Sessão de 22 de outubro - nova tática da liderança

Na sessão de ontem, 22 de outubro ficou bem claro o estilo de liderança do vereador Odilom Rocha. Uma fonte fidedigna do Gabinete do Prefeito me informou que o Odilom impôs várias condições para aceitar o cargo de líder de governo do Valmir. É isso mesmo: impôs condições. Geralmente o cargo de líder é uma honra e o vereador sempre demonstrou na prática que desejava esse cargo, inclusive fez por onde chegar a ele. Acontece que o Odilom é inteligente, é experimentado e passado na casca do alho. Percebendo a crise de representatividade do governo Valmir, tratou de valorizar o seu passe. Sabendo que o Valmir tentou vários líderes após o Charles jogar a toalha e todos recusarem o abacaxi, Odilom se viu em condições de fazer exigências.

Uma das exigências do novo líder foi sentida na prática na sessão de ontem. Foi a seguinte: todos os secretários terão que mobilizar servidores para assistir todas as sessões e aplaudir os vereadores governistas e vaiar os oposicionistas. Segundo a fonte, essa condição era inegociável e imprescindível e caso não desse certo ele entregaria a liderança. O prefeito levou isso tão a sério que na sessão de ontem não só compareceram servidores como também alguns secretários foram lá para garantir o cumprimento da ordem. Um total abuso e desrespeito para com os servidores contratados que são obrigados a fazerem esse papel para não perderem o emprego. 

Incentivar a presença de servidores na Câmara é salutar e legítimo. Agora induzirem dessa forma é imoral, ilegal e depõe contra a cidadania. Justo na semana que antecede o dia do servidor público vemos esse flagrante de desrespeito e manipulação política da classe. 

Talvez fosse o caso dos vereadores da oposição solicitar uma auditoria na prefeitura para checar o numero de novos contratados na gestão Valmir e onde eles estão trabalhando. É uma continha simples. Basta pegar o numero de contratados na gestão do Darci e ver quanto por cento aumentou. Os serviços ofertados com certeza não aumentaram em nada.

Vereadora Luzinete é aplaudida pela primeira vez

Uma consequência da exigência do Odilom foi sentida e comentada por todos que estavam na sessão. Todos indagavam o que estava acontecendo. Ninguém entendia nada. É que em 10 meses de mandato e após levar muitas vaias toda vez que falava, ontem a vereadora Luzinete foi aplaudida por parte da plenária. E o que ela falou? Quase ninguém entendeu, pois o tom da sua voz e o microfone desregulado não ajudou muito. Eu que sabia o motivo fiquei calado, pois no fundo gostei de ver a vereadora sendo aplaudida. Não sou daqueles que fica torcendo pela desgraça de ninguém, muito menos de uma colega de profissão. Que bom seria se sempre houvesse aplausos!

O fato é que esses aplausos foram superficiais e parte da nova estratégia da liderança. Um vereador da mesa agia como um atento maestro puxando as palmas. Por enquanto não houve vaias, pois isso ficou guardado estrategicamente para as próximas sessões. É só aguardar para conferir.

Por falar em Luzinete, no seu discurso ela atacou violentamente o Deputado Milton Zimmer. Falou que o deputado tem uma única função: beber e dormir. Será que o deputado vai levar isso a sério?

E a suplementação do Valmir? Como eu disse aqui, os vereadores recuaram. Acharam melhor deixar para depois. Vamos ficar atentos para a próxima sessão. Agora deixo uma pergunta: alguém conhece uma obra iniciada pelo governo Valmir? Umazinha que seja. Pois é. E o dinheiro do orçamento já acabou a ponto de pedirem uma nova suplementação de mais de 600 milhões. Até para pagar o salário dos funcionários não tem mais, pois também quer suplementação de quase 200 milhões.