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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O PT E O PED (PROCESSO DE ELEIÇÃO DIRETA)

Qualquer um pode falar o que quiser do Partido dos Trabalhadores. Nem um partido teria a pretensão de ser unanimidade, muito menos o PT que saiu do seio do movimento sindical e ousou a governar o Brasil, tarefa que era considerada um tabu até bem pouco tempo. Aqui não vou me ater sobre a importância do partido para as mudanças no Brasil e nem das barreiras do preconceito impostas pela elite reacionária conservadora que não engoliram o fato de perder o comando do país para um grupo de "peões sem diploma". Esse espaço será reservado para debater sobre o importante processo de eleição direta que o partido está envolvido.

Muitos criticam o PT pela chamada divisão interna. É que o partido está organizado em tendências internas que disputam espaço no comando da legenda. O que parece uma briga entre companheiros, um desentendimento ou racha, na verdade trata-se de uma forma democrática e legítima de relação de poder. É que no PT não tem essa história do coronel que manda e dos peões que obedecem como se nota em outros partidos. Aqui, todos tem o direito de fazer política do seu jeito, de ser ouvido, de criticar e ser criticado, desde que se obedeça rigorosamente seu estatuto.

É claro que de vez em quando essa disputa entre tendência extrapolam alguns limites. Aqui em Parauapebas podemos observar isso de vez em quando. Natural num ambiente onde o contraditório é respeitado e valorizado. O PT é um partido normal, feito por pessoas normais com interesses e realidades diferentes. As brigas são resolvidas (quase sempre) através do debate franco e fraterno. Aqui não tem santos, não tem heróis, não tem ingênuos. Tem gente que vibra, que grita, que corre atrás, que disputa; tem gente boa e tem gente má; tem gente com os mais nobres interesses e tem os que não tem nobreza alguma; tem os que sonham com uma nova sociedade e tem quem defenda o VELHO. Enfim, o PT é um Partido quase como os outros. Quase? E onde está a diferença?

Fora a questão ideológica, questão de identidade, a grande diferença do PT está exatamente na sua relação de poder. É o único partido no Brasil - EU DISSE O ÚNICO- que realiza eleição direta para todos os seus quadros de dirigentes. O PED (Processo de Eleição Direta) é uma revolução criada pelo Partido dos Trabalhadores e já vai para sua 5ª edição no dia 10 de novembro. É o ápice da democracia interna e o que coloca o partido na vanguarda dos que querem transformar o país, pois a transformação vem de dentro.

Para quem presta um pouco de atenção, percebe que todos os partidos políticos mantém uma prática conservadora, um modelo antigo de comando. Um grupo de dirigentes escolhidos por uma pequena elite mandam e os filiados apenas obedecem as decisões unilaterais. São comuns as intervenções nos Diretórios Municipais quando estes não estão lendo na cartilha dos caciques ou apenas para satisfazer caprichos ou acordos. Em Parauapebas recentemente tivemos o exemplo do PP (Partido Progressista). O Zacarias que foi colocado na presidência através de uma intervenção do comando estadual, foi retirado também por intervenção. E foi trocado da pior maneira possível. Não tiveram nem o respeito e a consideração de avisá-lo. Isso não acontece no PT. Pode haver brigas, desentendimento, disputas, mas os dirigentes sempre serão eleitos de forma direta e são respeitados. Intervenção é uma raridade que só acontece em caso de descumprimento do estatuto ou desobediência grave às resoluções aprovadas.

No próximo dia 10 de novembro o Partido dos Trabalhadores estará escolhendo os seus dirigentes. O quinto PED do PT – única sigla no país a realizar eleição direta para todos os dirigentes – contará com oito chapas que disputarão uma fatia no Diretório Nacional (DN), que tem 85 integrantes. O DN, por sua vez, escolhe – aí, indiretamente, mas dentro da correlação de forças saída das urnas – os 21 integrantes da Executiva, a cúpula do partido.
Os grupos adversários são praticamente os mesmos do último PED, de 2009. O número de candidatos a presidente é o mesmo: seis. Cada concorrente é apoiado por uma ou mais chapas que representam sua tendência.
O PED deverá atrair cerca de 650 mil petistas para a votação – se se repetir os 40% de comparecimento. Esse é um exemplo vivo de democracia. Assim o Partido dos Trabalhadores se fortalece e se amadurece para continuar no comando do Brasil. Eis aí o grande diferencial do PT para os demais. Nenhum outro partido sequer cogitou a enfrentar uma eleição direta para escolher seus dirigentes. 

E ai? Continua achando que partido é tudo igual?

Veja amanhã, terça: O PED no Pará e suas correlações de forças. Quais as tendências disputam o comando do Partido dos Trabalhadores aqui no Estado.

4 comentários:

  1. didatico e importante para esclarecer o valor que tem a democracia no Partido dos Trabalhadores

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  2. Texto excelente bastante explicativo para tirar as dúvidas.

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  3. Excelente informação!! Esclarecedora!! Parabéns!! Alípio

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  4. Eu não gosto de partido, acho que é tudo igual, mas percebo que o PT realmente é diferente. O Lula mudou o Brasil. Teve coragem de enfrentar um sistema de 500 anos e mostrou que o Brasil pode ser diferente. Senti essa mudança na pele, pois graças ao PROUNI consegui fazer uma faculdade e minha família conseguiu quitar uma casa. Sou fã do Lula.

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