Geralmente a História do Brasil que aprendemos nos livros didáticos é cheia de fantasias com príncipes encantados, carruagens, belos cavalos e heróis. Se estudarmos um pouco mais a fundo veremos que a realidade era bem diferente. A História da Independência do Brasil é uma que está carregada de fantasia e mito.
A História mostra o Grito de Independência do Brasil como um momento
apoteótico onde D. Pedro em trajes de gala, montado em seu cavalo
ergueu sua espada e declarou a independência. Um historiador anônimo
conta que quando D. Pedro I recebeu a carta com o ultimato da Coroa
Portuguesa estava comendo uma feijoada na casa de uma de suas amantes em
Santos. Sua montaria era uma mula, único animal capaz de resistir as íngremes ladeiras de Santos. Também não estava em trajes de gala. Vestia calças folgadas de montaria e camisa de algodão apropriada para o calor da época. Ficou muito perturbado com o conteúdo da carta e apressou a
viagem com sua comitiva. No meio do caminho foi acometido por uma
terrível dor de barriga e parou as margens do Rio Ipiranga para se
aliviar. Quando terminou gritou para a intendência: papel! Os soldados
nervosos reviraram a carroça de suprimentos e não encontraram o papel
para D. Pedro se limpar. D. Pedro muito nervoso, após pedir por três
vezes, se levantou com as calças entre as pernas, retirou sua espada da
bainha, ergueu e gritou: "essa intendência é de morte!" Os soldados
entenderam outra coisa e gritaram: "Independência! Independência!"
Quando D. Pedro percebeu o engano já era tarde demais. Os soldados já
estavam lhe abraçando e parabenizando pelo feito.
Na verdade a Independência do Brasil começou a ser construida muito antes de 7 de setembro de 1822. Podemos afirmar que se iniciou graças a Napoleão Bonaparte quando ameaçou invadir Portugal. D. João VI se acovardou e preferiu fugir para uma colônia distante do que enfrentar a esquadra napoleônica. Para essa fuga, teve que contar com o apoio e a proteção dos ingleses, e para isso fez um pacto onde o principal ponto seria a abertura dos portos brasileiros as nações amigas da Inglaterra.
Em março de 1808 a Família Real aportou de mala e cuia no Rio de Janeiro inaugurando assim uma nova era para o Brasil. De uma simples colônia sem importância que até então servia apenas para enviar degredados (bandidos perigosos que eram punidos com a pena do degredo e eram enviado para os confins do mundo) e de onde a Coroa Portuguesa extraia matéria-prima, passou a categoria de Reino Unido de Portugal.
Com a chegada da Família Real vieram também toda a infra estrutura que a nobreza iria precisar: bibliotecas, obra de artes, artistas famosos, instrumentos, ferramentas, além de muito dinheiro foram trazidos para atender as necessidades da corte. Muitos moradores foram obrigados a abandonar suas casas para servir de moradias para os funcionários da corte, o que causou muita insatisfação na época. O curioso é que alguns gostavam e até ofereciam suas residências na esperança de receber algum mimo da nobreza.
Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro
“grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria
atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com
tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais
puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade
material nunca antes experimentado em toda história colonial. A
liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.
Em 1821 D. João VI é obrigado a retornar a Portugal e deixa seu filho D.Pedro I para assumir seu trono. Com o acirramento da crise econômica cresce no Brasil o sentimento de independência. As elites pressionam D. Pedro para que se livrasse dos abusos e exploração da Coroa Portuguesa. Sem saída, D. Pedro se vê obrigado a atender algumas reivindicações do movimento de independência.
Insatisfeito com as decisões do filho aqui no Brasil, D. João ordena que D. Pedro se submeta a uma série de sanções e retorne imediatamente para Portugal deixando o Brasil sob o comando de uma junta administrativa formada pelas cortes. D. Pedro ficou envaidecido com um abaixo assinado recebido onde a elite política pediu para que ele ficasse. Em 9 de janeiro de 1822 ele anunciou sua permanência no Brasil ficando conhecido esse dia como o dia do FICO.
Consta que D. Pedro estaria viajando pela região litorânea de Santos quando recebeu uma carta de Portugal com um ultimato. Ou acataria as ordens do Rei ou o Brasil seria invadido pelas tropas portuguesas. Num gesto de rebeldia contra sua própria família D. Pedro ergueu sua espada às margens do Rio Ipiranga e bradou o Grito de Independência. "Ou Independência ou Morte!" Isso ocorreu no dia 7 de setembro de 1822. Esse foi um ato isolado e que o povo só ficou sabendo muito tempo depois.
O fato é que até hoje estamos lutando de alguma forma pela nossa independência. No seu ponto de vista o Brasil é independente?
E a Região de Carajás e Tapajós? O que precisamos fazer para conquistar a independência verdadeira que não beneficie somente as elites políticas? Como nos livrar do Jatene que tanto despreza e maltrata nosso Estado?
Como conquistaremos a independência de Parauapebas?
Vamos aproveitar esse feriado patriótico para demonstrar aos nossos governantes que não somos pacatos súditos de uma colônia atrasada. Que temos voz e vez.
Esse Pedro de Alcântara era uma figura. Apesar das atrocidades que ele cometia e de suas peraltices, ele deu a sua contribuição para o que hoje chamamos de "INDEPENDÊNCIA". Foi um gesto de rebeldia sim, de menino mimado, mas não podemos negar a sua importância; também não devemos nos contentar com o que está posto, pois a verdadeira independência ainda não chegou e só o seremos de fato quando não hover mais escravidão, fome e desvalidos. Quando o povo tomar as rédeas do seu destino e os governantes não mais se curvarem aos impérios ianques, aí sim, seremos verdadeiramente independentes. Simmples assim. Vamos lá?
ResponderExcluirEu estava lá e vi a festa dos soldados, não em comemoração ao grito de Pedro, mas num gesto de bajulação como continuam fazendo até hoje os puxa-sacos de plantão. Ah se pudéssemos mandar para Portugal os nossos degredados! Eles iam ver o que é bom prá tosse.
ResponderExcluirPara quem gosta de História, recomendo a leitura dos livros "1808", sobre a vinda da Família Real para o Brasil, e "1822", sobre o reinado de D. Pedro I - vale a pena lê-los.
Aos verdadeiros patriotas, desejo "Independência e... Sorte".
kkkkkkkk. Essa é boa. Gostei muito dessa versão. Estou me acabando de rir até agora. Obrigado pela aula de História bem humorada professor. Gostaria de fazer uma sugestão. Seu Blog é com certeza o mais lido em Parauapebas. Por que você não chama para uma manifestação contra o prefeito e esses vereadores?
ResponderExcluirRapaz, quer dizer que a independência do Brasil nasceu de uma cagada der D. Pedro? Bem que eu desconfiava.
ResponderExcluirBem que esse tal de Napoleão poderia baixar aqui em Parauapebas também. Ai o Valmir, Major, Pavão, João do Feijão, Odilom, Devanir fugiriam para o garimpo das pedras
ResponderExcluirÉgua do Pedro Cagão! kkkkk
ResponderExcluirlembrei dos velhos tempos de escola quando as aulas do professor luiz vieira instigavam os alunos a olhar com olhos críticos e fazer o contraditório.
ResponderExcluirNo Brasil já conquistamos a independência. Em Carajas nosso sonho foi interrompido pelo Simão Jatene. Aqui em Parauapebas a coisa ta enroscada. Votamos no Valmir achando que libertaria Parauapebas e quebramos a cara. O velho esta afundando o município e o povo assistindo em berço esplendido.
ResponderExcluirAcho que só teremos independência quando o povo aprender a votar e deixar de eleger esses canalhas que vivem comprando votos para depois se vender para o prefeito. Se tem político corrupto é porque o povo elege. Enquanto tiver eleitores desonestos esses politicos como Pavão, Major, Devanir, Feijão, Braz, Luzinete, Elieni, Euzébio, Odilom, etc vão se dar bem.
ResponderExcluirO povo queria mudança e elegeu Valmir. Olhe a mudança aí gente. Quem mudou mesmo foi os bandidos de Tocantins para Parauapebas. Pronto, falei.
Luiz Vieira, ouvi falar que o Dario demitiu o secretário de obras interino, o Nonato e o vereador Pavão obrigou o prefeito a colocar de volta. Investigue isso pra nós. Se for verdade será o fim. A robalheira aqui na SEMOB está grande e o Dário não está conseguindo controlar.
ResponderExcluirFiquei com saudade das suas aulas de História do tempo que era sua aluna. Aprendi muito com você. Todo dia não começo a trabalhar sem ler o seu Blog e fico ansiosa quando não vejo notícia nova. Gostaria que você colocasse os textos mais cedo. -Fernanda Azevedo
ResponderExcluirOuvi dizer que dia 7 vai haver protesto no desfile contra Valmir. Vou lá conferir. Tem até ovos e tomate
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