Pesquisar este blog

sexta-feira, 7 de março de 2014

SER OU NÃO SER ... SITUAÇAO



   Por Antonino Brito



 

                 Ao longo das seis legislaturas passadas, que compreende o período entre 1988 a 2012, Parauapebas teve 69 mandatos e 42 felizardos a ostentar o diploma de vereador empossado, ou seja, cumpriram integral ou parcialmente seu mandato de 4 anos.

                Não tenho duvida que a primeira decisão a ser tomada por um vereador, no inicio dos trabalhos, é ser oposição ou situação.

                Para alguns, o fato de ser de PARTIDO opositor ( ideais antagônicos) ao novo chefe do executivo, e ter travado duras batalhas políticas na campanha, não norteia sua decisão, e sim outros fatores tais como: espaços políticos para honrar compromissos de campanha, cargos pontuais para indicar e assim manter sua base. Vou me ater aos acordos políticos, pois os de ordem financeira suscitam um debate mais aprofundado.  

                Quebrando as barreiras partidárias e deixando de lado as bandeiras das ultimas eleições, todos se nivelam e quem tem mais traquejo político e sabe onde quer chegar, arregimenta os novos edis, que em meio as muitas pressões, perdem o foco e se veem votando no que há poucos meses antes, julgavam inaceitável. 

                Fazendo um breve levantamento no histórico político destes 42 vereadores, ate dezembro de 2012, chega-se a uma conclusão no mínimo digna de ser avaliada por nossos 15 EDIS da atual legislatura. 

·         Apenas 4 destes chegaram a quatro mandatos.
·         Apenas 5 destes chegaram a três mandatos.
·         Destes, 27 tiveram somente um mandato.
·         O maior cargo exercido por um destes 42, exceto a vereança, foi o de vice-prefeito, e a honra de ser o único a sair da câmara rumo a outro mandato eletivo, coube ao já falecido Milton Martins.

No que se refere a legado político, ai vai um ponto de vista particular, podendo não ser compartilhado por muitos, mas apenas três escreveram seus nomes. São eles:

·         Valdir da Usina- mirou seu mandato nos esportes, criou o complexo esportivo onde crianças, em sua maioria carentes, praticavam varias modalidades sendo a  principal, a escolinha de futebol. 

·         Altair Borba- fez um primeiro mandato voltado a fiscalização da aplicação dos recursos públicos, o que culminou num grupo de 4 vereadores (eram 11 na câmara entre 96 e 2000) assinando a CPI contra o executivo. A historia desta CPI é longa e a mesma  não vingou, já que o vereador Altair ficou só. Sabe-se no meio político o seguinte: um retirou a assinatura após uma reunião em Carajás, outro renunciou ao mandato em condições ate hoje não esclarecidas, outro foi para base governista com uma secretaria em seu poder.
·         Odilon Rocha- pode-se atribuir, quem quiser, muitos defeitos ao vereador Odilon,  mas qualquer um que discuta política em Parauapebas nos últimos 15 anos, vai falar do poder político exercido por ele na câmara de vereadores. Prova disso é o que aconteceu  com os três últimos prefeitos (PMDB-PT-PSD), ao perceber que sua relação com o legislativo estava desgastada, chamou-o para negociar e liderar o governo na câmara, normalmente resolvendo os ruídos de comunicação. 
    
Estes destaques que cito, todos tinham algo em comum: tratavam o executivo não como um poder superior, mas como equivalente, e eram fieis a seus ideais e ideias, republicanas ou não. 

Não quero ser duro, mas para mim um legislativo que é subserviente perde a razão de existir. O direito de poder cassar o mandato executivo e o executivo não ter a prerrogativa de cassar o legislativo, demonstra o poder da câmara. Não que eu acredite na cassação do prefeito como melhor opção, mas o fato é: quem sabe seu valor, tem mais condições de acertar em suas decisões .

“Desconfio de todo idealista que lucra com seu ideal”.   (Millor Fernandes).
               

6 comentários:

  1. Não me sinto tão lerdo assim, mas será que este moço poderia se explicar? Vejam o último parágrafo, por exemplo. Tá doido véi?!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Anônimo, acho que você ainda está dormindo. O parágrafo está claro e cristalino. Me diga o que vc não entendeu que eu desenho pra você, pois eu li e entendi perfeitamente.

      Excluir
  2. Tá. Então me explique o que você entendeu para ver se eu acordo (pode desenhar).

    ResponderExcluir
  3. Caro anonimo das 11;12, espero tirar suas duvidas relativas ao artigo, e ja o faço sobre o ultimo paragrafo.
    Disse que a camara perde sua funçao, se apenas chancelar as demandas do executivo. Tambem que nao sou a favor do dito popular "quanto pior melhor", ou seja, tira o fulano e bota o beltrano. E que ao longo da historia ,o legislativo sempre negociou de pires na mao com o morro dos ventos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não adianta Antonino. O moço das 11:12 é tapado mesmo. É moco das ideias, tipo lezado mesmo

      Excluir
  4. Antonino quanto ao Altair eu concordo com você. Como vc disse no primeiro mandato ele fez a diferença. Só que no segundo mandato ele se entregou ao esquema. Os outros dois vereadores realmente deixaram um legado: um legado maldito que muitos vereadores insistem em seguir e contaminam a nossa câmara.

    ResponderExcluir