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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SOB O SÍGNO DO MEDO (PARTE II)

O Governo Valmir ainda pode dar certo?


Ontem no texto sobre esse assunto descrevi a atitude do Secretário de Planejamento Célio Costa quando recebeu o Planejamento da Equipe de Transição. Tudo virou cinza na fogueira da arrogância. Célio Costa precisava marcar terreno, precisava mostrar da pior maneira quem manda. Assim agem os homens desprovidos de conhecimentos, de técnicas e de competência. Ele tem que usar o medo e a intimidação para garantir a subordinação. Assim agem os fracos, os inseguros.

O Célio estabeleceu um relacionamento baseado na desconfiança e no medo. Todo o secretariado do governo Valmir se sentiu subalternos e servis diante do super secretário. Todos andam pisando em terreno minado e para proteção foram formando pequenos grupinhos. A guerra estava declarada e os blocos foram se definindo. Em público tudo parecia ser amor e paz, pois vendo a moral e o poder que o Valmir dava ao Célio, ninguém se atrevia a contrariá-lo. Assim o grupo foi traçando a prática de autofagia. Foram comendo uns aos outros numa sequência desastrosa de intrigas e fofocas.

Todo homem que tenta se impor pela força, pela intimidação não se sustenta por muito tempo. A máscara do Célio Costa caiu quando ele apresentou o Plano Parauapebas 500 mil habitantes. A preço de ouro em pó (isso ainda é mistério) contratou uma consultoria para fazer um álbum de fotografias de maquetes e desenhos ilustrados e num espetáculo de pirotecnia apresentou como sendo um plano para preparar Parauapebas para o futuro. Pegou mal, muito mal. O tal plano que não dizia coisa com coisa deixou o governo constrangido e envergonhado. Durante o lançamento todos perguntavam: e o plano, quando vão apresentar? O planejamento do super secretário de gestão e planejamento não passava de um álbum de figurinhas que qualquer aluno do 7º ano fundamental seria capaz de montar. O governo ficou tão envergonhado que nem toca mais no assunto.

Tanta intriga e desconfiança interna não poderia ser mais catastrófico para o município. Nenhum reino dividido se sustenta como está escrito no Livro Sagrado. Diante de todo esse cenário temos um chefe indeciso, cansado, angustiado e desestimulado. Valmir já envelheceu uns cinco anos nesses oito meses de governo. Sua aparência não esconde esse aspecto cruel do poder. Gente do seu círculo mais íntimo conta que ele não dorme antes de tomar várias latinhas de cerveja misturada com várias doses de wysk. Isso de vez em quando até faz bem, mas diariamente nem um jovem saudável aguentaria. Isso é verdade? Não sei e sinceramente espero que não seja. Talvez seja somente intrigas. Mas a informação coincide contada por várias pessoas que frequentam sua intimidade.

Valmir já demonstrou que fez uma escolha desastrada da sua equipe de governo. Nunca na história do Pará houve um troca troca tão exagerada como aconteceu aqui. Vários Secretários, o próprio Chefe de Gabinete, vários assessores, três Comissões de Licitações, vários servidores concursados mandados ficar em casa sem trabalhar. Motorista do prefeito e segurança pessoal não duram. Essas funções que seriam da mais alta confiança são trocadas a cada mudança de humor do Prefeito. E para piorar, cada membro da equipe que sai continua recebendo dinheiro e favores em troca do silêncio.

E o secretariado? Pobres secretários! Ficam na corda bamba e no fio da navalha. Por um lado tem um vereador que manda e desmanda na secretaria. Por outro, vivem pisando em solo movediço e amedrontados com o fantasma da demissão. Valmir já deixou claro que ninguém está seguro, haja o que houver. Alguns até defendem isso como uma característica de autoridade e decisão do Prefeito. Falam: se não presta tem que tirar mesmo. Mas aí eu pergunto: não houve o mínimo de inteligência no momento de escolher? É necessário ficar fazendo experiência no meio do caminho? Imagine você entrar num avião e voar para testar a capacidade do piloto? Você teria coragem de encarar essa viagem? Nem eu. Dizem que até os secretários mais bem avaliados do governo como Dário e Horácio já foram ameaçados de demissão umas oito vezes.
O resultado dessa instabilidade é o desestímulo geral da equipe de governo. Nenhum secretário se atreve a fazer um planejamento a médio prazo pois não sabe se vai continuar. O sentimento geral é tirar proveito da pasta o quanto antes para não ficar na mão quando for exonerado. Isso é péssimo para o município e para o erário público.
Outra consequência desse clima de instabilidade é patológica. Já são vários casos de secretários com problemas de saúde como aumento de pressão arterial, complicação no diabetes, depressão, insônia e angústia. Tem secretário que fumava quatro cigarros por dia, hoje fuma quatro maços. O governo está doente. Ninguém aguenta esse estado. A consequência mais imediata disso é o estado de paranoia. Todos vigiam e desconfiam de todos. Servidores são constantemente intimidados e vigiados. Outro dia fui procurado por três servidoras que me relataram estarem sofrendo ameaças por suspeita de contato comigo. Seus chefes estariam acusando-as de estarem se encontrando comigo em Marabá  para me repassar informações. Quanta ingenuidade! Será que eles não sabem que tem internet e outros meios mais seguros do que encontros em outros municípios? Talvez essa paranoia se baseie em uma prática dos próprios acusadores que costumam marcar encontros em Brasília, em Belém, em Belo Horizonte para tramar e armar complô contra outros.

Encerro esse texto com a pergunta que fiz no início. O Governo Valmir ainda pode dar certo? Pode. Sou otimista e torço para que ele encontre o trilho certo. Não sou do tipo que fica na torcida para que tudo dê errado. Como cidadão de Parauapebas procuro contribuir para o progresso e o desenvolvimento dessa cidade. Minhas críticas, apesar de incomodar muita gente tem o intuito de expor problemas e provocar o debate. Meu maior prazer seria poder escrever nesse espaço coisas boas sobre o governo. Aliás, (modéstia a parte) me considero muito bom quando escrevo sobre coisas positivas.

Sabe aquele percurso que você faz e chega num ponto que não tem mais volta? Aquela linha que você vê que não pode seguir adiante e é impossível voltar atrás? Pois é. Como um entusiasta e pelo respeito que tenho pelo Valmir, acho que ele ainda pode fazer um excelente governo. Porém, ele está bem próximo dessa linha sem volta. Desacelere Valmir. Pare tudo e reflita. Ainda há tempo.

7 comentários:

  1. Não trabalho na Prefeitura. Não sou filiado a partido político, nem dependo de nada desse governo. Não sou Darci, nem Bel e nem Walmir. Mas por tudo que já presenciei na vida posso afirmar: Esse governo não está dando certo e não vai dar nunca. Não tem como. Esse governo é totalmente maluco.

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  2. Não sei de onde vem o seu otimismo. Mas falando sério, eu não acredito que pode dar certo - falta equilíbrio emocional e gente do bem.

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  3. Só você mesmo Luiz Vieira. Achar que esse governo tem salvação é o fim da picada. Já nasceu abortado e está a cada dia se afundando na lama. Basta ver as figurinhas carimbadas que mandam. Quando um major manda na educação, um Odilom, um Devanir mandam na Câmara o que poderá dar certo? Até os vereadores do PT já estão se vendendo.

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  4. Volta DARCI, volta!... desculpe Guri por ter falado tanto mal de ti, pois hoje penso: ..."EU ERA FELIZ E NÃO SABIA!"

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  5. Você realmente está bem informado blogueiro. Não sei quem é o teu informante mas você sabe detalhes que só a Gláucia sabe. Vou descobrir quem é esse trairá e ele ou ela vai pagar muito caro. Ah se vai. Me aguarde.

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  6. Acho que o Valmir já atravessou essa linha há tempos. Ele já está num caminho sem volta. Parecem um bando de baratas tontas tentando achar uma saida.

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  7. Anônimo, que tentou emparedar a Gláucia se lascou. Não entre nessa, porque vc pode vir a ser a próxima vítima dela.

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