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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A Vida Após a Morte



Nelson (Mandiba) Mandela – Presente!


José O. Zelão V. Reis.
Professor.



         Ao longo da nossa existência, desde que nos entendemos como gente, ou seja, quando começamos a desenvolver o raciocínio lógico, cultivamos certezas e incertezas, construímos, destruímos, reconstruímos; mas no fim das contas fica apenas uma certeza, e esta é infalível: a morte é certa e vem para todos, para cada um ao seu tempo – e não escolhemos a hora nem o local.

            A história da humanidade, em todo o seu percurso, se apresenta com várias facetas – algumas muito cruéis, outras nem tanto. O ser humano aprendeu a guerrear, primeiro para se defender, defender o seu grupo, o seu território, o seu alimento; depois, pela ambição de aumentar o seu poder e expandir o domínio sobre outros povos. Assim foram as vergonhosas colonizações que, em sua fase primária, chegaram a dizimar povos inteiros; e continuam hoje, em sua fase ultramoderna, dizimando culturas e implantando o terror.

            Mas nem sempre o terror e a dominação prevalecem – pelo menos não para a eternidade. Para cada grande louco aparece um grande líder que funciona como antídoto. Alguns exemplos que me vêm à memória: Império Romano (Césares) X Jesus Cristo; Império Inglês X Gandhi; Império Americano X Luther King, Fidel Castro, Che Guevara; Império Inglês (de novo) X Mandela (fim do Apartheid); Império Brasileiro (ditadura militar) X Lula (e milhares de líderes anônimos).

            O que os dominadores (ainda) acham normal e querem impor ao senso comum, estes homens entenderam e agiram de forma avessa; e com suas atitudes mudaram o curso da história e a vida de milhões de seres humanos. Verdadeiros líderes (como estes e tantos outros) não morrem, descansam; e são eternamente lembrados e cultuados. E através deles, de suas histórias, seus legados, surgem novos líderes e a história vai tomando novo curso.

            Antes da prisão (que durou 27 anos), para defender o seu povo, Mandela chegou a praticar a luta armada. A sua libertação foi fruto da luta do povo negro sul-africano, que se espalhou pelo continente e contagiou o mundo. O regime de segregação racial sul-africano promoveu, antes e durante esses 27 anos de prisão de Mandela, um verdadeiro genocídio à maioria negra de seu país; um derramamento de sangue diante dos olhos do “mundo civilizado” e das “nações poderosas” que nada fizeram (às vezes financiaram). Mas produziu um homem, frágil fisicamente, de saúde abalada por causa do encarceramento, porém, forte como um leão e de saúde mental e moral inabalável. Ao prender e manter na prisão um líder nato, o governo do apartheid estabeleceu o início do seu próprio fim. Os rios de sangue precisavam parar de correr, o mundo precisava dar uma resposta e o regime totalitário não ficaria impune. 

            A libertação de Mandela trouxe alento ao mundo, mas também uma grande expectativa, do tipo: “agora é a hora da vingança”; “somos a maioria, vamos dar o ‘troco’” e coisas do gênero. O mundo também queria saber que rumo Mandela daria à sua liberdade e, sabiamente, humanamente, humildemente, grandiosamente Mandela deu a melhor resposta que o mundo poderia esperar: em vez de vingança a tolerância, a superação do ódio, a convivência pacífica entre negros e brancos e, a melhor de todas: a generosidade. Sua atitude pacificadora o credenciou, diante do seu povo e do mundo, a ser o condutor do processo de transição do totalitarismo racista ao regime de democracia racial.

            Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da história da África do Sul, legitimamente eleito pelo seu povo. Promoveu a diplomacia racial e internacional e o mundo conheceu um verdadeiro estadista. Ninguém teria motivo maior para odiar os seus algozes e incentivar e disseminar o espírito de vingança. Mas ninguém também, em seu tempo, foi tão GRANDE, não só para impedir que isto acontecesse, como para incentivar o contrário e promover a paz entre seu povo e unir raças, credos e cores. É por isto que hoje todos paramos para homenagear este líder – cidadão do mundo.

            No dia 05 de dezembro de 2013 o Guerreiro descansou. (..............) ‘Perdi um líder vivo e ganhei um herói imortal’”. (Luiz Vieira). Nossa singela homenagem ao Pai da democracia racial universal do Séc. XX/XXI.

VIVA MANDELA... POR TODA A ETERNIDADE!


Parauapebas, Pará. 10.12.2013.

Um comentário:

  1. bela homenagem zelao. uma breve retrostectiva da historia da humanidade para dar a dimensao da grandeza deste LIDER. parabens.

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