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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SESSÃO DE 24 DE NOVEMBRO - HOMENAGENS E COMOÇÕES

Na sessão de ontem (24) tivemos um raro momento de beleza na Câmara Municipal: as homenagens póstumas a cidadãos de Parauapebas que tiveram seus nomes escolhidos para identidade de escolas municipais. Foi uma atitude louvável dos vereadores, pois o projeto de lei encaminhado pelo prefeito dava nomes de personalidades nacionais às escolas. Os vereadores apresentaram emenda substituindo esses nomes por nomes de pessoas da comunidade. Entre os homenageados, os que mais causaram comoção foi o do dr. Jakson e da Lorena.

A Lorena foi aquela jovem que recentemente foi brutalmente assassinada dentro de sua própria residência. Era uma ativista do movimento jovem da Igreja Católica e quando foi lido a sua biografia, muitos jovens choraram no auditório, demonstrando o quanto ela era querida. Foi representada por sua mãe - professora Joaquina - que estava muito emocionada.

A homenagem ao dr. Jakson também rendeu muita comoção. Vários vereadores testemunharam sobre sua luta por justiça e sua liderança política em Parauapebas. Jakson era presidente da OAB e apresentou várias denúncias de corrupção contra o prefeito Valmir. Misteriosamente, foi assassinado em Manaus numa situação duvidosa. A polícia chegou a conclusão que ele foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). A OAB estadual contestou essa versão, porém, prevaleceu a versão da polícia. Dr. Jakson foi representado por sua esposa - dona Simone - que também estava visivelmente emocionada. 

Troca-troca


Tomou posse ontem o suplente Lidemir (o homem do chapéu). Sua posse aconteceu após o maior imbróglio político da história de Parauapebas. Para quem não acompanhou, com a saída da Luzinete, o Lidemir assumiria. Porém, a justiça anulou seu diploma por não prestação de contas, e assumiu a Irmã Teca. Esse, por sua vez, não se deu por vencido e conseguiu reverter a situação em Belém. A Irmã Teca recorreu e a juíza de Parauapebas favoreceu-a com um Mandado de Segurança impedindo a posse do Lidemir. Na semana seguinte, a mesma juíza voltou atras e refez sua decisão. O Lidemir foi empossado de chapéu e tudo, mas isso não quer dizer que está com o mandato garantido.

O que poderá acontecer?


A primeira pergunta é a seguinte: a Irmã Teca sem mandato continuará mandando nas secretarias de Cultura e da Mulher? É claro e notório que o Valmir não a queria lá, tanto que já demitiu-a do cargo de secretária da SEMMU quando ela não tinha mandato. 

A Irmã Teca já recorreu a justiça comum para continuar no mandato. A qualquer momento a Mesa Diretora poderá ser surpreendida com outra decisão da justiça. Isso ainda vai dar muito pano para as mangas. Acho que o Brás se precipitou. Na minha opinião, deveria aguardar o prazo regimental para dar posse ao Lidemir, e não fazer a toque de caixa. Olhe só o problema que isso poderá causar: sai a Teca e a diretoria exonera todos os assessores e nomeia os assessores do Lidemir. Daqui há uns quinze dias, caso a Teca volte, terá que exonerar todo mundo e voltar os assessores da Teca. Olhe que confusão! Sem contar com o prejuízo do erário público.

Decoração  natalina


Outra novidade que teve ontem na Câmara foi a decoração Natalina. Tinha Papai Noel e rena pra tudo quanto era lado, de forma bem ostentativa mesmo. Deu a impressão de que a turma precisava justificar a gastança. Não sei como ficou o visual noturno, mas os enfeites diurnos ficaram bem exagerados, pra não dizer brega. 

O mau gosto é tanto que o prédio da Câmara foi projetado e construído com fontes luminosas. Por falta de qualidade na obra, as fontes nunca funcionaram e ficaram secas, causando rachaduras. Ao invés de corrigirem o problema, aterraram e plantaram grama. Ou seja, preferiram esconder o problema do que resolver. É uma pena, pois as fontes dariam um charme ao prédio e seria um belo cartão postal.

E você leitor, o que achou da decoração natalina da Câmara?

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

TRAGÉDIA ECOLÓGICA DE MARIANA-MG - DE QUEM É A CULPA?

O acidente que aconteceu em Bento Rodrigues - MG no dia 5 de novembro deixou um mar de lama e uma enxurrada de dúvidas e especulações. A barragem com rejeito de minério pertencia a empresa SAMARCO que tem como acionista principal a VALE, se rompeu causando o maior desastre ecológico do Brasil. Além do distrito de Bento Rodrigues que ficou soterrado na lama, o Rio Doce foi completamente destruído em proporções catastrófica. A lama avançou para além de Minas Gerais e já alcançou o Estado do Espírito Santo, chegando ao mar.

Tragédias como essa podem acontecer em qualquer lugar, inclusive aqui em Carajás onde nossas lagoas de rejeitos são bem maiores do que a de Bento Rodrigues. Lá, a VALE explora 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, e aqui, são mais de 100 milhões de toneladas. Por aí já dá para saber a proporção de um possível acidente.

Até hoje esse assunto domina todos os canais de comunicação. Cidades inteiras da bacia do Rio Doce, sem água potável, agricultores, pescadores e ribeirinhos com suas atividades interrompidas e sem perspectiva de solução, além de famílias que nem conseguiram encontrar seus mortos soterrados na lama. Alguns especialistas falam que o Rio Doce já era; outros acham que é possível recuperá-lo em 20 ou 30 anos. Só o tempo dirá. A única coisa que temos certeza é de que aquela região atingida nunca mais será a mesma.

De quem é a culpa?


Depois de uma tragédia dessa, a primeira reação humana é encontrar culpados. Precipitadamente colocamos a culpa na empresa SAMARCO. Mesmo sendo da VALE, a imprensa como um todo nem cita esse nome, numa espécie de proteção velada.

Sei que muitos vão ficar perplexos com meu ponto de vista, mas direi com todas as letras que as empresas mineradoras VALE e SAMARCO são as que tem menos culpa nessa tragédia. Pense bem: qual a empresa de grande porte, com negócios com os mais exigentes mercados iria correr esse risco? É óbvio que um acidente como esse traz prejuízos incalculáveis que nem uma empresa gostaria de arriscar. Porém, não estou isentando totalmente a VALE/SAMARCO da culpa. São empresas mineradoras que tem por natureza destruir o meio ambiente. 

Eu diria que os grandes culpados são as instituições que controlam a exploração mineral e que são responsáveis pela fiscalização do meio ambiente. Nesse caso o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o IBAMA. Esses órgãos fiscalizadores e controladores geralmente funcionam sem estrutura adequada e vivem de esmolas das próprias empresas que fiscalizam. Aqui em Parauapebas por exemplo, se não fosse pela VALE o Instituto Chico Mendes viveria a míngua. Além do mais, o controle de segurança é feito pela própria empresa. No caso da VALE/SAMARCO, ela própria contratava consultoria para indicar o nível de segurança das suas barragens e apenas encaminhavam os laudos para o DNPM. Complicado isso, não acha?

Outro nível de culpa está com a sociedade. Tanto aqui em Parauapebas como lá em Minas Gerais, o povo tem uma relação de subserviência com a VALE. Uns até chamam de mamãe VALE devido a geração de emprego e renda que a empresa proporciona. Poucos se importam com os prejuízos ambientais e com a exploração dos recursos de forma desordenada visando apenas lucros exorbitantes. E quando os órgãos de fiscalização fazem seu papel com rigor e barram alguma licença ambiental para algum projeto de alguma empresa, muitos ficam contra os agentes públicos e a favor do infrator. Sofri isso na pele quando fui Secretário Municipal de Meio ambiente de Parauapebas de 2005 a 2008. O discurso que mais ouvia era: "está atrapalhando quem quer trabalhar e produzir". Parece que o simples fato de gerar emprego já deixa o sujeito acima da lei e com carta branca para destruir o meio ambiente.

Quem pagará o prejuízo?


Não será a VALE/SAMARCO, muito menos o governo. Mesmo com as multas milionárias aplicadas à empresa, mesmo com os bilhões gastos para recuperar ou minimizar o estrago, quem pagará essa conta seremos nós. E quando digo nós, estou incluindo o povo de Parauapebas. Como a maior fonte de lucro da VALE sai do nosso subsolo, daqui será tirado grande parte da receita para arcar com a conta. Assim, Parauapebas deverá amargar mais um ano de crise intensa. Recomento que apertem o cinto.

Finalizo repetindo uma preocupação que há tempos venho expondo: até quando vamos continuar acomodados e vivendo quase que exclusivamente com a receita da VALE? Quando vamos aprender a diversificar nossa economia? Quando vamos deixar de ter espírito de garimpeiro e viver como se morássemos numa currutela de garimpo? Os exemplos estão aí e até os cegos "vêem". O fim de garimpo todo mundo sabe qual é. E tenho dito! 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

19 NOVEMBRO: DIA DA BANDEIRA - UM LEGADO DO POVO MARANHENSE

Você sabia que foi um maranhense quem criou a nossa bandeira? O Caxiense Raimundo Teixeira Mendes desenhou a bandeira nacional e apresentou ao Marechal Deodoro da Fonseca em 19 de novembro de 1889. 

Caxias é uma das cidades mais rica culturalmente do Brasil e poucos maranhenses sabem dessa riqueza. As próprias autoridades caxienses não deram o devido valor a esse legado cultural, artístico e histórico que a cidade representa para todos os brasileiros.

Só para citar alguns exemplos dessa riqueza, vejamos:


  • "Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá..." Todo brasileiro conhece esses versos, e quase todos sabem que é de autoria de Gonçalves Dias. O que poucos sabem é que ele é um maranhense de Caxias.
  • "Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil...". Todo brasileiro conhece essa música que enaltece o Rio de Janeiro. O que poucos sabem é que o autor foi um Caxiense, o escritor Coelho Netto.
  • Primeiro gol da seleção brasileira - foi marcado por João (o Preguinho), filho do caxiense Coelho Neto. Coelho Neto também inventou o termo "TORCIDA"para denominar o conjunto de simpatizantes de determinado time.
  • Universidade - Cândido Mendes de Almeida Filho, natural de Caxias, foi o fundador da mais antiga universidade privada do Brasil, a universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro em 1902.
  • Ministério da Agricultura - João Christino Cruz, caxiense, foi o criador desse importante ministério.
  • Lei do Ventre Livre - foi redigida pelo jornalista e advogado caxiense João Mendes de Almeida. Foi considerado o jornalista mais completo da época, e como advogado foi um grande defensor e bravo lutador contra a escravidão. Foi homenageado com seu nome em praça e seu rosto em busto próximo ao Fórum de São Paulo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, reeditou o conjunto das obras jurídicas desse caxiense.
Fonte: "DO INCONTIDO ORGULHO DE SER CAXIENSE". Edmilson Sanches. Ed. Ética. (Todo maranhense deveria ler esse livro)

COLUNA DO LEITOR - Um toque de... qualquer coisa. Um Rio que era Doce e hoje chora LAMA de amargura

O que nos resta além da lama das Minas Gerais, do desejo tresloucado da direita volver, dos falsos juízes que têm nas mangas julgamentos e sentenças com cartas marcadas?
O que nos resta senão a indignação, a esperança dos bons, a união dos humildes para vencer o ódio?
Mestre Carlos, ainda assim, nós continuamos a ser brasileiros! (Indicado por Zelão).

TAMBÉM JÁ FUI BRASILEIRO (Carlos Drummond de Andrade).


Eu também já fui brasileiro
moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.

Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.



quarta-feira, 18 de novembro de 2015

SESSÃO DE 17 DE OUTUBRO - O BOBO DA CORTE

Pururuca crocante


Escolha um toucinho fresco de barriga de porco, de preferência, daquele fininho. Coloque para ferventar até que fique macio. Para saber o ponto certo, espete um garfo e veja se fura com facilidade. Escorra a água e corte em cubinhos do tamanho que você quiser. Como está ferventado, fica bem mais fácil para cortar. Tempere usando a proporção de uma colher de sopa cheia de sal para cada quilo de toucinho. 

Coloque uma panela grande no fogo com bastante óleo. (Fogo baixo).  Antes que o óleo esquente, coloque o toucinho, assim, enquanto a gordura esquenta ele vai amaciando. Mexa o tempo todo até o final da fritura. Mas mexa mesmo e não fique olhando o WhatsApp. Você pode parar para descansar o braço, mas se ficar muito tempo sem mexer, o toucinho vai estourar e a gordura vai espirrar na sua cara. (Bem feito pra largar de ser preguiçoso).

Quando começar a formar escuma e o toucinho boiar na gordura é porque já está bom. Continue mexendo até que fique bem dourado. O ponto é você que escolhe, mas cuidado para não passar, pois a partir desse momento ele queima com facilidade. Quando perceber que está no ponto dê um choque térmico. - Que diabo é choque térmico? - Lave bem as mãos, e vai salpicando água com os dedos na panela. Veja bem! Não é para encharcar a a panela com água, por isso que você vai usar as mãos.

Apague o fogo e retire o torresmo da panela com uma concha tipo escumadeira e coloque numa travessa forrada com papel toalha. Veja que ficou macio e a pele completamente "pururucada". É ideal para acompanhar uma cerveja gelada ou mesmo uma cachaça mineira. Tá bom vai! Pode ser as duas.

Experimente essa receita e você vai fazer sucesso com seus amigos. Só não esqueça de me convidar para ser seu cobaia.

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Desculpe aí galera. É que a sessão de ontem (17) foi tão medonha e sem graça que resolvi usar esse espaço para passar essa receita. Foi ao estilo "torta de chuchu".  A impressão que tenho é que nossos vereadores não vêem a hora do ano se acabar para fugirem daquele mausoléu. O único ponto forte foi o Zacarias atacando novamente o Conselho de Saúde e desmoralizando o vereador Massud. A platéia esperava que o Massud iria comer o fígado do Zaca no momento da resposta, mas, para decepção de todos, apenas retrucou sem ânimo e sem veemência. Massud anda meio abatido e sorumbático. O que será que aconteceu?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

DEU A LOUCA NA CÂMARA... DE NOVO!

Numa sessão dessas a vereadora Joelma Leite questionou sobre o fato dos poderes Executivo e Legislativo estarem sendo comandados pelo Judiciário. Agora, mais do que nunca, isso é uma realidade, principalmente na Câmara dos vereadores. Depois da prisão, do afastamento, da perda do mensalão, os vereadores ficaram entorpecidos, desnorteados e sem rumo a ponto de não conseguirem mais pensar com clareza no seu papel de legisladores. Ultimamente tem sido uma trapalhada atrás da outra.

Irmã Teca ou Lidemir?


Desde que a vereadora Luzinete foi afastada do cargo, sua cadeira foi disputada no maior imbróglio político e jurídico que essa terra já viu.  Foi um nó tão grande que cheguei até a acreditar no que a vereadora falava nos momentos de transe, que ela era a "representante de Deus aqui na terra". Se era não sei, mas parece que a cadeira ficou amaldiçoada, tipo amarrada. Talvez seja preciso chamar as forças protetoras do prefeito Valmir para liberar as energias negativas daquela cadeira. Deus que me livre.

Quando a Luzinete foi afastada, iniciou uma batalha jurídica para a posse do suplente. O primeiro suplente Lidemir teve seu diploma cassado pela justiça por falta de prestação de contas da campanha eleitoral. Assim, a justiça determinou que se empossasse a segunda suplente. A irmã Teca com pouco mais de 500 votos toma posse em meio a dúvidas e crise existencial. O primeiro dilema da irmã Teca: ser governo ou oposição, eis a questão! Depois de muita "oração", muita "reflexão", depois de conhecer "profundamente" o governo Valmir (que ela nunca tinha ouvido falar), decidiu ficar do lado do "bem", da "justiça" e integrar a base de apoio do "melhor prefeito" do planeta Terra, quem sabe das Galáxias.

Acontece que o suplente Lidemir não se deu por vencido. Foi à Belém e conseguiu na justiça a validação do seu diploma. Só um parêntesis para explicar: (seu diploma foi emitido por um erro do judiciário local. Em julho de 2013 suas contas de campanha foram reprovadas, assim não poderia ser diplomado como suplente). 

A trapalhada do Brás


O Tribunal Regional entendeu que a Justiça Eleitoral de Parauapebas não poderia cancelar o diploma do Lidemir, uma vez que os prazos se encerraram com a diplomação dos suplentes. Caberia a justiça comum o questionamento da validade desse diploma. Com essa decisão em mãos, o Lidemir deu entrada na Câmara de vereadores a reivindicação de sua posse.

O presidente Brás expediu um ato mandando a vereadora Teca desocupar o boteco, digo, o gabinete (como se fosse a inquilina de um condomínio) e convocando o Lidemir para tomar posse nessa terça (17). A Teca entrou com um Mandado de Segurança na Justiça Comum local contra a decisão do Brás. A juíza Dra. Tânia deferiu a favor e mandou cancelar a posse imediatamente. A Mesa Diretora e a Procuradoria da Câmara mais uma vez ficaram desmoralizados assistindo o Judiciário mandar e dar o tom no Poder Legislativo.

Quem está com a razão? Quem será o dono definitivo dessa cadeira da irmã Luzinete? Talvez no final do mandato ficaremos sabendo. Muita guerra jurídica ainda vai acontecer. No meio desse tiroteio, fica o velho prefeito cansado do troca-troca. Cada vez que entra um vereador novo tem que desmanchar os acordos para agasalhar o novato numa secretaria. E a sociedade fica assistindo essas trapalhadas e negociatas torcendo que chegue logo 2016, para mudar ou para permanecer na mesma bagaceira. "Ô trembão sô!"

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

NEPOTISMO - CHAFURDOU GERAL NA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

Que a nossa política está esculhambada todo mundo sabe. Dizem que aqui no Pebinha pode tudo, pois todos estão dominados. Não adianta GAECO, Ministério Público, Polícia Federal, o Papa, ou quem quer que seja se meter nessas paragens, pois o velho prefeito tem a proteção dos orixás e da turma do governador. 

Com a chegada do Barrão à Câmara, o prefeito Valmir negociou a falida secretaria de Meio Ambiente para o edil ficar quieto e não se bandear para o lado da oposição como prometia. Barrão indicou o ex-petista Robervaldo Freitas para assumir a pasta e tudo já estava amarrado. O atual secretário Gesmar até tentou fazer uma manobra para retirar um contrato de 7 milhões da secretaria, e assim, esvaziá-la, mas o negócio melou após denúncia nesse Blog.

Acontece que o vereador Barrão foi pressionado por familiares que queriam participar do bolo. E o argumento foi o seguinte: o Zacarias botou o filho que não entende nada de urbanismo para assumir a SEMURB, o Brás botou a própria esposa para assumir a SEHAB, o próprio prefeito colocou a filha Flavinha na Secretaria de Planejamento. Por que você tem que colocar alguém de fora? 

Barrão foi convencido quando viu que a esculhambação estava geral e resolveu atender aos apelos da família. Desfez o acordo com o Robervaldo, pagou o seu paletó que já estava comprado e engomado e indicou um sobrinho para assumir a pasta. Trata-se do inexperiente Pedro Neto, 35 anos, ensino médio e nenhuma experiência como gestor. Já que o negócio está esculhambado, melhor chafurdar de vez. Nota-se que o critério não é técnico, mas apenas a capacidade de obedecer cegamente ao dono da pasta e não querer criar asas.

Nessa terça (17) o Pedro deve tomar posse na secretaria e administrar um tremendo abacaxi. A empresa ELO que presta serviço lá está há cinco meses sem receber e esse mês não pagou os funcionários. Até aqui vinha honrando o pagamento de salários através de empréstimos bancários, mas chegou ao limite. Vários donos de caminhões já pararam de prestar serviço e, alguns continuam mesmo sem saber se vão receber. Será que o Pedro vai ter pulso para resolver esses problemas? Será que vai dar um chega pra lá no prefeito para pagar as contas ou vai fingir que não tem nada a ver? 

Ressalto que nossa cidade há muito está entregue aos infratores e política ambiental não existe já faz um bom tempo. A SEMMA tem sido usada apenas como uma moeda de troca para atender aos interesses de partidos e de vereadores.

Gesmar se rebelou


Uma fonte informou que o Gesmar teria aceito a demissão numa boa, mas quando não conseguiu transferir o contrato milionário para a secretaria do Zaca, resolveu mudar de ideia. Bateu o pé e disse: "não saio, não saio, não saio. Se me tirar eu conto tudinho". Diante do impasse, Valmir teria lhe prometido a Secretaria de Segurança Institucional (SEMSI). 

RESPOSTA DO BLOGGER AO VEREADOR BRUNO SOARES

Caro vereador Bruno Soares, em consideração a você e sua família, vou fazer aqui algumas considerações a sua manifestação, pontuando algumas abordagens de forma objetiva e imparcial. Espero que as leve em consideração e não se melindre como fez o vereador Euzébio à época que lhe fiz algumas observações.

1- Em primeiro lugar, nunca falei aqui em traição sua. Quem está falando são seus eleitores que expressam com decepção e não absorveram sua mudança repentina de posição. Para preservá-lo, tenho até deixado de postar no blog muitos comentários que são bastante ofensivos. Você há de convir que passar 2 anos e 10 meses combatendo um prefeito, chamando-o de corrupto, denunciando-o ao Ministério Público e a Polícia Federal por corrupção e envolvimento com o crime organizado, declarando que Parauapebas está sem governo, tentando tirá-lo do cargo a qualquer custo, e agora se tornar líder desse mesmo governo, não é tão fácil assim para explicar;

2- Quanto a “impensável” aliança entre PT e PMDB que você cita como justificativa para sua aliança com o prefeito Valmir, relembro-lhe que essa foi uma aliança entre partidos que já eram aliados em nível nacional. Mesmo que eu e você não concordamos com essa aliança, foi totalmente legítima e feita às claras de forma republicana e com o objetivo claro de vencer uma eleição e impedir a ascensão de um empresário falido que não teve competência sequer para gerir sua própria empresa. No seu caso, não houve aliança entre o seu partido e o partido do prefeito. Houve sim, uma decisão pessoal, individual e, com motivações que você ainda não conseguiu explicar. Dizer que resolveu aliar ao Valmir para ajudar a resolver a crise é no mínimo, menosprezar a inteligência dos seus eleitores;

3- Realmente, na política não há espaço para mágoa e rancor. Nem na política, nem na religião, no amor, no trabalho, em lugar nenhum há espaço para “esse sentimento primitivo da natureza humana”. Natureza humana como você mesmo falou. Somos humanos e, como tal, estamos sujeitos a esse sentimento primitivo destrutivo. Você mesmo já demonstrou esse sentimento por várias vezes na sua prática parlamentar. Só para citar um exemplo, na época daquela sessão de 13 minutos onde os vereadores aprovaram na surdina a primeira suplementação do orçamento do Valmir, vi você bastante alterado e foi preciso ser contido por amigos. Todos nós estamos sujeitos a isso e temos que nos policiar para barrar esses sentimentos primitivos. Temos que buscar ações e práticas pautadas na ética e na serenidade, e, acima de tudo nos pautar pela razão para que não sejamos obrigados a mudanças repentinas como foi o seu caso;

4- Você cita a frase de um amigo petista que diz: “O adversário de hoje será o aliado de amanhã”. Só lembrando que esse amigo petista sou eu e a frase correta é “O adversário de hoje PODERÁ ser o aliado de amanhã”. Por isso não devemos atacar o ser humano, e sim nos posicionar com clareza contra sua prática política. Nesse contexto, espero que um dia possamos voltar a ser aliados e combatermos na mesma trincheira;

5- Você finaliza sua manifestação dizendo que não entrou na política para colecionar inimigos. Creio que ninguém entra com esse propósito, mas, os inimigos são naturais para quem tem alguma posição e defende alguma bandeira. Cito uma frase de um velho filósofo que é bem adequada para esse contexto: “Conhecemos o caráter de um homem pelos amigos e também pelos inimigos que cultiva. Alguns escolhem ser amigo de quem luta pela justiça e inimigo de quem comete atrocidades, ou vice-versa”. (Ziul Arieiv). Amigos e inimigos são naturais. É claro que é bem melhor cultivar bons amigos, mas, para quem tem personalidade torna-se inevitável que colecione bons inimigos. É tudo uma questão de escolha. Alguém pode achar interessante ser amigo do traficante, do facínora, do político corrupto, etc. 

Não estou julgando-o e nem condenando-o, pois como disse e repito, espero que possamos voltar a ser aliados. Nesse momento, apenas me permito a discordar dessa sua aliança que você não teve coragem de divulgar os verdadeiros motivos. Não sou puritano, mas não acho razoável uma aliança com um prefeito que, comprovadamente está destruindo o nosso município e levando a todos a bancarrota. Essa aliança é o mesmo que compactuar com a precariedade na educação, com o abandono da saúde que está levando a morte dezenas de cidadãos pobres, com a destruição dos nossos ecossistemas, com o desvio dos nossos recursos, com o abandono dos bairros da periferia, pela decadência do comércio, pela precariedade de nossa zona rural, com a violência que dizima e ameaça os adversários políticos, etc. Em suma, é o mesmo que fazer um pacto com o diabo. 

Se eu tivesse que te dar um conselho, diria: Bruno abandone esse caminho e volte para a luz. Ainda há tempo e o tempo urge.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

VEREADOR BRUNO SOARES SE MANIFESTA

Caro Luís Vieira, respeitando o direito de expressão quero somente pontuar uma questão: Não houve nenhuma traição, para mim esse termo é depreciativo e não é nada democrático. Eu mesmo vivenciei a aliança do PT e PMDB aqui em nossa cidade, algo que era impensável para muitos que conhecem a história política do nosso município, nem por isso o Sr. que é um dos pioneiros do partido dos trabalhadores se ausentou do processo, pelo contrário, depositou todas suas fichas na sua pupila e a carregou nos braços até o Legislativo, se é que me compreende. 

Aprendi com amigos que na política não há espaço para mágoa e rancor, pelo contrário, esses sentimentos tão primitivos da natureza humana não dão frutos algum. Palavras de um amigo petista: " O adversário de hoje será o aliado de amanhã." 


Finalizo essas breves palavras com um sentimento particular resultado da minha vivência terrena; não entrei na política para colecionar inimigos e vejo muita gente jogando pedras nos outros, lembrando da possibilidade dos franco atiradores tropeçarem nas pedras lançadas no seu próprio caminho. 
Boa sorte ao Sr.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A ACIP CONVIDA - COMÉDIA EMPRESARIAL



A ACIP realizará no dia 13 de novembro de 2015, sexta, no auditório ACIP, das 19:00 as 20:30 horas, a Comédia Empresarial “Seja um bom vendedor”. Destinado aos profissionais que trabalham com vendas.

As inscrições devem ser feitas junto a ACIP ou no email <administrativo@acipparauapebas.com.br>. É gratuito e as vagas são limitadas. Não perca esta oportunidade. Potencializa suas vendas no Natal 2015!

Não é necessário ser associado ACIP. Vamos tornar sua equipe uma campeã em vendas.

Humberto Costa

   Presidente

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

PRIMEIRO CHÁ LITERÁRIO COM OS ESCRITORES

Como uma forma de divulgar os escritores de Parauapebas, o Blog está promovendo nesse sábado, o 1º Chá Literário com os escritores. Será um momento descontraído onde a população poderá ter um bate papo cara-a-cara com vários escritores, ler trechos dos livros, fazer sugestões, críticas, elogios e conhecer de perto diversas obras da rica literatura parauapebense.

O evento acontecerá ao ar livre em frente a banca de revistas da Cidade Nova (atrás do CDC) e iniciará pontualmente às 16 horas. 

Data: 14 de novembro (sábado).

Venha degustar e prestigiar essa riqueza literária do nosso município.


SESSÃO DE 10 DE NOVEMBRO - EMOÇÕES!

A cada sessão fico sentado sozinho num cantinho bem discreto no plenário da Câmara. Um amigo me perguntou por que eu não pego um crachá da imprensa para ficar na área reservada. Respondi que do lado de fora é mais emocionante, mais vibrante. Você consegue captar a vibração da platéia, ouvir os comentários, sentir a reação e ler nas entrelinhas o que o povo pensa. Ler o que o povo pensa? Sim! É isso mesmo. Além do mais, de longe, eu não me contamino. Consigo perceber com amplitude o que cada vereador fala, seus gestos, seus "cacoetes", seus sinais de fraqueza e, o mais importante, suas intenções que deixam escapar nas falas e até no silêncio.

Meu sonho de consumo é escrever uma matéria enaltecendo a câmara, falando bem dos nossos vereadores e destacando seus feitos em prol da nossa sociedade. Por mais que eu me esforce, por mais que eu garimpe, por mais que eu tenha boa vontade, fica cada dia mais difícil realizar esse sonho. Durante a campanha de 2012 até tentei construir essa opção, mas não consegui. No máximo, de vez em quando, algum vereador me surpreende com alguma atitude nobre. E nossos vereadores não têm do que se queixar, pois se pesquisar nesse blog, já enalteci vários vereadores, como Pavão, Miquinha, Majó, Eliene, Odilon, Bruno, Charles, etc. Atualmente, a vereadora Joelma Leite tem ganhado destaque e, espero que continue assim por um bom tempo. 

Como já disse aqui, dar destaque negativo, escrever notícia ruim, criticar é cansativo e desgastante. De certa forma, o escritor se contamina com a negatividade, e aí, haja reza! É muito melhor falar bem das pessoas, mostrar as boas ações. Mas continuo no meu hercúleo esforço. Quem sabe?

Nem tudo está perdido


Por incrível que pareça, na sessão de ontem encontrei duas pautas nobres e positivas da câmara que merecem elogios. Senti boas intenções e verdade nos edis envolvidos.

A primeira foi a proposição do projeto de lei apresentado pelo Bruno e assinado pelos vereadores Miquinha e Euzébio. Apesar dos três serem da base do governo mais corrupto de Parauapebas, não posso deixar de elogiá-los por essa iniciativa. O projeto propõe a regulamentação da coleta e aproveitamento do óleo de cozinha em nosso município. Uma iniciativa ambientalmente correta e louvável, pois além de tirar da natureza um poderoso poluente, ainda vai gerar renda para muita gente.

A segunda foi a substituição de nomes de algumas escolas municipais. O prefeito mandou um projeto de lei nomeando 12 escolas municipais com nomes nacionais, e os vereadores propuseram a mudança para homenagear personalidades do nosso município. Ontem as vereadoras Joelma Leite, Eliene e Barrão apresentaram e aprovaram a mudança de nomes de quatro escolas. Os homenageados que ficarão imortalizados são: Altamiro Borba, Ribamar Leite, professora Janete e o Sr. Benvindo. Na próxima semana, outros vereadores deverão apresentar novos nomes.

Parabéns aos nobres vereadores por essas belas iniciativas.

Zacarias e Bruno destoaram


O vereador Zacarias mais uma vez se destacou negativamente na tribuna e foi bastante vaiado. Durante o seu discurso atacou o Conselho Municipal de Saúde pelas denúncias que este vem apresentando contra a gestão. Chamou-os de irresponsáveis e disse que já estão com o prazo de validade vencido. 

Zacarias também atacou mais uma vez o Blog Sol do Carajás e seu responsável Lindolfo Mendes. Estava tão descontrolado que chegou a quebrar o decoro parlamentar e a boa educação chamando-o de "pilantra". Um péssimo exemplo para um vereador. O Lindolfo deve ter ficado orgulhoso ao ver seu Blog ganhando destaque na tribuna da Câmara. Vale aquela máxima: "fale mal, mas fale de mim". Hoje dei uma conferida e o Sol do Carajás já estava batendo récord de acessos. 

Outro que escorregou na banana foi o líder do governo Bruno Soares. Passou um pito no seu colega vereador Parceirinho que devolveu com um puxão de orelha desconcertante. Tudo isso porque o Parceirinho citou o nome da vereadora Eliene e disse que os dois haviam participado de uma reunião com mototaxistas, gerando ciúmes no Bruno. Parceirinho falou que ser base de governo não significava ser empregado do prefeito e nem inimigo da oposição. Finalizou usando um versículo bíblico que destaca a ira dos tolos.

E o Pavão? Ontem ele realizou seu sonho de consumo de ser presidente da Câmara. O vereador Brás foi dar um "rolezinho" em Brasília acompanhado pelo "colega" Euzébio, e deixou a presidência a cargo do Pavão. Ele estava todo prosa e pavoneou bastante. Destaco que atualmente o Pavão junto com o Bruno são os vereadores mais comentados nas redes sociais, e não são elogios não. O povo não engoliu a traição.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

COLUNA DO LEITOR - O ZÉ JÁ NÃO É MAIS O MESMO

Por Edmilson Alves Peixoto*


[Sensacional, fantástico! Sem dúvida, a melhor crônica que já pintou por aqui. Quem quiser a tradução (interpretação) é só se manifestar.]

            Principiava o mês de novembro. O céu limpo não anunciava mais o inverno, quando chegou o dia, o grande dia em que o Zé finalmente faria a apresentação das representações sociais em versos sonoros para o ápice dos degustadores do estilo.

            Meu companheiro, apreciador de uma mistura de fungos, com um tipo de cereal e engatadeira de sabor amargo, bastante aromática juntados à água, apesar de ser encontrada com facilidade no setor comercial, sempre tinha um estoque em casa e consumia com uma certa frequência como se seguisse uma prescrição médica, tendo neste dia tomado doses excessivas da mistura, inclusive, nos momentos que antecederam ao evento.

Saiu de casa acompanhado da família e de um escritor que faria menção ao ídolo numa crônica exclusiva em opúsculo próprio e com dedicatória específica para Zé. Chegaram à noite para acompanhar muito cedo do dia subsequente a preciosidade da cultura musical que era degustada como arte e celebrar o momento que marcaria a transitoriedade da passagem à celebridade mencionada em capítulo à parte para seu conhecimento.

Apreciadores implacáveis, assistia a tudo na praça com muita tranquilidade mesmo sem milho e pombos, apenas transitavam entre estruturas expositivas de negócios ali instaladas, inclusive com muitas misturas capazes de atuar no Sistema Nervoso e modificar qualitativamente a atividade cerebral e perturbar a mente, acondicionadas em latas e garrafas, de marcas diversificadas e bastante disputada pelos seus adoradores.

Nosso companheiro era um destes adoradores que consumia compulsivamente sem se preocupar com a mente e muito menos com a fala, pois sabia que o poder da sua mente era toda sua fortaleza, mas passo a passo inconscientemente produzia um dialeto novo da generalidade linguística prevalecente, mas tornava-se totalmente estranha e sem tradução.

Agora sim, Zé estava prestes a chegar. Um quinteto se formou para aguardar em local privilegiado de acesso raro, buscando ocupar os espaços, mas lá já haviam outras manifestações de especificidades que eram passíveis de atendimento por garantia universal dos direitos humanos. Juntou a eles o literato que escrevera a história do Zé pelas suas próprias mãos e nosso companheiro eufórico de mente confusa querendo um lugar ao sol naquele início de madrugada. Estava mesmo muito confuso. Mas, ainda tinha o sol como amigo entre outros amigos que o acompanhavam para dar um suporte em áreas de risco extremo.

Quando de repente, não mais que de repente surge Zé, bem mais velho que seu velho pai e se acomoda em um espaço fechado e reservado que havia sido preparado para sua acolhida, e uma meiga senhorita veio nos dizer que somente o nosso escritor podia acessar o recinto. Mas, nosso escritor não poderia ir só, seu fotógrafo o seguiu para registrar o momento do ritual da passagem e aproveitar para se registrar também.

Mas o nobre companheiro, do lado externo imaginava em seu novo dialeto que o homem criou asas e parecia que pelo menos naquela casa, ele não podia entrar. Quando Zé surge à porta e solicita-se então um retrato com um adorador fanático dele que o aguarda. Fora concedido.

De braços abertos o ídolo o recebe, mas se frustra ao perceber que havia devaneios tolos a te torturar quando se confunde o Zé com Zé e sentiu-se nocauteado e as fotografias recortadas amiúde, ocorrendo um disparo de balas não de canhão, mas verbais, sentindo-se uma violeta velha sem colibri e por pouco precisaríamos usar uma camisa de força para conter o Zé.

Ai só Freud para explicar o que ocorrera com o cidadão. Ou nós, pobres mortais, podemos supor que Zé talvez tenha entendido erroneamente naquele dialeto estranho uma mudança de sua própria configuração e não tenha concordado, uai! No mais, estou indo embora!

*Sociólogo, de Canaã.

PARAUAPEBAS - A TERRA DO NUNCA

Falta de consciência ambiental, ignorância ou omissão?


Nunca houve na história de Parauapebas uma gestão tão irresponsável e desastrosa como essa. A falta de aptidão e interesse do prefeito tem contaminado todos os gestores e até a população que se vê órfã e abandonada. Aqui virou terra do vale tudo, do pode tudo.

O secretariado da gestão Valmir Mariano não consegue dar uma dentro e a cada dia comete atos transloucados, numa política do "salve-se quem puder". A lógica é a seguinte: "já que é para bagunçar mesmo, então deixa eu participar da farra também". O troca-troca de secretários demonstra muito bem esse espírito de derrota e falta de habilidade para escolher gestores, de tal forma que, quem está dentro tem a certeza de que será derrubado a qualquer instante. Até agora, só o Horácio escapou da espada do prefeito, mas dizem que por pura sorte, já que sua secretaria constantemente é negociada.

Um claro exemplo desse descaso e desrespeito é a situação ambiental do município. Começa pela falta de um verdadeiro secretário de Meio Ambiente, pois TODOS que assumiram essa pasta, apenas utilizaram-a como trampolim político e moeda de troca negociada com os infratores ambientais. Para todo lado que o cidadão olha, presencia uma infração ambiental cometida sem o menor pudor. E o pior é que a maioria dessas infrações são cometidas pelos agentes públicos.

Veja o exemplo do que estão fazendo com as árvores dos canteiros centrais: como um gesto de ignorância e irresponsabilidade estão pintando seus troncos. Um gestor ambiental deveria saber que essa prática é condenável por qualquer referência biológica. No entanto, aqui em Parauapebas se comete essa absurda prática ultrapassada num flagrante desrespeito e desprezo pelo conhecimento. 

Se é verdade que estamos sem secretário de Meio Ambiente de fato, o mesmo não podemos afirmar sobre o Conselho de Meio Ambiente e Promotoria de Justiça. O que não entendemos é o grau de omissão generalizada que estamos vivenciando. Até quando nossa sociedade suportará isso?

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O VELHO LOBO, A DONA ONÇA E AS HIENAS.

Numa floresta encantada de um distante reino, vivia um velho lobo cansado, porém astuto e poderoso. Apesar de não ter mais suas afiadas garras de outrora, nem seu faro apurado, preservava um uivo manso e grave capaz de hipnotizar os bichos mais desatentos. Vez por outra, o velho lobo fazia compromisso com algum bicho da floresta, e, sempre ficava no "depois veremos, não me lembro disso". Prometia doar uns peixes para dona águia, uns raminhos de ervas para a anta, um chiqueiro novo para seu porcão, um bezerro morto para seu urubu, uma plumagem nova para doutor pavão, uma eguinha nova para seu burrão, uns defuntos frescos para seu gavião, um colar de pérolas para dona cabrita, e por aí ia o rosário de promessas sem fim. O fato é que o velho lobo nunca cumpria, mas sempre usava seu uivo manso para manter todos bonzinhos no seu reino e, assim, continuar manipulando e dominando todos os bichos.

Naquela floresta encantada também vivia a dona onça, animal majestoso e enigmático que dominava toda a atividade econômica da floresta. Alguns diziam que ela era a verdadeira rainha, quem mandava no pedaço. Dona onça não gostava desse título e preferia se manter discreta nos seus negócios. Mas com o poder que acumulou ao longo dos anos de exploração da floresta, acabou acumulando poderes ilimitados e, mandava de fato no velho lobo (que mandava por direito) e em todos os bichos daquele reino. 

Havia também naquela floresta um grupo de animais aparentemente frágeis, mas com muita astucia e fome permanente. Viviam sempre buscando uma maneira de conseguir mais comida de graça e aumentar seu estoque de água fresca e pasto verdejante. Esse grupo de hienas resolveu criar uma instituição e fez todo mundo acreditar que seria necessária para manter a harmonia e o equilíbrio da floresta. Assim, todos os animais passaram a obedecer a esse grupo que por sua vez, tinha poderes sobre o velho lobo. Essa espécie animal ficou tão importante que muitos animais faziam de tudo para virar hienas. Mas essa metamorfose era extremamente difícil e dispendiosa, de tal maneira que um grupo reduzidíssimo conseguia a transformação.

Um grupo de doze hienas fizeram uma aliança e conseguiram se sobressair das demais. Ameaçavam constantemente o velho lobo que tinha que se rebolar para atender aos seus caprichos. Passaram a ameaçar também o poderio de dona onça que não dava muita bola para elas. Traçaram um plano para mostrar a toda a floresta que dona onça estaria destruindo o habitat e se apoderando das riquezas de todos os animais. Dona onça que era a mais astuta e inteligente, logo traçou um plano de contra-ataque para que as hienas permanecessem sem incomodar os seus interesses. Chamou o velho lobo e jogou a isca. Convidou-o para um passeio no litoral para um banquete luxuoso e um banho de praia. E disse: "pode convidar as hienas. Será tudo por minha conta".

O velho lobo viu naquele convite a grande chance de deixar suas hienas mais calmas e colaborativas. Era exatamente o que estava precisando, pois ultimamente esse bando estava lhe tirando o sono com tantas exigências. Elas não se contentavam mais com os agrados, agora queriam um pedaço do seu reino. O velho lobo já havia apelado para tudo, até mesmo o porco-espinho - mestre em magia negra -, fora contratado como assessor. Mas nada estava adiantando. "Um banho de praia! Isso pode ser a saída para que essas hienas me deixem em paz!", - pensou o velho lobo.

Seu lobo chamou o seu assessor direto, o mestre tamanduá, e ordenou que colocasse o plano em prática. O mestre tamanduá, bicho astuto e traiçoeiro cuidou de todos os detalhes para seduzir o maior numero de hienas. Foi mais fácil do que pensava. Logo as hienas estavam com os olhos brilhando e com as malas prontas para o exótico passeio. No fim de semana, embarcaram todos na centopeia de ferro providenciada pela dona onça e acompanharam o velho lobo nessa viagem luxuosa e milagrosa. Viajar juntinhos com o velho lobo e ainda poder banharem  juntinhos na mesma água salgada do litoral seria revigorante, seria um bálsamo para curar as feridas que tanto lamberam sem resultados.

O velho lobo sorria satisfeito. Depois desse banho e do abundante chá de cevada tudo iria mudar. Isso   haveria de entorpecer o cérebro de todas as hienas e a paz voltaria a reinar entre todos. Dona onça por sua vez, se orgulhava de sua inteligência. Conseguira enfim, acabar com a rebeldia das hienas e reforçar ainda mais a subserviência do velho lobo.

domingo, 8 de novembro de 2015

Nota de esclarecimento da Castrus Produtora sobre fato ocorrido durante show de Simone e Simária em Parauapebas

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Venho por meio desta, esclarecer a todo o público presente no show das cantoras Simone e Simária, no último dia 06 e a todos que desejarem saber o verdadeiro ocorrido a respeito dos “COMENTÁRIOS” do produtor de eventos MAROLA, sobre a veiculação do vídeo no telão que segundo ele, não teria sido exibido por falha nos equipamentos da CASTRUS PRODUTORA, empresa a qual sou proprietária:
Esclareço que a poucos minutos antes do momento em que seria exibido, o referido produtor o entregou aos nossos técnicos e mandou exibí-­lo sem que o mesmo, como é de praxe, houvesse sido testado. O áudio do vídeo, infelizmente, não havia sido gravado no sistema compatível com os nossos equipamentos e isso ocasionou a não exibição.
Aproveito a oportunidade e manifesto o meu repúdio ao ato IRRESPONSÁVEL DO PRODUTOR MAROLA que usou o microfone , visivelmente embriagado , para mentir sobre o ocorrido e ainda atacar a CASTRUS PRODUTORA com palavras descabidas.
A CASTRUS PRODUTORA é uma empresa orgulhosamente de Parauapebas que há 08 anos tem atuado no ramo com RESPONSABILIDADE, CREDIBILIDADE, PRIMANDO SEMPRE PELA QUALIDADE DOS SEUS SERVIÇOS HONRANDO OS SEUS COMPROMISSOS JUNTO A TODOS OS SEUS CLIENTES E RESPEITANDO O PÚBLICO DE CADA EVENTO QUE REALIZA. É UMA EMPRESA QUE VEM CRESCENDO A CADA ANO e graças a Deus vem demonstrando o seu know-how, através do seu curriculum que hoje, já conta com uma vasta lista de clientes os quais cito aqui alguns: Prefeitura de Parauapebas, Prefeitura de Canaã dos Carajás, Prefeitura de Curionópolis, Prefeitura de Ourilândia do Norte, Prefeitura de Imperatriz­-MA, Prefeitura de Tucumã, Prefeitura de Ipixuna do Pará, Prefeitura de São Félix do Araguaia-­MT, Prefeitura de Vila Rica­-MT, Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas, Sindicato Rural de São Félix do Xingu, Sindicato Rural de Xinguara, Sindicato Rural de Marabá, Sindicato Rural de Porto Alegre do Norte­-MT, Luará Produções, Mandala Shows.
Somente em 2015, vários eventos foram realizados com as estruturas e equipamentos da CASTRUS PRODUTRA. Relaciono aqui os mais importantes: Carnaval Curionópolis, Carnaval Canaã dos Carajás, Encontro da Mulher de Parauapebas, Dinâmica (Feira de Porto Alegre do Norte-­MT), aniversário da cidade de Curionópolis, aniversário da cidade de Vila Rica-­MT, Feira Agropecuária de Araguaína­ TO, aniversário da cidade de Tucumã-­PA, aniversário da Palmares Sul, Feira Agropecuária de Marabá, aniversário de Itupiranga, festa do milho em Ulianópolis-­PA, Feira Agropecuária de Parauapebas (FAP) , Feira Agropecuária de Xinguara, Feira Agropecuária de Rio Maria, Marcha pra Jesus em Parauapebas, aniversário de Canaã dos Carajás, Feira do Empreendedor de Canaã dos Carajás. E ainda realizaremos muitos outros já agendados até o fim do ano.
Ressalto também, que grandes nomes da música nacional já fizeram seus shows (Ivete Sangalo, Roupa Nova, Thales Roberto, Bruno e Marrone, Fernando e Sorocaba, Leonardo, Gustavo Lima, Eduardo Costa e muitos outros) através da prestação dos nossos serviços.
Agradeço a Deus , a minha família, a todos os nossos clientes, colaboradores e a todo o público que tem prestigiado e apoiado a trajetória e o trabalho da CASTRUS.
Cláudia Castro­
Proprietária da CASTRUS PRODUTORA

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A CÂMARA MAIS RICA DO BRASIL E AS MANOBRAS PARA JUSTIFICAR A GASTANÇA

Você sabe de onde vem o dinheiro para manter as despesas da Câmara de Parauapebas? Você sabe como os vereadores estão gastando o dinheiro? E o valor que a Câmara recebe anualmente? O blogger fez uma pesquisa e vai apresentar em detalhes para você. Afinal, se você é leitor desse blog, é porque tem interesse em se manter informado e exercer sua cidadania plenamente. Então preste atenção nessa incrível contabilidade.

O dinheiro que entra na Câmara municipal é chamado de duodécimo e é garantido pela Constituição Brasileira no seu artigo 168. Tem o objetivo de garantir a independência entre os três poderes e, no caso das Câmaras municipais segue um percentual que vai de 3,5 a 7,0% de acordo com a população. É repassado todo dia 20 de cada mês e, caso o prefeito deixe de repassar, poderá ser cassado. Isso evita que o gestor mande na Câmara, pois do contrário, bastaria não repassar o dinheiro para que os vereadores lessem na sua cartilha.

Parauapebas está na faixa populacional que recebe 6,0% do orçamento municipal (população entre 100 mil e 300 mil habitantes). Em 2014 recebeu $38.413.907,00 (trinta e oito milhões, quatrocentos e treze mil e novecentos e sete reais). Já em 2015 está previsto pela LOA (Lei Orçamentária Anual) a bagatela de $40.760.000,00 (quarenta milhões, setecentos e sessenta mil reais). Desse valor, 66,50%  (vinte e sete milhões, setenta e dois mil e setecentos e noventa e dois reais) é destinado a pagar salários. Uma folha bem inchada para uma câmara relativamente pequena. Veja os quadros abaixo:



Tirando a folha de pagamento, sobra a mixaria de $13.687.208,00 (treze milhões, seiscentos e oitenta e sete mil e duzentos e oito reais) para comprar o queijo e o cafezinho para os vereadores.

Para comprovar o título desse post, vou comparar a nossa Câmara com a Câmara de Belém. Nossa capital tem 1.439,561 (um milhão, quatrocentos e trinta e nove mil e quinhentos e sessenta e um) habitantes e a Câmara conta com 34 vereadores. Lá o duodécimo anual é de $77.979.960,00 (setenta e sete milhões, novecentos e setenta e nove mil e novecentos e sessenta reais). Já em Parauapebas, temos uma população de acordo com o IBGE/2015 de 189.921 habitantes, com apenas 15 vereadores, o duodécimo ultrapassa os quarenta milhões. É ou não é a Câmara mais rica do Brasil?

A encruzilhada do vereador Brás


O atual presidente da Câmara pegou um enorme abacaxi para descascar que pode lhe deixar em situação complicada diante dos seus pares. Depois da Operação Filisteu, os vereadores ficaram acuados e amedrontados com a notícia dos grampos telefônicos. Então o esquema não podia continuar naquele modelo. 

Com a bolada que entra na Câmara, mesmo que reformasse o prédio a cada dois meses, mesmo que servissem banquetes de caviar com champanhe, não teria como gastar toda essa fortuna. Por lei, o presidente teria que devolver o saldo à prefeitura a cada final de ano. Só que isso nunca aconteceu. Só uma vez que um presidente fez uma gracinha e devolveu cerca de $300 mil.

Sem ter como gastar a rodo o dinheiro, o Brás deverá devolver esse ano um total de $10 milhões. Aí é que está o "Xis" da questão. Ao devolver, ele vai colocar os ex-presidentes da Câmara numa enrascada e torná-los alvos do Ministério Público. Por que não devolveram antes se as despesas não aumentaram e nem diminuíram? 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SESSÃO DE 03 DE NOVEMBRO - RESSACA MORAL

A sessão de ontem foi definida por um participante de forma bem inteligente e humorada: "sessão arroz com ovo". Os nobres vereadores estavam de ressaca do feriadão prolongado ou ainda estavam com o sentimento do dia de finados. Plenário e discursos vazios foi o que assistimos. Sentimos claramente o incômodo de legisladores que não tem mais nada a dizer e estão na torcida que esse ano se acabe logo para chegar o carnaval de 2016. Afinal, representar por tanto tempo e de forma contínua é desgastante para qualquer ator.

Ouvimos do plenário velhos discursos repetidos, do tipo arroz com ovo requentado. E o pior, proferidos sem convicção, sem brilho, como se os parlamentares não acreditassem no que falavam. Se eles próprios não acreditam, imagine o povo.

Mas quem roubou a cena mesmo foi o líder do governo, vereador Bruno

O líder esquecido


Muitos comentaram que o vereador Bruno Soares teria enterrado sua carreira política ao se aliar ao Valmir. Ninguém imaginava que as consequências seriam tão rápidas assim. Ontem, o vereador demonstrou que não terá vida fácil nesse novo cargo, pois quando negamos nosso ideal, quando nos contradizemos, quando temos que defender a quem atacávamos, perdemos toda nossa essência. Ficamos como zumbis, como coisa, como seres sem alma. 

Um vereador apresentou há tempos  um projeto de lei que obrigaria a secretária de educação a prestar conta à câmara dos vereadores a cada quatro meses. O presidente Brás havia engavetado tal projeto e, não se sabe por que, ontem ele resolveu colocar em pauta para votação. Eis que o Bruno Soares atacou o projeto veementemente e disse que não aceitaria mais projetos empurrado com a barriga. Falou que desconhecia tal projeto e ordenou que a bancada governista votasse contra. Que triste papelão! Veja só onde o nobre vereador chegou! Ser contra um projeto que garante transparência na aplicação de recursos da educação, simplesmente por um capricho para agradar ao "bom velhinho" é uma atitude inesperada por quem ainda acredita no vereador. Mas o pior ainda estaria por vir.

Um assessor lembrou que esse projeto era antigo e foi assinado pelos vereadores oposicionistas à época. Pegou a cópia assinada pelo Bruno e entregou ao vereador para que derrubasse a amnésia do Bruno. Esse, constrangido, vendo que a assinatura era sua, ainda tentou justificar a sua falta de memória. Resultado: o projeto foi retirado da pauta. 

A não ser esse episódio de negação e amnésia do Bruno, nada mais importante aconteceu no "Pântano Azul". Daqui pra frente será assim. Sessões sem graça, vazias, repetitivas. Nem a oposição nem os governistas precisarão mais contratar o povo da periferia para lotar o plenário e agitar suas bandeiras esfarrapadas.

E nossa cidade continua abandonada a própria sorte, a mercê dos ratos. O povo perdeu a esperança nos seus representantes, nas suas autoridades e torcem para chegar 2016. Ou quem sabe, chegar o GAECO. Mas pelo jeito, o ataque da justiça era só contra os vereadores que faziam oposição ao dono da caixa forte.

Conheça os detalhes contábeis da Câmara mais rica do Brasil e se surpreenda. Dia 5 de novembro aqui. Uma matéria instigante e intrigante. Você vai ficar com pena do prefeito.