Nunca escrevi um texto que causou tanta polêmica como o de ontem, dia 30 de setembro. Com o título QUAL O FIM DAS CPI'S fiz uma análise sobre o atual grupo de oposição da Câmara, conhecido como G-5. Primeiro quero agradecer aos internautas pelo récorde de acessos na terça feira. Geralmente nesse dia alcanço uns 350 acessos, e ontem chegou a 1.148. Agradeço também pelos comentários. Infelizmente não tive como publicar a maioria pois eram muito ofensivos aos nossos vereadores. Usei a mesma estratégia de Maquiavel em sua célebre obra "O Príncipe" a qual recomendei aos edis. Essa obra (O Príncipe) escrita em 1513 dedicado ao Príncipe Lorenze de Medici causou grande polêmica na época. Muitos a taxaram como um manual diabólico que defendia a tirania. Porém, filósofos importantes como Spinoza e Rosseau fazem uma brilhante interpretação da obra de Maquiavel e colocam-o como legítimo defensor da República e da Democracia. Para Spinoza o papel de "O Príncipe" seria acautelar os homens contra o que os tiranos podem fazer. Para Rosseau Maquiavel fingindo dar lições aos reis tiranos, na verdade deu grandes lições ao povo.
É claro que não tenho a pretensão de dar lição em ninguém, mas fiz uma análise conjuntural fria numa abordagem crítica sobre a atuação dos 5 membros da oposição (Bruno, Eliene, Charles, Pavão e Arenes). Estou sendo contra a CPI? Claro que não. Estou sendo contra o G-5? Claro que não. Apenas apresentei algumas críticas sobre equívocos e sobre a forma como o grupo vem se articulando. Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência e maturidade política iria aproveitar minha análise crítica para fazer uma autocrítica, e não ficar choramingando ou posando de vítima. Estou falando isso porque um vereador me procurou e disse que eu estaria atrapalhando o processo e que meu texto foi cruel. Sinto muito, mas a verdade as vezes é cruel. Cabe aos homens e mulheres fortes e destemidos transformarem as adversidades em oportunidades e não em corda para se enforcarem.
Por isso sempre digo: Política não é coisa para criança. É coisa de gente grande e que sabe onde quer chegar. A vaidade nos cega e nos deixa entorpecidos a ponto de ter ouvidos só para os elogios e bajulações. As críticas construtivas são lançadas na lama assim como se lança as pérolas aos porcos (citação bíblica).
É engraçado, eu acho, mas tenho que comentar: Juntando o título deste artigo mais a expressão no penúltimo parágrafo: "não ficar choramingando", estaria você falando do moço que foi apelidado de Pequeno Polegar, que se tornou vereador por alguma esperteza e que por algum motivo que só ele sabe é de oposição? Seja lá quem for, falta de esperteza é não aproveitar os conselhos - digamos - maquiavélicos "e ficar choramingando". Vamos à luta, vereadores, mas de forma organizada e unidos.
ResponderExcluirMas também você queria o que? Vai me dizer que espera que esses vereadores entendam de Maquiavel? Recomendo que você baixe um pouco o nivel intelectual.
ResponderExcluirGrande Vieira, já estava com saudade de uma leitura inteligente. Uma amiga me apresentou seu Blog. Gostei muito e ontem a noite quase não dormi lendo seus textos. Saudades do nosso Pebinha. (José Carlos - Goiânia)
ResponderExcluirLi Maquiavel ainda nos tempos de faculdade, e bota tempo nisso. Quando li seus dois textos fiquei com vontade de reler. E é o que estou fazendo agora. Valeu Vieira pela inspiração. Se me permite acho você muito maquiavélico, no bom sentido é claro
ResponderExcluirCaro Luiz, o seu texto serve de reflexão para mim. Sabemos que no campo ideológico podemos imaginar nossa atuação a partir de premissas pré estabelecidas por pessoas que viveram um dado momento da história e alguns do campo filosófico nem chegaram a exercer em sua plenitude esse regime democrático liberal de tempos modernos. Vc viveu literalmente dentro da gestão municipal, assim como eu em uma proporção menor, experimentamos na prática como os interesses individuais se sobrepõem aos da coletividade, muitas vezes até mascarado de "bem comum".
ResponderExcluirSei que nosso desafio é grandioso. Tenho clareza e discernimento para saber que o êxito das nossas ações dependerá da nossa capacidade de nos mantermos unidos ao primeiro passo que demos; apurar as supostas irregularidades no uso do Fundo Municipal de Saúde e ao fim desta jornada apresentarmos os resultados desse trabalho a sociedade a Justiça Federal e aos demais pares.