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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Leia amanhã (1º de fevereiro): como melhorar sua saúde com vegetais e frutas

Joaquim Barbosa e a imprensa bandida

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os três principais diários brasileiros de circulação nacional registraram com zelo a mais recente manifestação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, que viaja pela Europa em férias oficiais, com direito a diárias e cobertura regular da imprensa. Desta vez, o ministro se queixa da Folha de S. Paulo, que publicou entrevista com o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que foi condenado na Ação Penal 470 mas não pode começar a cumprir sua pena porque o presidente do STF não deixou o mandado assinado. De quebra, atira para todo lado, ao se referir a uma tal “imprensa bandida”.

O noticiário em torno do magistrado ganha contornos de chanchada, aqueles velhos filmes feitos na “Boca do Lixo”, em São Paulo, tal o conjunto de falsos improvisos e dramas capazes de fazer rir.

Observe-se, por exemplo, como o ministro aparece sempre em situações de aparente casualidade, fazendo compras numa loja de departamentos típica da classe média, sentado na poltrona da classe econômica de um avião e caminhando pelas ruas como um cidadão comum. É preciso muita comunicação entre assessor de imprensa e repórteres para criar esse clima de improviso.

Registre-se que os correspondentes e enviados especiais dos jornais estão sempre um passo à frente, esperando-o nos embarques e desembarques, estão informados de que ele chegará em tal lugar a tal hora, e podem contar que ele terá uma frase de efeito para assegurar um lugar de destaque na edição seguinte.

Detalhe: embora tenha recebido regularmente suas diárias como se estivesse a serviço, por conta de palestras que proferiu na França, o presidente do STF encontra-se oficialmente em gozo de férias, mas a cobertura é de chefe de Estado.

Também há muita comicidade nos diálogos, ou melhor, nas falas do ministro, sempre recheadas de expressões fortes e pontuadas por um mau humor digno do Seu Madruga, o irritadiço personagem da série televisiva “Chaves”. Se o observador isolar a severidade que as carrancas do magistrado tentam induzir em suas manifestações, o conjunto apresentado pela imprensa ganha ares de comédia popular.

Mas jornalistas não deveriam aceitar a imputação geral de “imprensa bandida”.

Roteiro de chanchada
Vejamos, então, o capítulo apresentado nas edições de terça-feira (28/1): em outra circunstância “casual” que a imprensa não explica, o presidente da Suprema Corte declara a jornalistas do Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo que a imprensa não deveria ter publicado entrevista com o deputado João Paulo Cunha, porque, tendo sido condenado à prisão, o parlamentar tem que permanecer no ostracismo.

À parte o natural questionamento que deveria se seguir a essa afirmação no mínimo controversa, não ocorreu a nenhum dos repórteres observar que o deputado deu a entrevista porque está fora da prisão, e só não foi preso porque o ministro viajou sem emitir o respectivo mandado.

Afora o fato de que os editores do Estado de S. Paulo confundem os sentidos das palavras “mandado” e “mandato”, registre-se que o principal motivo de irritação do ministro foi uma frase do parlamentar condenado, na qual ele afirma que a omissão do presidente do STF, ao viajar sem ter assinado o mandado, foi manobra planejada para se manter no noticiário, mesmo em férias e ausente do país. Foi, segundo o deputado, “pirotecnia para ter mais dois minutos de repercussão”.

O Estado também cita, mas os demais jornais não tiveram acesso, ou preferiram ignorar, uma entrevista concedida pelo magistrado à Radio France Internationale, na qual ele declarou o seguinte: “Há uma certa imprensa bandida no Brasil, com pessoas pagas com fundos governamentais que estão aí para me atacar, enquanto eu faço o meu trabalho”.

“Faço o meu trabalho e estou pouco ligando. Minha honestidade cabe aos brasileiros avaliarem, não a esses bandidos”, completou o ministro, numa demonstração de que se leva em altíssima conta.

Na interpretação do diário paulista, ele se referia à denúncia de que estaria recebendo diárias no valor de R$ 14 mil, mesmo em viagem de férias. O jornal vestiu a carapuça, ao lembrar ter sido o veículo a revelar a informação sobre as diárias, o que coloca seus editores na obrigação de responder ao xingamento.

A menos, claro, que os editores do Estado de S.Paulo acolham a ofensa, e como nas histórias de “amores bandidos”, aceitem apanhar em silêncio.

Isso também é típico das chanchadas.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

VALMIR OU DARCI? QUEM FOI O PREFEITO DE PARAUAPEBAS EM 2013?

Em 2014 nos deparamos com uma mega campanha publicitária da prefeitura. Através de outdoor, televisão, rádios, jornais e panfletos a Assessoria de comunicação despejou toda a carga de publicidade para tentar recuperar a imagem do Valmir da Integral bastante desgastada pela falta de ação e pelas trapalhadas. A campanha traz o lema "Parauapebas: O Trabalho Acontece, O Resultado Aparece".

O que mais chamou atenção nessa campanha foram as obras apresentadas como carro chefe do governo Valmir. Quase todas se tratavam de obras deixadas quase prontas pelo Darci e que o Valmir teve o trabalho de pintar ou apenas de mudar a cor da tinta para inaugurar. Um exemplo foram as 6 escolas apresentadas. Todas já estavam quase prontas e por motivo de calendário eleitoral não foram inauguradas. O mais instigante é que o Valmir nem conseguiu terminar todas as obras deixadas semi prontas por Darci. Pelo menos mais 4 escolas tiveram suas obras paradas nessa gestão ou continuaram a passo de tartaruga enquanto as crianças se aglomeram em anexos que mais parecem depósitos.

Um outro exemplo alardeado pelo governo é a melhoria do abastecimento do serviço de água. O governo atual não investiu quase nada no sistema de captação e distribuição. Se vocês se lembram, a partir de novembro de 2012 o sistema melhorou bastante devido ao funcionamento da etapa de ampliação de distribuição feita no governo anterior. A única novidade feita pelo SAAEP foi o sistema de envasamento de água em copinhos, coisa que aliás não é tão novidade assim. No mais, a cidade continua com pontos críticos na zona periférica que continuam sem água ou abastecidos por carros pipas.

Não estou aqui querendo enaltecer o governo anterior que aliás, também tenho minhas críticas que explicitei mesmo assumindo cargo de confiança na época. Nem estou querendo criticar o governo Valmir por dar continuidade em obras deixadas pelo governo anterior. Aliás, isso é o que deve ser feito num regime democrático civilizado. O que me deixa estarrecido é que nem isso o governo fez. Muitas obras que estavam em fase de conclusão continuam paradas depois de um ano, a exemplo de escolas, mercado municipal, hospital, etc.

As únicas obras originais do seu governo que o Valmir apresenta na campanha publicitária são as que estão destruindo a geografia da cidade. De forma descuidada está destruindo nossos morros e nossas nascentes (faz diretamente ou autoriza empreendedores). Essas obras colocaram Parauapebas em 1º lugar do ranking estadual de municípios com maior áreas de risco no Pará. Infelizmente o que nos aguarda no futuro são as tragédias e catástrofes que assistimos hoje nos telejornais nas grandes cidades e recentemente em Abaetetuba onde uma rua inteira foi "engolida" por estar em área de risco. Enquanto a prefeitura persegue famílias carentes que ocupam essas áreas, autoriza loteadores que destroem nosso ecossistema e desmontam morros inteiros para ganharem fortunas com loteamentos sem ao menos rede de esgoto.

E o mais intrigante ainda é a falta de ação dos órgãos que deveriam fiscalizar as obras com impactos ambientais. Lembro de quando eu era Secretário de Meio Ambiente esses órgãos tinham atuação forte na fiscalização. O Conselho Municipal de Meio ambiente, O Instituto Chico Mendes (antigo IBAMA), o Ministério Público, tinham uma excelente parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e por várias vezes barraram obras da prefeitura e evitaram prejuízos ambientais. Lembram da urbanização da PA e dos estacionamentos?

No mais, o governo Valmir não conseguiu sequer organizar o serviço de coleta de lixo. Enquanto o governo briga com a Clean e alguns amigos do poder brigam para abocanhar esse milionário contrato, a cidade está um lixo só.

Torço honestamente que em 2014 o Valmir assuma de fato o governo municipal e use nosso orçamento em prol do desenvolvimento sustentável. Nossa cidade necessita urgente voltar a crescer. Torço também para que as pessoas que rodeiam o governo vejam as críticas de forma civilizada e não como ameaças. O povo pede paz!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O voo de Dilma e a miséria moral

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Parece incrível, mas boa parte do debate político do dia de hoje foi sobre a escala do avião presidencial brasileiro em Lisboa, vindo de Zurich, a caminho de Cuba.

A mídia ficou repercutindo mais uma idiotice do PSDB, que lança um protesto e uma nota oficial até quando Dilma Rousseff espirra, com a Folha dando início a uma história sem pé nem cabeça sobre um suposto “capricho” presidencial de fazer uma escala em Lisboa – de apenas 15 horas, incluída aí a madrugada -para jantar num restaurante.

Pura idiotice de figuras como Álvaro Dias, o pateta da República.

É só olhar os manuais técnicos e ver que o avião tem, sim, capacidade para fazer o vôo direto entre Zurich e Havana, mas operando perto do limite (mais de 80%) de seu alcance.

Isso é o suficiente para alternar aeroporto na região, de acordo com as normas de vôo internacionais, em caso de mau tempo sobre o destino.

Em condições normais.

Mas não em condições excepcionais.

É por isso que nenhum companhia aérea opera vôos transatlânticos como A-319 da Airbus, o aparelho presidencial. Mesmo com a versão CJ, que tem um pouco mais de combustível.

E o tempo sábado estava como “céu de brigadeiro”?

Bom os interessados podem repetir, clicando aqui, a busca que fiz sobre o tempo no Atlântico Norte, área que deveria ser cruzada pelo avião presidencial.

Alíás, fiz a busca usando o título de um artigo que encontrei, que discutia a possibilidade de uma tempestade “histórica” naquele trecho do oceano, na altura das Ilhas Britânicas, pouco acima da rota natural do avião.

Passamos, então, à abobrinha do jantar presidencial.

O chanceler Luiz Alberto Figueredo disse que cada um pagou sua despesa e Dilma também.

E se não tivessem pago, não haveria nada de mais.

Não passa pela cabeça de ninguém que, se a Presidenta estiver “dura”, ela que peça para fazerem uma “vaquinha” para pagar um Big Mac para acalmar a fome.

De qualquer forma deve ter custado menos que as passagens que o Senado pagou para o Senador Aécio Neves passar o Carnaval de 2012 no Rio ( vindo 15/02 no Webjet 6795 BSB/SDU e voltando, bem esticado, na terça da semana seguinte aos folguedos, dia 28, no Gol 1582).

Será que não há um repórter para apurar esses fatos, que estão aí, a uma busca no Google ou jornalismo é só ficar no “ele disse, o outro falou”?
 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Professor dê seu show







Uma pequena contribuição aos professores


Professor Luiz Vieira

            Antes de entrar no tema propriamente dito vamos ver como está nossa vida como seres humanos. Sim, pois por incrível que pareça somos seres humanos, e muito especiais por sinal.
            Como anda nossa vida? Como anda nosso trabalho? Como anda nossa saúde?  E o nosso humor?
            Na maioria das vezes, nos deixamos levar pela onda do pessimismo, do negativismo. O grande problema é que o mundo está cheio de pessimistas e acabamos por nos contaminar. A rotina do dia-a-dia, os problemas familiares, os tombos que levamos vai nos deixando murchos e contaminados. A própria sociedade com suas mazelas vai nos tirando nossa energia criadora.
            Mas o que podemos fazer? TUDO. A primeira decisão inteligente é não aceitar que a negatividade tome conta de nossa vida. O controle está em nossas mãos.
           
Gente negativa atrai desgraça

            Você se lembra de quando era criança? De como era encantadora sua vida? Mesmo para as crianças mais pobres a vida costumava ser um conto de fadas. A criança é um verdadeiro filósofo. Ela se encanta com tudo, quer descobrir tudo a sua volta, se alegra com as mais simples conquistas.
            Depois ela vai crescendo e aprendendo a ser tolhida, limitada. Começa a ser submetida a uma série de regras e convenções. O tempo todo ouvimos os adultos falarem: “isso não pode, isso não deve, um rapazinho não  pode fazer isso, uma mocinha não pode fazer aquilo”. “Cuidado minha filha. As pessoas são más! O mundo é perverso! Não fale com estranhos. Não confie em ninguém”.
            Tudo isso vai matando o filósofo encantador que existe em cada um de nós. Tem pessoas que se contaminam tanto que viram um poço de negatividade. O que mais conhecemos hoje em dia é gente negativa, gente que se alegra com a desgraça, que acha que o mundo está contra ele. Ele já acorda dizendo que tudo vai dar errado, amaldiçoa o dia. Quando você dá um bom dia a esse tipo de pessoa ela responde: “só se for para você. Para mim está péssimo”. Se você pergunta como vai, aí é o caos. Ele vai te contar toda sua vida destacando com  ênfase os pontos negativos. Tem gente tão negativa que se alimenta da própria desgraça e da desgraça alheia. Vive disputando quem é mais miserável. Quando encontra um amigo é incapaz de falar coisas boas. Ressalta suas doenças, suas crises e desenrola um rosário de lamentações. Se um fala que tem úlcera ela responde: “a sua sangra? Pois a minha sangra que é uma beleza”. E fala com ar de satisfação.
            Afaste-se urgente de pessoas negativas. Não tente se aproximar, não tente ajudar. No geral elas são contagiosas e querem aumentar o exército dos humanos negativos. Se for alguém muito importante, alguém muito próximo que você precise ajudar, o melhor a fazer é ignorar. Apenas dê um sorriso e se afaste ou mude de assunto rapidamente. Não sinta pena e não demonstre piedade, não dê vazão as suas lamentações.

O mundo é realmente dominado pela maldade?

            A resposta é NÃO. Apesar de crescermos ouvindo esse absurdo,  pensando bem, a coisa não é bem assim. Lembre de uma gargalhada de criança. Tente imitar. Agora veja fotos de adultos na sua rotina de trabalho. São carrancudos, rostos tesos, cheios de rugas e sinais de preocupação.
            O que nos deixa assim? Certamente a falta de conhecimento, a falta de boas energias. A falta de entusiasmo. Etimologicamente a palavra entusiasmo vem do grego (em+theos). Literalmente significa em Deus.
            Deus criou o mundo com infinitas riquezas e nos entregou. Se dividíssemos toda a riqueza que existe na natureza para os 7 bilhões de habitantes do planeta, sobraria infinitos tesouros. Quando Deus disse que somos a sua imagem e semelhança Ele não estava brincando. Somos todos filhos e pela lógica temos a divindade dentro de nós. Assim, cabe a cada um buscar o seu tesouro e usufruir da melhor maneira possível.




Você é um campeão vencedor

            Se você está vivo é porque venceu o concurso mais difícil, mais improvável que existe na humanidade. Vencer esse concurso é muito mais difícil do que acertar sozinho os números da mega sena acumulada há vários anos. Pense bem: para um espermatozoide fecundar o óvulo teve que vencer uma luta com mais de 300 milhões de espermatozoides. E só você conseguiu chegar lá nessa disputa. Isso não te parece fantástico? E aqui nem vou por na conta os teus antecessores que escaparam das guerras, da peste negra, do dilúvio, etc. A sua vida é uma estatística quase improvável.
            Você chegou até aqui. Tem forças para trabalhar, tem inteligência, conseguiu gerar filhos, está respirando normalmente sem a ajuda de aparelhos. Ainda acha que o mundo é negativo e que não tem sorte?
            Pare e observe tudo a sua volta. Você vai descobrir que o bem predomina. As coisas boas estão acontecendo  a todo instante. A justiça está sendo feita (talvez não como gostaríamos e ao nosso tempo). A felicidade e o bem são regras. A infelicidade e o mal são exceções.  Se você acha que estou sendo excessivamente otimista, procure mudar a maneira de enxergar o mundo e as pessoas. Se concentre naquilo que você tem de mais valioso: sua saúde, sua família, seus olhos, seus braços, etc. Faça uma caminhada a pés e vá observando o movimento da natureza e das pessoas. Observe uma área que foi devastada no ano passado e como ela já se recuperou. Por mais que o homem continue devastando com força voraz, a vida sempre dá um jeito surpreendente de se regenerar.

Professor, qual a sua missão?

            Por algum motivo nos tornamos professores. Essa é sem dúvida alguma a profissão mais apaixonante e também a mais difícil de toda humanidade. São poucos os que se arriscam a se tornar professores. Muito menos ainda os que abandonam a profissão. Se a nossa missão é especial, isso quer dizer que somos seres especiais. (Apesar de que alguns nos acham seres espaciais).
            Se somos seres especiais, indispensáveis para a construção de uma sociedade civilizada, por que não somos tratados como tal? O que estamos fazendo no dia-a-dia para merecermos o respeito, a admiração e a valorização da sociedade?
            Historicamente o professor foi desvalorizado financeiramente. Por outro lado, era detentor de admiração, de respeito de todos. Professor era simplesmente autoridade e pronto. O que ele falava era ouvido e levado em conta por todos. Atualmente os professores tem conquistado uma certa valorização financeira (ainda longe do ideal) e, ao mesmo tempo tem perdido  respeito, autoridade e liderança.
            Nós professores que somos líderes, formadores de opinião, educadores de gerações não poderíamos fazer algo para alterar esse estado de desvalorização?

Como o professor se vê?

Você se vê como um líder, como um educador? Você se assume como um formador de opinião? Que opiniões você tem a respeito dos acontecimentos sociais? Como você está formando essa opinião? Você é um estudante nato? Um pesquisador? Quantos livros lê por ano? Assiste bons programas de televisão ou é um noveleiro incorrigível? Lê jornais e revistas?
            Ao longo dos anos fomos reproduzindo clichês baratos que deturpam a nossa profissão. Muitas vezes nos colocamos como vítimas da sociedade, como coitadinhos e aceitamos passivamente esses rótulos. Quantas vezes não reproduzimos essas ideias tipo: “não me sequestre, sou professor”; hei de vencer, apesar de ser professor”; “sou sofressor...”
            É extremamente urgente, pelo nosso bem e pelo bem de toda a sociedade
que resgatemos o nosso verdadeiro papel de líderes.

Quebrando paradigmas

            Em primeiro lugar temos que refletir e repensar toda a nossa prática. O que estou fazendo para me valorizar enquanto profissional? O respeito, a valorização tem que partir de nós. Ninguém respeita maus profissionais. Ninguém valoriza quem não se valoriza, seja em qual for a profissão. Por isso temos que investir em nós, em nossa carreira. Se queremos colher bons frutos, temos que escolher boas sementes antes de plantar.
            O professor que quer ter seu trabalho valorizado e reconhecido tem que buscar as ferramentas certas. Tenho que ter paixão, amor, motivação, entusiasmo, emoção, ousadia e determinação. É preciso renovar sempre: renovar a paixão pela vida, pelas pessoas e pela profissão. “Se você se apaixonar pelo seu trabalho, nunca mais terá que trabalhar”.
            A primeira mudança que devemos buscar para melhorar a nossa profissão é fora da sala de aula. Nosso comportamento, nossas ações, nossos princípios, nossa ética, nosso senso de justiça, nossa postura no meio social é quem definem nosso trabalho como educadores. Nós professores estamos sempre preocupados com tudo e com todos. E qual o nível de preocupação que temos conosco?
Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional

Sete vidas do professor

1-Saúde e esporte

            Pelo que observo, o professor é o profissional que menos cuida de sua saúde. Praticar esporte então, o que é isso? Sempre damos a desculpa de que não temos tempo. Nos matamos de trabalhar e nem sequer investimos na nossa alimentação. Comemos mal, somos sedentários, estressados. Resultado: saúde em frangalhos e gasto de energia desnecessária. Qual foi a última vez que fez uma revisão no seu carro? E qual a última vez que foi ao médico fazer um check-up?

2-Família e afetividade

            Cuidamos com dedicação dos filhos dos outros. Educamos, ensinamos conceitos, preparamos para a vida. Nos dedicamos tanto que nem sobra tempo para nossa família, nossos filhos. Se o professor anda sempre estressado como vai ter afetividade com a família? Aí vem a contradição: se eu não tenho bons exemplos e afetividade dentro de minha família, como vou estar preparado para educar os outros? Isso não pode dar certo. Nosso lar tem que ser uma fortaleza, um porto seguro onde nos abastecemos de boas energias, bons exemplos para desempenhar bem o nosso papel como profissionais.


3-Carreira e vocação

            O maior investimento que podemos fazer a nosso favor é investir em nossa carreira. O professor que acha que já é formado, que já sabe de tudo está fadado ao fracasso. Será que você escolheu sua carreira de acordo com sua vocação? Se não foi, ainda é tempo de desistir.
            O bom professor tem que investir em conhecimento, em formação contínua. Deve se manter constantemente atualizado e focado nas novas tendências. Além disso deve dar exemplo de profissional comprometido, necessário e eficaz. Tem profissional que se faz tão desnecessário que só fica empregado pela falta de um substituto, e isso depõe contra a nossa profissão.
            Nossa profissão é a mais dinâmica que existe. Tudo está em constante processo de mudança. O próprio professor vive falando que o aluno de hoje não é o mais o mesmo, que antigamente era diferente, etc.,  etc. Tudo mudou. Só o professor que não muda? Como é que eu espero que meus alunos aprendam se eu continuo ensinando no passado?
            Invista em sua carreira. Busque o domínio dos meios tecnológicos que são utilizados pelos seus alunos. Lembre-se que seu aluno não sabe nem o que é vídeo cassete mas domina um computador como um gênio.

4-Cultura e lazer

Nem só de trabalho vive o homem. Um professor não pode ser uma máquina, um alienado. Deve se interessar por novos conhecimentos, deve se alimentar de cultura e encontrar tempo  para o lazer.
            Muitas vezes o professor reclama que seus alunos não leem, que só gostam de músicas duvidosas, etc. E ele próprio, (o professor) o que anda lendo? Qual sua bagagem cultural?

5-Sociedade e cultura

Lembre-se: não vivemos isolados no mundo. Vivemos em comunidade, num complexo sistema social. Como lideranças influentes que somos temos que dar bons exemplos, e acima de tudo praticar. Se convivemos em sociedade, temos que conhecer suas regras, seus princípios e participar enquanto cidadãos ativos.
            Se a sociedade está pervertida, se está corrupta, se está sem limites, se está violenta, quem é que forma essa sociedade? Não teríamos certa responsabilidade sobre esses fatores? Que tipo de aluno estamos formando para essa sociedade?
            Não estou atribuindo a culpa pelas mazelas sociais aos professores. Longe disso. Mas se educamos essa sociedade, muito poderemos fazer para melhorá-la. Não podemos abrir mão do nosso papel de líder. Devemos ter resiliência, mas também devemos ter congruência  e espírito inovador. Muito podemos fazer.

6-Vida material

            Dizem que nossa profissão é um sacerdócio. Se isso é verdade, mas não somos sacerdotes, não fizemos votos de pobreza.
            Precisamos aprender a planejar a nossa vida financeira para não bagunçar nosso trabalho. Ninguém consegue desempenhar bem um trabalho se vive como um miserável contraindo dívidas e passando necessidades. Ganhar pouco não precisa ser sinônimo de viver mal. Assim, um bom planejamento financeiro se faz necessário para ajustar nossa vida. Sem esse planejamento poderemos ganhar 50 mil por mês e ainda assim viveremos com privações.
            Lembre-se: professor não é sinônimo de pobreza.

7-Mente e espírito

            Por fim, precisamos alimentar bem nossa mente. Nosso cérebro é como um HD de um computador que precisa de boa programação e boas vacinas antivírus. Não podemos ser pessoas complexadas e mal resolvidas se pretendemos trabalhar o equilíbrio das pessoas.
            Como não somos só matéria, devemos alimentar também o nosso espírito. É importante fazermos parte de algum grupo que trabalhe o lado transcendental. Independente de religião e crença, o professor deve buscar algo fora do material, um vínculo especial com Deus.

Ensaie para fazer seu show (o planejamento)

            A sala de aula, a escola é um grande palco, uma grande vitrine. É na escola o seu templo sagrado, o seu teatro da vida. É lá que tudo acontece. É na sala de aula que acontece a magia da transformação, e isso não pode acontecer de qualquer jeito.
            Para não queimar o seu filme, ensaie todos os dias, ou seja: planeje, planeje e planeje. Incrível como ainda temos professores hoje que acha que não precisa planejar, que isso é invenção de pedagogo. Como exemplo citamos Roberto Carlos, que mesmo com mais de cinquenta anos de carreira jamais sobe num palco sem ensaiar exaustivamente. E olhe que Roberto é rei! E você professor(a)? Quer ser rei? Quer ser rainha? Planeje. Atualize seus conhecimentos. Aprenda com seus alunos.

Qual o seu marketing pessoal?

            Nossa profissão é considerada uma profissão de massa, ao contrário das profissões de elite como médico, advogado, engenheiro, etc. Mesmo com a escassez de professores no mercado, ainda somos muitos. Por mais que consigamos conquistar melhorias salariais, dificilmente vamos receber o que de fato merecemos pela grandeza da nossa profissão.
            Mas e daí? Precisamos ser pobres? Claro que não. Devemos sim é buscar fazer um trabalho diferenciado, nos valorizar e nos destacar no meio da multidão. Não se trata de querer ser melhor do que ninguém, mas buscar a excelência, nos distanciar dos mortais que insistem em permanecerem estacionados no comodismo, na mesmice.
            Trabalhar o marketing pessoal é ressaltar aquilo que você tem de melhor. É acima de tudo dar bons exemplos, ser natural, ser espirituoso, bem humorado. Apresentar-se bem, falar bem, escrever bem, acompanhar as novas tendências (sem cair em modismos artificiais), saber ouvir com entusiasmo, saber se comunicar com segurança, ser assertivo, flexível, vão reforçar sua personalidade de professor vencedor.
            Atenção: busque ser o mais natural possível. A mudança deve acontecer de dentro para fora. Não adianta nada começar a falar palavras bonitas para impressionar que todos vão perceber que aquele não é o seu vocabulário e você vai passar por ridículo. Já viu aqueles vendedores de livros que parecem um papagaio? É mais ou menos assim.
            Fora do ambiente de trabalho você demonstra mais o que é na sua profissão. Não existe essa de ser uma coisa no trabalho e outra fora. Por isso muito cuidado com suas atitudes. Cada detalhe de sua vida reforça o seu marketing pessoal. Desde a maneira como você se veste, como você atende o celular, até a maneira como você trata seus colaboradores definem sua personalidade.
           
Lembretes importantes


  • ·         Nossos alunos levam da gente aquilo que somos, e não aquilo que ensinamos.

  • ·         Se um aluno gosta de você, ele aprenderá com facilidade. Se não, ele vai te boicotar.

  • ·         Autoridade se constrói com respeito e exemplos. Não se exige, se conquista.

  • ·         Devemos manter uma relação de confiança e comprometimento com nossos alunos. Educar é acima de tudo um ato de responsabilidade.

  • ·         Temos a responsabilidade de ensinar e nossos alunos nem sempre estão disponíveis e interessados na aprendizagem. Cabe a nós conquistá-los.

  • ·         O aprendizado dos alunos a nós confiados é de responsabilidade nossa. Assim como um engenheiro é responsável pelo resultado da obra que ele assina, nós somos responsáveis pelo resultado da aprendizagem.