SESSÃO DO DIA 17 DE SETEMBRO

Estudantes da Escola Irmã Dulce ocupam o plenário e protestam contra as péssimas condições da “nova escola”

Na sessão dessa terça feira o que houve de novidade foi a manifestação dos estudantes da Escola Estadual Irmã Dulce. Eles se reuniram às 15 horas na escola e decidiram marchar para a Câmara dos vereadores com o objetivo de protestar contra as péssimas condições do prédio em que foram alojados.

O martírio começou quando as instalações da Escola começaram a apresentar riscos nesse segundo semestre. Primeiro o forro de gesso da sala de informática desabou. Depois começou cair pedaços de concreto em algumas salas de aula. A Diretora Fabiana preocupada com a segurança dos alunos solicitou uma inspeção da Defesa Civil em conjunto com o Corpo de Bombeiros. A equipe técnica detectou várias rachaduras nas vigas de sustentação e de imediato sugeriu que o prédio fosse isolado até a emissão do laudo definitivo.

Onde colocar cerca de 2 mil alunos? De imediato a Diretora começou a procurar um local para transferir os alunos. O 4º turno encontrou abrigo na Escola Municipal Antônio de Matos que tinha 16 salas de aula disponíveis a noite.  Para os demais alunos o único local encontrado foi no antigo anexo que já estava desativado no Bairro Bela Vista, próximo ao Eventual. O local tem apenas 8 salas de aula, é pequeno, abafado e inadequado. A partir das 10 horas da manhã o clima fica insuportável e nem os velhos ventiladores de teto conseguem aliviar o calor. Outro grande problema são as oscilações de energia que é precária no bairro.

Logo no primeiro dia de aula nas “novas instalações” alguns alunos passaram mal com o forte calor. Na maior parte dos espaços o sol bate diretamente causando forte desconforto térmico. Na terça feira o Grêmio Estudantil realizou uma assembleia improvisada e decidiu marchar para a Câmara para protestar.

Como na pauta da sessão não tinha nada de novo, os alunos acabaram sendo a novidade. De forma ordeira gritaram palavras de ordem e pediram apoio aos vereadores. No final da sessão (que aconteceu as 17 horas) a única vereadora que se dispôs a conversar com os alunos foi a Eliene Soares. Eliene se colocou a disposição dos alunos para buscar uma solução. O Vereador Bruno ainda teve um início de rusga com os manifestantes, mas foi acalmado pela turma do deixa disso. 

Os estudantes queriam usar a tribuna para exporem seus problemas, mas o vereador Odilom coagiu o Presidente Josineto para não permitir alegando questões regimentais. O Presidente bem que poderia ter um gesto de nobreza e permitir que as lideranças estudantis usassem a tribuna, mas preferiu seguir o regimento.  Por falar nisso, o Vereador Miquinha do PT entrou com um Projeto de Lei propondo a criação da Tribuna Livre. Se esse projeto for aprovado, as entidades sociais terão o direito de utilizar a tribuna nas sessões. Isso seria um avanço para esse velho parlamento que segue um modelo arcaico e conservador. Mas, a julgar pela cabeça da maioria dos vereadores esse projeto não será aprovado. Quem sabe se a sociedade fizer uma pressão e exigir essa mudança democrática essa lei seja aprovada? Vai depender muito da articulação política do vereador Miquinha para mobilizar a sociedade quando esse tema entrar na pauta. 

E os vereadores continuam de costas para o povo. O vereador Charles –líder do governo- já desistiu de tocar nesse assunto. Será que já foi enquadrado pelo líder Odilom?

Continuamos no mesmo ritmo. Nada der novo no front!