Pesquisar este blog

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

2013: O ANO QUE NÃO TERMINOU.

Aqui ouso plagiar o título de um grande livro "1968 - o ano que não terminou" do saudoso Zuenir Ventura. Nele o autor narra os principais acontecimentos ocorridos no fatídico ano de 68 onde os militares que deram o golpe de 64 acirraram a ditadura e reprimiram com violência os movimentos de esquerda que ousaram a lutar pela democracia. Quem tiver a oportunidade de ler esse livro, eu recomendo, pois você vai conhecer um pouco da nossa história recente e compreender fatos que repercutem em nossa sociedade atual. Você vai entender por exemplo o motivo do ódio que a grande imprensa alienada e elitizada e órgãos a serviço dessa imprensa nutrem por Zé Dirceu e Zé Genuíno. Outros livros que recomendo nesse gênero: "Os Carbonários", "As veias abertas da América Latina", Capitão Lamarca". Você pode encontrar também bons filmes nacionais como: "O que é isso companheiro?",  "Lamarca, o Capitão da Guerrilha", entre outros.

Mas vamos a 2013. Em Parauapebas podemos afirmar que esse ano não acabou. Ficou aquele algo inacabado, aquela frustração, aquela sensação de que algo ficou sem conclusão. Muitos sonharam com novos tempos, com mudanças, com renovação. Ao longo de 2013 esses sonhos foram se esvaindo e a realidade se apresentou muito diferente para todos. Abordaremos aqui alguns itens que justificam essa tese, esse raciocínio:

EDUCAÇÃO


O Governador Simão Jatene realizou sua vingança sobre os educadores do Pará. Após obrigar os trabalhadores da educação a trabalharem com um salário humilhante e aviltante e em condições sub-humanas, o governador ignorou completamente o movimento grevista da educação em busca de melhores condições de trabalho. Irresponsavelmente o Simão Cruel Jatene radicalizou e desdenhou a greve deixando os alunos e professores por 53 dias sem aulas na rede pública. Por outro lado o SINTEPP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública) que está bastante desgastado por ter priorizado questões partidárias e brigas internas, não teve habilidade para conduzir essa longa greve. Não houve articulação na rede estadual e, para se ter ideia, as lideranças convocavam manifestação na capital e reunia apenas cerca de 200 professores. Nos municípios do interior quase não houve manifestações por falta de organização e incentivo. Em Parauapebas por exemplo podemos afirmar que não houve greve. Houve apenas 53 dias de férias forçadas para alunos e professores. Resultado: castigo para alunos, pais e professores que começaram 2014 concluindo o ano de 2013 que não acabou. Teremos aula até fevereiro e o calendário de 2014 só vai iniciar em meados de março, que também não vai terminar em 2014. Nas escolas estaduais o clima é de desolação e desânimo. 

Na rede municipal a situação é parecida. Houve até um início de greve mas os funcionários recuaram. Os trabalhadores enfrentaram muitas penúrias com a desorganização e desorientação inicial da SEMED. Na ânsia de trocar profissionais por cabos eleitorais, cometeram um desastroso desequilíbrio na rotina escolar que se sente até hoje as consequências. Os maiores prejudicados foram os alunos, em sua maioria de classe carente que não tiveram sequer o direito ao uniforme e ao material escolar. Isso porque o Prefeito Valmir anunciou no início do ano no Encontro de educadores, na presença do escritor Rubem Alves que todos os alunos receberiam uniforme completo com sapatos, meias, calça e blusas, além de um kit completo de material escolar. Esse material chegou a ser comprado, pago e desapareceu. Os pobres dos alunos esperam até hoje e ainda usam a camisetinha deixada por Darci.

SAÚDE


O Prefeito Valmir enquanto candidato criticou bastante o atraso da construção do novo hospital e prometeu que concluiria a obra num prazo entre 4 a 6 meses. Tudo que ele conseguiu fazer foi uma pintura da fachada e depois de um ano, a obra continua parada, mesmo tendo ficado em caixa orçamento para esse fim. Cada vez que algum setor da imprensa cobra, ele dá um prazo que nunca é cumprido.

O atendimento piorou e o cidadão que precisa de saúde pública sente na pele a humilhação e o descaso. Conheço caso de pacientes que deram entrada com a "bacia" fraturada e o médico ortopedista deu alta sem ao menos pedir uma sessão de fisioterapia. Se você fizer uma visitinha na emergência verá pacientes agonizando pelos corredores e outros tomando soro em cadeiras improvisadas. Mesmo com todo recurso disponível o governo não teve competência para mostrar seu projeto de mudança e a população viu a qualidade que já não era essas coisas na gestão anterior, despencar ainda mais. Para completar, tivemos dois casos de estupro dentro do hospital municipal praticado por técnico de enfermagem, além de casos de agressão de pacientes.

SEGURANÇA PÚBLICA


Em 2013 a bruxa correu solta em Parauapebas. Tivemos um alarmante índice de violência sem que as autoridades tomassem medidas concretas para minimizar. Muitas vezes alguns agentes municipais incentivaram e contribuíram com essa violência. Só para citar um exemplo tivemos dois assassinatos: um advogado e um líder comunitário. O ano acabou e a polícia não apresentou nenhuma solução para esses casos que ainda é mistério. Fica a sensação de medo, de impunidade e de impotência na população. O sentimento recorrente é de que em Parauapebas se pode fazer o que quiser que vai ficar por isso mesmo.

ECONOMIA


Parauapebas conheceu em 2013 a pior crise de sua história. Em todos os setores se sentiu os efeitos da crise e todos repetiam a mesma frase: o dinheiro sumiu. O comércio travou, o mercado imobiliário teve queda drástica, a indústria reduziu produção e toda a população sentiu o efeito dessa crise. 

Por outro lado tivemos recorde na arrecadação municipal. Quase 2 bilhões vazaram pelo ralo. Alguns observadores afirmam que 2013 e 2014 serão anos atípicos em Parauapebas em relação ao aumento do orçamento. É dinheiro que não acaba mais. Para onde foi essa dinheirama toda? O prefeito não realizou obras. As obras realizadas foram as deixadas pelo governo Darci em fase de conclusão e com dinheiro em caixa, e mesmo assim o Valmir e sua equipe não tiveram competência de concluir grande parte dessas obras. A população ficou assistindo o dinheiro vazar para outros estados nos bolsos de forasteiros amigos do poder que receberam valores superfaturados por shows de gosto duvidoso e serviços porcos. Além de um pequeno grupo de financiadores de campanha que monopolizaram a distribuição desses recursos.

O ano de 2013 começou com o carnalama e terminou com o réveillon  mais brega da história escondido lá na FAP. A população foi "brindada" com uma bandinha de forró manjada que ninguém nem aguenta mais ouvir falar o nome. 

E a mudança tão esperada ficou para depois. Será que 2014 será o ano dessa mudança? Será que veremos o milagre acontecer? Teria Valmir pulso para fazer um expurgo no seu governo e começar a trabalhar? 

Parauapebas merece o melhor. Já chega de castigo. Já chega de ver os abusos do poder que confia na impunidade e na força da grana que compra a tudo e a todos. Já chega de ver a inércia dos órgãos legislativo e judiciário que ficam vendo a banda tocar e esperando seu quinhão, sua parte nesse latifúndio. Já chega de ver a estupidez do silêncio dos bons, dos justos, dos que tem nas mãos o verdadeiro poder de mudança. 

Vamos acordar MEU POVO!!!


5 comentários:

  1. vou tambem pedir licença a cazuza: eu vejo o futuro repetir o passado,vejo um museu de grandes novidades.

    ResponderExcluir
  2. 2013 realmente foi perdido. E em 2014 não esperamos nada de bom dessa corja. A única alternativa é convocar o povo para as ruas e dar um basta já que aqui não tem vereadores, não tem ministério público, não tem lei, não tem nada.

    ResponderExcluir
  3. Caímos no maior calote da história. Uma tropa de vampiros sugaram todo o dinheiro e deixaram nossa cidade num verdadeiro caos.
    Se arrependimento matasse.

    ResponderExcluir
  4. Luis escreva uma matéria sobre os novos ricos de Parauaoebas, pois desde que o velho assumiu se vê pela cidade gente que não tinha onde cair morta agora ostenta luxo e vivem dando farras. E muitos parentes que foram trazidos que estão lavando a burra aqui. São tão folgados que nem escondem. Tem até parentes de vereador com frota de carro alugado em nome de laranja e ainda é funcionário da semed. Vou te passar os nomes

    ResponderExcluir
  5. E assim entramos em 2014. Valmir cede a pressão do Devanir e cria uma secretariazinha p atender ao seu capricho. E o povo que se dane

    ResponderExcluir