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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

COLUNA DO LEITOR - ACORDA PARAUAPEBAS!


O que não podemos fazer é permanecer em silêncio e esperar o ferro acabar!

Por Faisal Salmen

Em abril do ano passado a revista Exame publicou uma reportagem preocupante, cujo título é “Em Parauapebas, riqueza tem prazo de validade”. Nela, a Vale diz acreditar que até 2035 as três minas aqui exploradas se esgotarão e, para garantir a produtividade, Canaã dos Carajás e Curionópolis serão as próximas cidades exploradas.

O ano de 2015 entrou difícil. E está marcado por uma crise conjuntural em todo país. Além da política, demissões, salários cortados, a inflação atinge quase todos os setores. Não estamos fora dela. Basta andar por Parauapebas para perceber isso nas ruas. Diversos imóveis para alugar ou vender, comerciantes reclamando da falta de clientes, lojas fechando e/ou demitindo funcionários. O trabalhador autônomo reduz o seu valor para conseguir ter serviço.

E eu me pergunto o que será de Parauapebas? Que alternativas seremos capazes de construir?

Em 2011 nossos estudantes tinham o sonho de trazer mais um campus universitário. Reclamavam que nossa cidade só queria formar “mão de obra técnica e não mentes pensantes”, diziam eles. Abracei a causa e fomos a Brasília. Ouvimos que deveríamos ampliar os cursos da Universidade Rural da Amazônia - UFRA ao invés de lutar pela implementação de um novo campus. Fomos a Belém, conversamos com reitor da UFPA e UEPA. Na ocasião, a Vale até disponibilizou recursos para investir na educação. Eu, como vereador na época me comprometi em criar a emenda para educação. No entanto, minha emenda que propunha 31 milhões para a educação foi vetada. Por pressão dos estudantes que se manifestaram à época, chegando inclusive a jogar ovos durante a sessão na câmara, todos os vereadores assinaram uma emenda coletiva de 12 milhões para tal investimento. Também acabou vetada pelo poder executivo. Recentemente o jornal de Parauapebas noticiou que a UEPA – Universidade Estadual do Pará – terá um campus em nossa cidade.

De lá para cá, passaram-se quatro anos – geralmente, o tempo de uma formação em um curso superior -, e nossos estudantes continuam na esperança de mais cursos universitários públicos. Continuamos falando em Parauapebas ser referência universitária e espero sinceramente, que daqui a 4 anos eu e toda nossa região possamos ver uma nova sala de aula, alunos e professores em um novo curso universitário público seja pela UFRA e/ou UEPA. Que possamos ter diplomas em nossas mãos e a tão sonhada faculdade de medicina, que poderá originar a construção de um hospital universitário. Precisamos entender que o que plantamos hoje pode sim crescer e vigorar! Vale lembrar a cidade de Teresina, que é uma referência em saúde. A economia da cidade gira em torno disso. E podemos nos desenvolver em outros setores também como na irrigação de culturas como Açaí, Mandioca, coco e na criação também de gado leiteiro e piscicultura. A ideia da construção de siderúrgicas e metalúrgicas na nossa cidade não pode morrer. Essa ideia ainda está viva em Marabá.


Como médico e cidadão eu me disponho a levar essa discussão às escolas, faculdades, partidos políticos, entidades, empresas, poderes públicos, etc. O que não podemos fazer é permanecer em silêncio e esperar o ferro acabar! Precisamos plantar hoje para colher amanhã!

3 comentários:

  1. Bem... realmente esse texto está bastante coerente com a realidade de nossa cidade. Vejo um total descaso com a educação de nível superior. O potencial que Parauapebas tem, com os recursos que tem, mesmo que tenha diminuído, não se justifica o fato de não ter uma maior diversidade de cursos. Ainda atento mais a afirmação da formação de mão de obra da nossa cidade: “mão de obra técnica e não mentes pensantes”... isso é grave, bastante grave. Sabemos que a riqueza de Parauapebas tem hora pra acabar... mas estamos nos preparando? Os nossos gestores estão nos preparando para isso? O texto fala de mais cursos superiores, mas e o ensino médio da rede pública? como fazer com que o jovem que está na rede pública chegue ao ensiino suerior... melhor ainda... fazer o jovem Parauapebense chegar pelo menos ao ensino medio! visto que temos pouquíssimas escolas publicas de nível médio. E quanto aos alunos secundaristas, o que dizer dessa geração "ostentação" que prefere esbanjar os frutos colhidos as penas pelos pais nas festas e praças de nossa cidade, porque não cobrar e fazer valer realmente esse desejo de melhoria na educação, ou e só mais um discurso coberto de hipocrisia? Enquanto A tá curtindo o "Pancadão" ou o "paredão", tem B ou C se acabando de estudar pra passar pelo ENEM... O texto também fala de uma possível e futura faculdade de medicina em Parauapeebas... bem, acho isso um sonho possível, mas não viavel agora. Há muito o que melhorar pra que um dia possamos cogitar nessa possibilidade (distante, mas não impossível). Enquanto isso continuamos em um barco chamado Parauapebas, que navega em águas tempestuosas, onde de longe ja enxergamos as nuvens de tempestade, mas os comandantes desta nau jamais se preocuparam em tomar as medidas de segurança pra prevenir um naufrágio, cada vez mais próximo

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  2. esse mediador é babão! kkkkkkkk
    não quer ver ninguem criticar, então não posta nada.

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  3. Sr. Faisal o que é pior o Ensino Médio está cada vez mais ridículo, com níveis abaixo da média nacional, não se vê uma escola pública com expressão da nossa cidade. Este ano os alunos começaram o ano letivo no segundo semestre.
    A mercê da 4ª URE, o Ensino Médio do nosso município vai de mal a pior, e a gente fica no "me engana que eu gosto".
    Onde estão os políticos os líderes para lutar pela Unidade Regional da Educação desta região de Carajás com sede em Parauapebas?

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