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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SOB O SÍGNO DO MEDO

Por que o Governo Valmir não dá certo?


Outubro de 2012. Após o resultado que consagrou o Valmir da Integral como o novo Prefeito de Parauapebas começou um momento de euforia e sonhos para muitos. Pela primeira vez na História de Parauapebas houve um processo de transição com tudo o que a nova equipe tinha direito. Esse legado fica para o Darci e sua equipe. Os mais antigos lembram como era feita a transição aqui. Era um tal de catar chaves na rua, de contratar chaveiro para arrombar portas, de jogar sucata no lixo, de desinfetar prédios velhos e nauseabundos, e outras lambanças a mais.

Mas vamos lá. Todos os espaços da prefeitura foram abertos para a nova equipe de governo. A Secretaria de Administração acabou sendo o coração desse processo pois era lá que estava a engrenagem funcional de todo o governo. Vi uma equipe empolgada e entusiasmada liderada pelo José Omar Arrais que era o homem de confiança do Prefeito. Por diversas vezes o próprio Valmir dava o ar da graça para ver de perto o que estava sendo produzido. Toda a equipe era formada por uma mistura de personalidades de diversos corolários. Alguns ficavam com cara de cachorro quando cai do caminhão da mudança por não entender nada do que estava se passando; outros estavam apenas para marcar presença. Sem nada para contribuir ficavam o tempo todo descendo para fumar e tomar cafezinho; outros ficavam deslumbrados como uma criança quando ganha aquela super bike de Papai Noel; alguns aloprados ficavam circulando pelas salas da SEMAD e de outras secretarias se dizendo representar o Prefeito e ameaçando os servidores, típico de gente imatura. 

Porém, tenho que reconhecer. Teve gente trabalhando sério e com afinco para conhecer as engrenagens da máquina e preparar tudo para botá-la em funcionamento sob o novo comando. Dava gosto de ver. Várias vezes testemunhei pessoas saindo do prédio a meia noite e até em finais de semana. Confesso que fiquei com inveja. No nosso tempo tivemos que trabalhar na clandestinidade contando apenas com informações advindas de alguns servidores aliados. Essa turma produziu e produziu muito. Fizeram todo um levantamento diagnóstico da situação e criaram um novo modelo de gestão bem planejado, bem articulado e com muita qualidade. Digo isso porque tive acesso ao produto final. Pensei: com um planejamento assim, não tem como esse governo dar errado!

O que aconteceu com esse planejamento?

O Valmir Mariano caiu na cilada de se "apaixonar" pelo forasteiro Célio Costa. Logo de cara entregou duas secretarias para ele comandar. Tarimbou a SEPLAN tornando-a sua super secretaria e entregou a SEDEN para o seu irmão Heleno Costa numa afronta a lei do nepotismo. Aliás, nepotismo tem sido a marca da sua gestão. 

O Célio Costa vertido com o manto da vaidade e calçado com os sapatos da arrogância recebeu o produto final do planejamento feito pela equipe de transição. Deu uma olhada de soslaio, folheou algumas páginas e disse: "joga tudo no lixo". Assim foi feito com uma pilha de documentos com quase um metro, fruto de três meses de trabalho de uma equipe. Foi tudo queimado em um container que fica atrás do Centro Administrativo. Tudo virou cinza sob os olhos incrédulos da equipe de transição.
 
Continua amanhã (sexta, 27 de setembro)

6 comentários:

  1. Eu acho que o problema está com o próprio Valmir. Ele deve ter medo da competição, por isso afasta os bons e se cerca dos medíocres. Nesse caso, o que é que pode dar certo? Há quem aposta que ele está guardando o coelho na cartola para tirar no próximo ano; eu pessoalmente não acredito nessa hipótese. De qualquer jeito, o que vier de bom, seja bem vindo - de Valmir ou de Darci.

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  2. Esse governo já nasceu falido. O Valmir cometeu o maior erro político que foi lotear as secretarias. Outro dia vi o Vereador Major numa reunião dando ordens na Juliana como se ela fosse sua moleca se recado. Fiquei constrangida e com pena da Juliana.

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  3. Nepotismo é o que há nesse desgoverno doido. Seplan e Seden: dois irmãos. Semma e Semas: marido e marida. Fora os assessores familiares. Cadê a lei desse município? Terra sem lei.

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  4. Sob o signo do medo. Não poderia haver título mais adequado. Os secretários vivem com medo de perder o emprego. Os vereadores vivem implorando atenção e chantagiando o velho para arrancar mais dinheiro. Cada um quer arrancar o que pode com medo da fonte secar. O medo é geral

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  5. Fui informado pela manhã que servidores haviam sido exonerados. O pavor é tão grande que o cidadão não consegue ler até o final do decreto e verificar que são simples exonerações e nomeações cruzadas, apenas.

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  6. Luiz, aqui na SEMAD todos somos vigiados e somos suspeitos de te repassar informações. Outro dia inventaram que estávamos nos encontrando com você em Maraba para te repassar informações. Os bons tempos já se foram

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