esse projeto sujo de poder? Isso seria negar a nossa história, seria jogá-la no lixo. A aliança com o prefeito Valmir Mariano representa a indignidade, a política mercadológica, a prática espúria e servil.

Repudiamos e não aceitamos essa aliança. Seguiremos de pé nessa trincheira ajudando a resgatar o Partido dos Trabalhadores e reconduzi-lo ao seu rumo que é ao lado do povo que luta, ao lado das entidades classistas e dos interesses sociais mais nobres.

Declaramos apoio a Darci Lermen para prefeito

Para combater esse projeto pernicioso de poder, nós filiados e militantes do PT declaramos apoio ao candidato Darci José Lermen. A partir de agora, nos colocamos a disposição para construirmos juntos esse projeto de trazer Parauapebas de volta ao desenvolvimento e a construção de políticas públicas para o nosso município.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

COLUNA DO LEITOR - VEREADOR, MUITOS QUEREM SER MAIS POUCOS,ESTÃO PREPARADOS!

*Francisco Serrano


Eu reitero que, ser parlamentar, é uma dádiva! É uma reafirmação positiva da sociedade através do sufrágio eleitoral que permite a credibilidade, de um mandato legislativo a um expoente dessa sociedade que irá fiscalizar os atos e condutas do executivo. 

Pelo menos era pra ser assim! Mais na prática, será que essa mesma sociedade está colocando no parlamento vereadores que de fato fazem isso? Será que esses vereadores estão preparados? A resposta é NÃO! EU enfatizo que, 70% dos vereadores da atual legislatura, em Parauapebas, desconhecem a própria lei orgânica de seu município, 95% nunca elaboraram um projeto de lei, 98% só pedem requerimento para aprovação em dia  de sessão! Ora, qual a credibilidade que terá um simples requerimento para um prefeito? Ele só fará alguma coisa se quiser! O papel de vereador é fiscalizar, ele deve fiscalizar as obras, os gastos públicos, em todos os campos da gestão pública! Prestar contas  dos serviços prestados à sociedade que o elegeu. Vereador tem que aprender a fazer projeto de lei, para deixar um legado na administração pública e não ser mais um expoente sem autonomia, sem conhecimento! Vereador precisa lê, se informar, para não sair (cagando e andando para o povo) e achar que palavras proferidas dessa forma, possa ser normal. Enfim é a sociedade que faz a escolha, a sociedade precisa aprender a votar, não podemos exigir vereadores honestos se a sociedade se corrompe e vende seu direito de mudança, por sacos de cimento, por tijolos, por 100 reais no dia da eleição! 

Não adianta dizer, lá só tem ladrão! Se eles são o reflexo da ação da sociedade, o vereador  nada mais é do que o espelho da sociedade, e nós enquanto sociedade temos que rever nosso papel! Isso tudo começa com a valorização do nosso voto! precisamos observar a conduta dos candidatos, sua proposta de governo, que projetos o candidato almeja inserir como propostas de politicas públicas, para a sociedade, é necessário observar o poder de articulação do candidato, para não eleger mais um parasita insignificante, para ser vereador!  Na verdade o povo tem o politico de acordo com  a expressão de seus pensamentos. "O povo tem o politico que merece, porque a escolha é do povo "
prof. Francisco serrano.⁠⁠⁠⁠

*Professor, trabalha na zona rural de Parauapebas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

A CARA DA CORRUPÇÃO NO BRASIL

Em curso, o efeito dominó – de baixo para cima.
 
Temer, Serra e Padilha estão nas mãos de Janot.

Enquanto isso, o pulha Eduardo Cunha continua livre e confiante nos membros do executivo, do legislativo e do judiciário que ele mantém no bolso. A sessão que julgará sua cassação foi adiada para setembro. Os congressistas temem que se ele for cassado antes da Dilma poderá dar informações bombásticas. Se o Cunha fosse do PT já estaria cassado e preso há muito tempo.


Depois da explosiva delação de Marcelo Odebrecht, o procurador-geral da República não terá como não denunciar dois dos principais ministros de Michel Temer, José Serra (caixa dois de R$ 23 milhões mais contas no exterior) e Eliseu Padilha (R$ 4 milhões em dinheiro vivo), bem como o próprio interino, que pediu dinheiro à empreiteira em pleno Palácio do Jaburu; se "pau que bate em Chico também bate em Francisco", como disse Janot ao tomar posse na PGR, o governo Temer chegou ao fim; a questão é saber se a queda ocorrerá antes ou depois do impeachment.


247 – "Pau que bate em Chico também bate em Francisco". Essa foi a frase mais marcante de Rodrigo Janot, ao tomar posse na procuradoria-geral da República.
Portanto, se Janot for mesmo fiel às suas próprias palavras, em breve ele denunciará dois dos principais ministros de Michel Temer – o chanceler José Serra e o chefe da Casa Civil Eliseu Padilha – bem como o próprio interino.
O motivo: todos foram abatidos pela explosiva delação de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do País.

Sobre Serra, Marcelo disse que doou R$ 23 milhões à sua contabilidade clandestina, inclusive realizando depósitos no exterior. O empreiteiro também prometeu entregar provas de corrupção no Rodoanel, citando os operadores de Serra.

Em relação a Padilha, Marcelo disse ter lhe dado R$ 4 milhões em dinheiro vivo, após um encontro no Palácio do Jaburu em que o próprio Temer pediu ajuda à empreiteira – o que resultou num caixa dois, em dinheiro vivo, de R$ 10 milhões.
Se Janot denunciou o ex-presidente Lula apenas porque o ex-senador Delcídio Amaral o acusou de lhe pedir para calar Nestor Cerveró, o que fará com Serra, Padilha e Temer?

E se a denúncia contra Lula foi aceita pelo Judiciário, será difícil imaginar que o Supremo Tribunal Federal fechará os olhos para um caixa dois de R$ 33 milhões – R$ 23 milhões de Serra e R$ 10 milhões do PMDB.

Portanto, o governo Temer chegou ao fim. A única dúvida é saber se a queda ocorrerá antes ou depois da votação definitiva do impeachment no Senado.
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

SESSÃO DE 09 DE AGOSTO - CLIMA DE FESTA E VELÓRIO!

Antes de tudo, esclareço que abri uma exceção hoje para escrever essa pauta pela importância do momento histórico. Mas, como já falei antes, não vou ficar escrevendo sobre os vereadores por achar um tema baixo astral. Prefiro escrever contos eróticos.


A volta gloriosa do guerreiro.
Na sessão dessa terça (9), na Câmara dos vereadores de Parauapebas reinava um clima contraditório: por um lado, um grupo de vereadores pareciam estar num velório, enquanto outros estampavam um sorrisão de amplo contentamento. No auditório reinava o clima absoluto de festa. Mas por que esse clima contraditório? 

No dia 8 os vereadores afastados foram ouvidos em audiência pelo juiz dr. Líbio Moura e, três foram reintegrados aos seus cargos depois de onze meses. O juiz resolveu tornar célere o processo e ordenou que os três retornassem aos cargos imediatamente. Assim, os suplentes que perderam os cargos (Joelma Leite, Lidemir e "Zaca-rias") nem tiveram tempo para despedidas. Mal deu tempo para esvaziar os gabinetes, e tiveram que sair de forma vexaminosa e constrangedora. A ex-vereadora Joelma Leite desavisada, chegou a comparecer à câmara preparada e paramentada para a sessão. Quando deu de cara com o vereador Arenes, caiu na real e voltou. 

Durante a sessão era perceptível o clima de decepção entre os vereadores governistas que perderam de uma só tacada três defensores agressivos do velho falido prefeito. Foi como um soco no estômago e pelas caras estava doendo muito. Já os vereadores da oposição sorriam de orelha a orelha por ganharem três aliados. Até o Devanir que era da base do governo voltou prometendo vingança por ter sido covardemente abandonado pelos seus aliados "mui amigos". Na galeria, que ultimamente andava vazia e enfadonha, dessa vez foi completamente ocupada por populares que foram comemorar mais a saída dos suplentes do que a volta dos vereadores. A maior alegria notada foi com a saída do "Zara-rias" que, segundo falavam, agora era "Zaca-chora".

Vereador Arenes foi o mais aplaudido e festejado


Arenes que foi preso por posse ilegal de armas (por isso ficou conhecido como Senhor das Armas), saiu da prisão e assumiu o mandato. Depois, foi afastado inexplicavelmente. Ele deu a volta por cima e fez um discurso que demonstrou que é um homem com verdadeiro espírito público. Não ficou se lamentando, não usou a tribuna para falar o nome de Deus em vão e com muita coragem fez uma autocrítica e ressaltou o seu papel de oposição. Foi o mais aplaudido e comemorado. Quando disse a frase: "hoje a caneta está com o Valmir, mas amanhã não estará", foi interrompido pela platéia que gritava "Darci, Darci, Darci..."

Oposição traída por Euzébio e Miquinha


Na sessão do dia 2 de agosto o vereador Massud apresentou um requerimento solicitando documentos de contratos suspeitos com as empresas GEOTOP e Sucesso. Os governistas em absoluta maioria votaram contra, exceto os vereadores Miquinha e Euzébio que por um milagre votaram a favor. Isso deve ter custado aos dois um puxão de orelhas dado pelo Wanterlor (que comanda e manipula os dois). Pois bem, na sessão de ontem o Massud reapresentou os requerimentos com a certeza de que dessa vez passaria com o reforço dos três que voltaram. Acontece que na hora da votação, o Wanterlor retirou seus pupilos Euzébio e Miquinha do plenário e não deu outra: os requerimentos foram reprovados de novo. Depois da votação, os dois voltaram com cara de quem peidou na missa. Vergonha!

O retorno da Irmã Luzinete


Outra que voltou com a corda toda foi a vereadora Irmã Luzinete (para desespero do Brás). Luzinete chegou chegando e vai deixar a câmara mais animada com seu jeito irreverente. Logo de cara botou todo mundo para ficar de pé e cantou um hino evangélico na tribuna. Peço licença para uma observação bem pessoal: 

Eu não fiquei de pé e nem aprovei, não por ser contra as coisas que falam de Deus, muito pelo contrário. Poucos sabem, mas segundo a nossa Constituição, vivemos num Estado laico com separação entre Estado e Igreja, ou seja, não devemos misturar política com religião. Falar o nome de Deus num ambiente daquele, chega a ser uma heresia, um atentado à religião. Acho legal quando inicia o discurso agradecendo a Deus. Mais do que isso, é usar o nome de Deus em vão, é tentar misturar política com religião e o resultado disso é sempre negativo. Se eu fosse assessor da Luzinete, recomendaria que convidasse os seus amigos para um culto em louvor e agradecimento a Deus, mas jamais faria isso naquela casa. 

A Luzinete optou por um discurso conciliador e chamou a todos de "meu amigo". No discurso se dirigiu ao blogger Luiz Vieira e esclareceu que não havia feito delação premiada como citado no blog. Deixo aqui registrado: a vereadora Luzinete garante que não fez delação premiada para a alegria de muitos vereadores que já estavam fazendo jejum e oração. 

Vereador Bruno


Com a volta da Irmã Luzinete, o vereador Bruno perdeu seu lugar na mesa diretora e voltou para o "baixo clero". Em sua face estava estampada o clima de velório que tomou conta dos seus pares. Há muito tempo, desde que virou  líder do governo Valmir, o Bruno perdeu o brilho nos olhos e a empolgação no tom de voz. Ontem, essa característica estava mais acentuada, tanto que nem conseguiu discursar. Iniciou sua fala sob vaias e não chegou a usar nem quatro minutos dos dez a que tinha direito. Honestamente lamento por essa infeliz decisão do vereador Bruno, pois tinha uma brilhante e promissora carreira política que enterrou quando resolveu  jogar fora seu ideal para se juntar ao poder corrompido. Se haverá tempo de voltar atrás, só o tempo dirá, mas acho que esse é um caminho sem volta.

Miquinha está confuso


Já nas explicações finais o vereador Miquinha nsaiu com essa pérola para disfarçar a vergonhosa aliança do PT com o PSDB e PSD do Valmir: "não fizemos aliança com o PSDB, e sim com pessoas". Ora vereador, assim você quer achar que todos são idiotas. Essa besteira chega a ser uma ofensa a nossa inteligência. Afinal um partido não é feito de pessoas?

O vereador Miquinha anda numa saia justa, pois percebeu tardiamente que entrou numa cilada que custará sua reeleição. Sua base política, principalmente os eleitores das Palmares repudiaram e rejeitaram essa aliança. Para tentar salvar os seus votos da Palmares, ele anda falando que não apoia o Valmir e solta uma pérola dessa. Por outro lado, o seu tutor Wanterlor Bandeira e o velho prefeito marcam pesado para que ele assuma a aliança e o apoio a reeleição do Valmir. É meu caro ex-aliado, como dizia a vovó: "ajoelhou tem que rezar", "comeu a carne tem que roer o osso".

SESSÃO DE 09 DE AGOSTO - CLIMA DE FESTA E VELÓRIO!

Antes de tudo, esclareço que abri uma exceção hoje para escrever essa pauta pela importância do momento histórico. Mas, como já falei antes, não vou ficar escrevendo sobre os vereadores por achar um tema baixo astral. Prefiro escrever contos eróticos.


A volta gloriosa do guerreiro.
Na sessão dessa terça (9), na Câmara dos vereadores de Parauapebas reinava um clima contraditório: por um lado, um grupo de vereadores pareciam estar num velório, enquanto outros estampavam um sorrisão de amplo contentamento. No auditório reinava o clima absoluto de festa. Mas por que esse clima contraditório? 

No dia 8 os vereadores afastados foram ouvidos em audiência pelo juiz dr. Líbio Moura e, três foram reintegrados aos seus cargos depois de onze meses. O juiz resolveu tornar célere o processo e ordenou que os três retornassem aos cargos imediatamente. Assim, os suplentes que perderam os cargos (Joelma Leite, Lidemir e "Zaca-rias") nem tiveram tempo para despedidas. Mal deu tempo para esvaziar os gabinetes, e tiveram que sair de forma vexaminosa e constrangedora. A ex-vereadora Joelma Leite desavisada, chegou a comparecer à câmara preparada e paramentada para a sessão. Quando deu de cara com o vereador Arenes, caiu na real e voltou. 

Durante a sessão era perceptível o clima de decepção entre os vereadores governistas que perderam de uma só tacada três defensores agressivos do velho falido prefeito. Foi como um soco no estômago e pelas caras estava doendo muito. Já os vereadores da oposição sorriam de orelha a orelha por ganharem três aliados. Até o Devanir que era da base do governo voltou prometendo vingança por ter sido covardemente abandonado pelos seus aliados "mui amigos". Na galeria, que ultimamente andava vazia e enfadonha, dessa vez foi completamente ocupada por populares que foram comemorar mais a saída dos suplentes do que a volta dos vereadores. A maior alegria notada foi com a saída do "Zara-rias" que, segundo falavam, agora era "Zaca-chora".

Vereador Arenes foi o mais aplaudido e festejado


Arenes que foi preso por posse ilegal de armas (por isso ficou conhecido como Senhor das Armas), saiu da prisão e assumiu o mandato. Depois, foi afastado inexplicavelmente. Ele deu a volta por cima e fez um discurso que demonstrou que é um homem com verdadeiro espírito público. Não ficou se lamentando, não usou a tribuna para falar o nome de Deus em vão e com muita coragem fez uma autocrítica e ressaltou o seu papel de oposição. Foi o mais aplaudido e comemorado. Quando disse a frase: "hoje a caneta está com o Valmir, mas amanhã não estará", foi interrompido pela platéia que gritava "Darci, Darci, Darci..."

Oposição traída por Euzébio e Miquinha


Na sessão do dia 2 de agosto o vereador Massud apresentou um requerimento solicitando documentos de contratos suspeitos com as empresas GEOTOP e Sucesso. Os governistas em absoluta maioria votaram contra, exceto os vereadores Miquinha e Euzébio que por um milagre votaram a favor. Isso deve ter custado aos dois um puxão de orelhas dado pelo Wanterlor (que comanda e manipula os dois). Pois bem, na sessão de ontem o Massud reapresentou os requerimentos com a certeza de que dessa vez passaria com o reforço dos três que voltaram. Acontece que na hora da votação, o Wanterlor retirou seus pupilos Euzébio e Miquinha do plenário e não deu outra: os requerimentos foram reprovados de novo. Depois da votação, os dois voltaram com cara de quem peidou na missa. Vergonha!

O retorno da Irmã Luzinete


Outra que voltou com a corda toda foi a vereadora Irmã Luzinete (para desespero do Brás). Luzinete chegou chegando e vai deixar a câmara mais animada com seu jeito irreverente. Logo de cara botou todo mundo para ficar de pé e cantou um hino evangélico na tribuna. Peço licença para uma observação bem pessoal: 

Eu não fiquei de pé e nem aprovei, não por ser contra as coisas que falam de Deus, muito pelo contrário. Poucos sabem, mas segundo a nossa Constituição, vivemos num Estado laico com separação entre Estado e Igreja, ou seja, não devemos misturar política com religião. Falar o nome de Deus num ambiente daquele, chega a ser uma heresia, um atentado à religião. Acho legal quando inicia o discurso agradecendo a Deus. Mais do que isso, é usar o nome de Deus em vão, é tentar misturar política com religião e o resultado disso é sempre negativo. Se eu fosse assessor da Luzinete, recomendaria que convidasse os seus amigos para um culto em louvor e agradecimento a Deus, mas jamais faria isso naquela casa. 

A Luzinete optou por um discurso conciliador e chamou a todos de "meu amigo". No discurso se dirigiu ao blogger Luiz Vieira e esclareceu que não havia feito delação premiada como citado no blog. Deixo aqui registrado: a vereadora Luzinete garante que não fez delação premiada para a alegria de muitos vereadores que já estavam fazendo jejum e oração. 

Vereador Bruno


Com a volta da Irmã Luzinete, o vereador Bruno perdeu seu lugar na mesa diretora e voltou para o "baixo clero". Em sua face estava estampada o clima de velório que tomou conta dos seus pares. Há muito tempo, desde que virou  líder do governo Valmir, o Bruno perdeu o brilho nos olhos e a empolgação no tom de voz. Ontem, essa característica estava mais acentuada, tanto que nem conseguiu discursar. Iniciou sua fala sob vaias e não chegou a usar nem quatro minutos dos dez a que tinha direito. Honestamente lamento por essa infeliz decisão do vereador Bruno, pois tinha uma brilhante e promissora carreira política que enterrou quando resolveu  jogar fora seu ideal para se juntar ao poder corrompido. Se haverá tempo de voltar atrás, só o tempo dirá, mas acho que esse é um caminho sem volta.

Miquinha está confuso


Já nas explicações finais o vereador Miquinha nsaiu com essa pérola para disfarçar a vergonhosa aliança do PT com o PSDB e PSD do Valmir: "não fizemos aliança com o PSDB, e sim com pessoas". Ora vereador, assim você quer achar que todos são idiotas. Essa besteira chega a ser uma ofensa a nossa inteligência. Afinal um partido não é feito de pessoas?

O vereador Miquinha anda numa saia justa, pois percebeu tardiamente que entrou numa cilada que custará sua reeleição. Sua base política, principalmente os eleitores das Palmares repudiaram e rejeitaram essa aliança. Para tentar salvar os seus votos da Palmares, ele anda falando que não apoia o Valmir e solta uma pérola dessa. Por outro lado, o seu tutor Wanterlor Bandeira e o velho prefeito marcam pesado para que ele assuma a aliança e o apoio a reeleição do Valmir. É meu caro ex-aliado, como dizia a vovó: "ajoelhou tem que rezar", "comeu a carne tem que roer o osso".

terça-feira, 9 de agosto de 2016

OPERAÇÃO FILISTEU - REVIRAVOLTA NA CÂMARA

Ontem (8) Parauapebas parou durante a audiência dos vereadores afastados no Fórum. Começou discreto, pois pouca gente sabia. Os que sabiam pensavam que era proibido o acesso ao público. Talvez a direção do Fórum quisesse poupar os vereadores do constrangimento ou quiseram evitar tumulto, pois manteve a porta da frente do salão de audiência trancada. O acesso só se deu pela parte interna do Fórum. Ah, se o povo soubesse! O Fórum ficaria lotado e as ruas laterais teriam que ser interditadas. Mas aconteceu tudo de forma tranquila e discreta, exceto nas redes sociais onde houve até bolsa de aposta.

Depois de quase 14 horas de audiência sai o resultado por volta das 2 horas da madrugada. O resultado foi o seguinte: os vereadores Zé Arenes (PT), Devanir Martins (SD) e Irmã Luzinete (PV) saem do processo e retornam ao cargo de vereador. Com essa decisão, novamente a Câmara passará por uma reviravolta e complica ainda mais a base do prefeito Valmir Mariano.

Quem dá tchau?


Na sessão de hoje, um oficial de justiça deverá comunicar ao presidente da Câmara a decisão do juiz Líbio Moura e os suplentes desocuparão seus gabinetes para dar lugar aos verdadeiros donos das cadeiras. Será um "tchau queridas" com direito a torcida organizada, pois os suplentes tiveram a capacidade de desagradar mais do que os titulares.

Em plena campanha eleitoral, desocupam as cadeiras os suplentes Zacarias Assunção (PSDB), Joelma Leite (PSD) e Lidemir Alves (PR). Lembrando que todos são candidatos da base governista e, fora dos cargos a reeleição ficará mais difícil.

Dr. Líbio cumpriu seu papel


Apesar do sentimento negativo que é expressado nas redes sociais, o juiz Líbio Moura conseguiu fazer bem o seu papel e deu um choque político no poder de Parauapebas, coisa que era impensável há um ano atrás. O povo esperava uma decisão no estilo "os vingadores". Pelas manifestações nas redes sociais, esperavam que todos os vereadores saíssem do fórum algemados. Calma! As coisas não são bem assim. Só o fato de alguns terem sido presos e agora passarem um dia todo sentados diante do juiz, já é um grande avanço no nosso falido sistema. A verdadeira justiça deveria ser feita pelos eleitores nas urnas, coisa que a maioria vem abrindo mão por uns trocados ou por promessas vãs. 

Os demais vereadores e outros envolvidos no processo da "Operação Filisteu" continuam respondendo processo e poderão ser levados a julgamento em breve.

Enquanto o Líbio está promovendo a justiça aqui em Parauapebas, lá no Tribunal em Belém, parece que os desembargadores botaram uma pata de elefante no processo que investiga o prefeito Valmir Mariano. Não adiantou nem o procurador Nelson Medrado espernear. Trancou o processo (que envolveria também o governador Jatene) e não se fala mais nisso. Nesse caso, tudo indica que a justiça será feita pelo povo no próximo 02 de outubro.

Outros vereadores poderão ser presos


Com os depoimentos colhidos ontem na audiência, ficou no ar uma forte expectativa que o Ministério Público peça a prisão de pelo menos dois vereadores. Vamos observar os movimentos e aguardar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

OPERAÇÃO FILISTEU - DELAÇÃO PREMIADA E PÂNICO NO LEGISLATIVO

Hoje (8) será um dia importante para o Poder Legislativo de Parauapebas. Daqui a pouco acontecerá no Fórum a audiência decisiva e o dr. Líbio Moura poderá decidir sobre a vida política dos vereadores afastados. A expectativa é de que pelo menos José Arenes (PT) retorne ao cargo, uma vez que a única acusação conhecida contra ele foi a posse ilegal de armas.

Esperança e medo


Enquanto os vereadores afastados nutrem esperança com a decisão do juiz, os atuais vereadores amanheceram em pânico. Os novatos estão com medo de perder o mandato no caso de algum afastado voltar. Os vereadores antigos estão em pânico por causa de uma tal delação premiada.

É que correu um boato de que a ex-vereadora Irmã Luzinete passou o domingo fazendo delação premiada e não deixou pedra sobre pedra. Comenta-se que ela abriu o coração e numa espécie de alívio de consciência, entregou tudo, tudo, deixando muita gente em polvorosa. Dizem que sua delação foi nitroglicerina pura e compromete TODOS os vereadores. Até agora, não se sabe se procede, mas vamos aguardar pra ver. 

Estamos atentos a audiência que acontecerá logo mais as 8 horas. Informaremos aqui o resultado. Aguardem! Muitas emoções estão previstas nessa semana que inicia quente, com ares de tempestade.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

MOMENTOS FINAIS - O DOCE VENENO DA ARANHA

(Parte Final)


A rotina na casa de Paulo seguiu com a mesma melancolia de sempre. A Tereza cada vez mais distante e mal humorada. O Paulo retribuindo ao seu desprezo, ficava cada vez mais distante e calado. Já não questionava nada, não reclamava de nada e tentava dar um ar de normalidade a vida. Só que agora, não parava de pensar em Martinha. Já fazia um tempão que ela não dava o ar da graça e parece que se desentendeu com Tereza. Antes, as duas se encontravam com frequência, falavam ao telefone o tempo todo, trocavam mensagens. Agora, Paulo percebia que algo tinha acontecido entre as duas. Numa tarde chegou a comentar com Tereza sobre o sumiço da amiga e ela respondeu de forma lacônica: “deve estar trabalhando muito”.

Era uma noite de quarta feira. Paulo ficou até mais tarde no seu escritório e nem percebeu que lá fora um aguaceiro desabava do céu. Olhou o relógio e percebeu que já ia dar 21 horas. Decidiu ir para casa, e quando saiu é que percebeu que chovia muito e as ruas estavam completamente alagadas. Despediu-se do porteiro do prédio e correu para seu veículo e nem ouviu quando o porteiro gritou: “cuidado seu Paulo, deu no rádio que tem muitas ruas alagadas”.

Ao tentar cruzar a avenida perimetral, notou que a água estava chegando ao capô do seu corsa. “Maldição, por que ainda não troquei esse carro baixo?” – lamentou ao ouvir o barulho de motor engasgado. Acelerou com força, mas não obteve resultado. De repente a água já estava entrando no veículo e percebeu que estava sendo levado pela enxurrada. Teve que abandonar o veículo no meio do temporal. Todo encharcado ficou na calçada observando a água levando o pequeno corsa como se fosse um barquinho que descia ao som dos gritos histéricos da multidão de desocupados que ficava nos beirais só para assistir aquele espetáculo. “Esse aí já era”, “dançou”, “virou lata-velha”. Paulo assistia aquele espetáculo dantesco estrelado pela natureza, impávido e com a calma de um monge. “Há de passar um conhecido para me dar uma carona”, - pensou confiante.

De repente, eis que surge um jeep branco e o motorista com ousadia, acelera na correnteza e o ronco do motor compete com os gritos dos desocupados. “Mais um para o Xico lata-velha”, “não vai conseguir”, “se ferrou”. Ali todos torciam a favor da catástrofe e jogavam toda a revolta por não conseguir ter um automóvel, nas costas dos motoristas desavisados. Paulo observava o jeep enfrentando a correnteza com destreza e perícia e silenciosamente vibrava com o sucesso do motorista: “isso, vai, vai, mais um pouco, yes...” O veículo tracionado venceu a correnteza que se formou na avenida, para a decepção dos expectadores. Estaciona próximo a calçada, toca a buzina duas vezes e o vidro do lado do motorista abaixa um pouco. Alguém no volante faz sinal para o Paulo se aproximar. “Não! Não acredito no que vejo. Hoje os anjos estão conspirando a meu favor”. 

No interior do jeep estava Martinha. Paulo deu um salto, enfrentou a torrente e alcançou o veículo. Estava todo molhado e hesitou um pouco antes de entrar. “Entre logo, senão eu desço e vou tomar banho de chuva com você” – gritou Martinha com um sorrisão generoso. Paulo entrou levando parte da água para o interior do veículo. 

- Hoje é meu dia de sorte. Perdi meu carro nessa correnteza, estou até a alma encharcado, mas só esse sorriso já valeu a pena, - falou Paulo enquanto se inclinava e dava um beijo na face de Martinha. Ela acelerou com força e saiu do meio daquela muvuca. 

- Então senhor super-homem, além da criptonita, chuva também tira seus superpoderes? – brincou Martinha bem humorada. 

- Não! Só mulheres excessivamente bonitas tem esse dom de me deixar vulnerável – respondeu Paulo enxugando o rosto com lenços de papel que Martinha lhe oferecera. 

- Que coincidência boa te encontrar aqui logo no meio desse temporal. Estava morrendo de saudade mas não me atrevi a ligar – disse Martinha jogando o cabelo cacheado para o lado. 

- Pois é. Você sumiu. O que houve? Brigou com a Tereza? – Indagou Paulo.

- Ah, deixa pra lá. Me diga onde quer ir que hoje serei sua motorista.

- Sério? Então me leve pra onde você quiser. – Arriscou Paulo com segundas intenções.

Martinha acelerou bruscamente seu jeep e virou à esquerda. Paulo percebeu que estava indo em direção a casa dela, mas não falou nada. Apenas se deixou levar. 

- Pronto, você falou que eu podia te levar para onde eu quisesse. Hoje estou precisando de companhia para um vinho e quebrar a solidão. Seja bem vindo a minha humilde residência – falou Martinha enquanto aguardava o portão elétrico que se abria lentamente.

Martinha mandou o Paulo tomar um banho e ofereceu-lhe uma camiseta sua. Quando ele saiu do banheiro, ficou parado e extasiado olhando aquela cena. Martinha estava derramando uma garrafa de vinho dentro de um decanter. Fazia bem devagar como se fosse um ritual sagrado. Sobre a mesa já haviam duas taças e uma travessa de frios com os queijos de sua preferência, além de outras guloseimas caprichosamente dispostos numa bandeja de vidro.

- Estou no paraíso? – indagou. 

- Muito cuidado super-homem. Você pode estar caindo na teia da aranha – brincou Martinha enquanto lhe entregava as taças vazias e apontava o decanter com o vinho em descanso.

Paulo abasteceu as duas taças e fez um brinde: 

- A nós! Que as coincidências da vida nos leve ao paraíso e que tenhamos sabedoria para decifrar os sinais da natureza.

-Hum! Gostei do meu filósofo – respondeu Martinha enquanto bebia devagar o vinho tinto como se fosse o néctar dos deuses.

Paulo ficou ali parado observando os seus lábios em contato com a taça de cristal solvendo o seu conteúdo de forma sensual. Nunca vira nada igual. A luz amarelada que crepitava da vela no centro da mesa emoldurava seu rosto, formando um quadro de beleza jamais pintado por nenhum artista. Como se estivesse em transe, não disse uma palavra. Num gesto de atrevimento que jamais imaginaria ter coragem, agarrou Martinha pela cintura e beijou-a ardentemente. Foi um beijo longo, quente, apaixonado e cheio de desejo. Martinha se entregava àquele momento como se já houvesse intimidade entre os dois. Um pequeno intervalo, olhos nos olhos como se não acreditassem no que acontecia. “Me belisca” – balbuciou Martinha. E voltaram a se beijar.

Paulo puxou Martinha contra o seu corpo com força selvagem e esmagou os seus lábios vermelhos como se estivesse sugando o néctar de uma doce fruta. Ela se contorcia de prazer e deixava escapulir leves gemidos como uma loba que se entrega após lutar contra uma armadilha. A pele branca do seu rosto estava cor de sangue, tamanha era a excitação, o que deixava Paulo ainda mais louco. Ele levanta-a com facilidade apesar de ser um pouco mais baixo que ela e coloca-a sobre a mesa. Arranca sua blusa de forma brusca, e como ela não estava usando sutiã, seus peitos saltam em sua cara como uma miragem impossível. “Como são lindos!” – exclama Paulo enquanto explora toda a região com sensualidade e atrevimento. Agora os gemidos são mais fortes e compete com o barulho da chuva que desaba lá fora. 

Martinha já está completamente nua. Se levanta da mesa, e com violência arranca a roupa de Paulo, deixando-o completamente nu. Comprime seu corpo branco contra o corpo moreno dele e vai beijando-o de cima para baixo até ficar de joelhos à sua frente. Seu cheiro lhe atrai ainda mais e os gemidos vão ficando incontroláveis. Ela agora implora desesperadamente: “quero você agora!”. 

A situação está completamente fora de controle. Os dois se entregam num frenético ritual de amor como ambos jamais haviam experimentado e assim ficam durante horas consumindo um ao outro como se não houvesse amanhã. 

- Meu Deus, como é que eu pude levar tanto tempo para descobrir como isso é bom! – exclamou Martinha enquanto se jogava junto com Paulo entre as almofadas do tapete da sala.

 E assim, ao final, completamente extasiados e esgotados, os dois ficaram agarrados até acalmar a respiração ofegante. "Você é uma mulher incrível" – sussurrou Paulo.

O relógio marcava 3 horas da madrugada. Paulo tinha que se apressar. Queria chamar um taxi, mas Martinha insistiu para deixá-lo em casa. 

- Imagine se eu vou deixar meu super-homem sair de taxi uma hora dessa! Tem certeza que não pode dormir aqui? 

- Absoluta! Sou um homem casado e fiel, lembra? – respondeu Paulo dando-lhe um beijo e arrastando-a para a garagem enquanto ajeitava os cabelos desgrenhados.

Paulo chegou em casa e entrou silenciosamente. Chegar tarde já não era mais problema nos últimos tempos. Entrou no quarto sem fazer barulho e no escuro encontrou a porta do banheiro onde se recompôs e se preparou para dormir. Por uma fresta de luz viu Tereza dormindo tranquilamente vestida com sua camisola amarela. Ficou por um instante olhando-a e pensou: “como é linda a minha Tereza!”.

FIM