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quinta-feira, 28 de maio de 2015

A OPERAÇÃO FILISTEUS (OU TERREMOTO) E A POPULAÇÃO DE PARAUAPEBAS

Dia 26 de maio já está marcado em nosso calendário como o dia que iniciou o terremoto político tão anunciado nesse blog, tão propalado e tão esperado pela população. Será um dia que vai ficar na história, e, quem sabe, entrará para o nosso calendário cívico. Mas poderia ser melhor. Faltou um detalhe importante, diria que faltou a cereja no bolo. O que faltou? O povo.

Tenho percebido ultimamente que o nosso povo de Parauapebas anda meio apático. Talvez seja consequência de sucessivas desilusões e decepções com nossos políticos. Parauapebas pegando fogo, políticos abusando de forma absurda da boa vontade desse povo, cidade imersa no lixo, ruas intrafegáveis, saúde doente, vereadores dando declarações bombásticas, oposição apresentando denúncias graves... E o povo? Dormindo em berço esplêndido. No máximo, se manifesta pelas redes sociais, xinga os políticos, e mais nada.

Uma vez um analista político, professor da Universidade Federal do Pará, me disse que o povo de Parauapebas era um povo pacífico. Segundo sua tese, pelos absurdos que acontecem por aqui, em qualquer outro município, já teria acontecido uma rebelião popular com quebra-quebra de prédios públicos. "Aqui, até a câmara tem uma divisória de vidro e um monte de paus e pedras decorando o jardim, e ninguém sequer atirou uma pedra", observou o professor. Respondi-lhe que a palavra certa não era pacífico, e sim pacato. O povo está descrente, está desiludido. Você não vê o povo nem na câmara. Quando um grupo vai lá, é pontual. Ou é um grupo específico com uma pauta específica (estudantes, moto-táxi, feirantes...), ou trata-se de grupo pago, conduzido e induzido por algum vereador para dar-lhe apoio e aplausos.

Faltou povo na operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO)


Estive na prefeitura, na câmara e em frente a sede do ministério público em Parauapebas durante a operação. O que vi em cada um dos locais foi um pequeno grupo de representantes da imprensa, de sites, blogs e alguns curiosos. Em qualquer outro município do Brasil, a cidade teria parado e o povo se manifestaria contra os corruptos. Aqui não. Todos ficaram em casa e alguns apenas divulgaram as notícias pelas redes sociais. Observe no Fantástico quando a polícia prende algum político por aí a reação do povo! Muito diferente do que foi aqui.

Até mesmo o Ministério Público é movido pelo apelo popular. Atrevo-me a dizer que se o povo estivesse na prefeitura e na câmara dando apoio e vibrando com a ação dos agentes, o resultado poderia ser bem maior. Certamente, os promotores teriam afastado imediatamente o prefeito Valmir e o presidente da câmara, vereador Brás.

Cabe aqui uma reflexão. Como as lideranças populares agirão para reconquistar a confiança desse povo? Como evitar que os aproveitadores de plantão, os políticos inescrupulosos não venham tirar proveito dessa fragilidade do povo? Como aproveitar essa lição para reconstruir as bases éticas e morais do nosso município? Já vejo neguinho que está atolado até o pescoço na corrupção, que já foi personagem principal em história de desvios de recurso público, e agora está levantando a bandeira da ética na política em Parauapebas. Fiquem de olhos abertos!

7 comentários:

  1. A população não vai pra rua por medo de repressão porque aqui em Parauapebas é uma cidade sem lei , onde as pessoas morrem por falar mau dos governantes ninguém quer terminar como o advogado Jackson e pagamos muito bem os vereadores pra fiscalizar por nós.

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  2. OI, quem tem mais uma fechadura para eu colocar na minha porta? Quando não é assaltante é político corrupto, quando não é assassino profissional é político traficante de armas e assim vai...

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  3. É!!! Mas eles estão achando pouco!

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  4. Ta difícil né? O prefeito nem balança, muito menos cai. Pelo visto está bem escorado. Socorro mainha!

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  5. eles não vão pra rua porque nem lembram em quem votaram.... não vão pra rua porque so se preocupam se a Vale ta contratando gente.... não vão pra rua porque acham que cobrar R$2000,00 em um aluguel é uma coisa normal.... não vão pra rua porque acham que viver em um loteamento irregular, sem esgoto, com agua faltando constantemente é algo normal.... não vão pra rua porque o que interessa é se irão trabalhar como cabos eleitorais.... Povo pacifico?? Povo pacato??? menos quando estão fazendo direção na contra mao, perigosa ou andando com arma no carro pra caçar nos fins de semana.... menos quando botam um carro de som alto na porta da casa de alguem e não tão nem aí se tão incomodando..... De Açúcar aqui tem muita é lama isso sim!! Sempre teve, mas quem elegeu os que estão ai agora sendo "descobertos"?? E tá aí escancarado pra todo Brasil o que acontece em Parauapebas!!!

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  6. Eu estava lá na prefeitura no dia do baculejo, é assim que frisamos lá em Carajás quando há uma vistoria em nossas mochilas kkkk
    Digo que os políticos são o reflexo do povo. O primeiro corrupto é o povo, infelizmente.
    Parauapebas é um garimpo evoluído, só acha a pepita corruptos.Garimpo tem: Bares, puteiros, igrejas, etc. Com administração local precária.

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  7. O Gil tá é certo. Agora parece que vão trocar o "dono do barranco", quando isso acontece num garimpo... pode-se trocar também a dona do cabaré, o dono da linha de pau de arara, os comerciantes locais ficam "na escuta", formiguinhas sobem para cargos mais importantes...AS COISAS PRECISAM MUDAR PARA CONTINUAREM AS MESMAS.

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