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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mídia apostou alto no STF. E perdeu!

Mídia apostou alto no STF. E perdeu!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Por que a mídia apostou tão alto na recusa aos embargos infringentes?

A resposta é simples: arrogância.

A mídia vive de símbolos e imagens, e queria mostrar a imagem de José Dirceu sendo algemado e preso. Vai ter de esperar um pouco.


A espera é desvantajosa para a mídia, porque dará mais tempo para que a opinião pública possa se informar melhor sobre os fundamentos da Ação Penal 470.

Teremos tempo para explicar à sociedade civil que o julgamento foi repleto de exceções, erros e arbítrios.

Mais importante que tudo: a pressão histérica da mídia sobre o ministro Celso de Mello demonstrou fraqueza, por um lado, como se os barões tivessem medo de uma revisão criminal dos fatos; e covardia, de outro, ao pretenderem jogar no lixo 300 anos de tradição jurídica, apenas para aplacar um sentimento de vendeta.

A próxima luta é anular esse julgamento de exceção, que incorporou teses inteiramente falsas, como a existência de dinheiro público.

Lembremos que alguns erros, como Henrique Pizzolato, não serão beneficiados pelos embargos infringentes. E, no entanto, Pizzolato é o mais inocente de todos os réus. Seu caso também terá de ser revisto.

Mas agora é o momento de comemorar uma importante vitória da democracia. As forças obscuras da mídia, e seus tentáculos sociais, queriam remover um dispositivo constitucional em favor dos réus para validar uma acusação inquisitorial.

Celso de Mello, quando discursa sobre política, é um desastre. Desta vez, porém, ateve-se a pensamentos de ordem jurídica, e teve um desempenho brilhante.

Ressalte-se que Mello usou todos os argumentos trazidos pelo blog: desmontou a pegadinha do Globo que serviu como tábua de salvação à Carmen Lúcia, lembrando que STF é diferente do STJ porque somente ele é última instância; lembrou que a questão dos embargos infringentes foi discutida pelo Congresso em 1998, e os parlamentares defenderam expressamente a manutenção dos mesmos, incluindo aí as lideranças partidárias do PSDB, DEM e PT.

Mello respondeu a todos os críticos, no próprio STF e na mídia. Questões fundamentais, tocando às liberdades e direitos civis, não são meras “tecnicalidades”, disse o ministro, referindo-se ao termo usado por Veja para descrever os embargos infringentes.

2 comentários:

  1. A Rede Globo e a Veja bem que tentaram dar esse golpe mas não conseguiram. O julgamento do mensalão foi uma farsa, uma tentativa de vingança contra os lideres que ousaram mudar esse país. Onde está a riqueza jo Genoíno? Onde estão as provas de uso de dinheiro públicvo? Nada ficou provado. Foi um julgamento político, um ato de vingança contra aqueles que lutaram contra a ditadura militar. E o julgamento do mensalão do DEM/PSDB que é muito mais antigo, quando vai entrar em pauta? Foi engavetado por esse Supremo sem nenhuma explicação.
    (Cientista Político)

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  2. Se o STF que é a mais alta instância do Poder Judiciário do país se auto-desmoraliza, rendendo-se à uma mídia conservadora, vingativa e cheia de resquícios da ditadura militar, e por capricho pessoal de alguns juízes "estrelas", o pvo brasileiro vai confiar em quem?
    Alguma coisa está fora da "ordem".

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