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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Em Parauapebas o crime compensa

"Criar áreas verdes é investir na saúde da população" (Globo Repórter de 25/10/2013)


Supressão de área verde com aterro irregular na Rua F, próximo ao quartel

O Globo Repórter dessa sexta feira mais uma vez ressaltou como é importante preservar as riquezas naturais e criar parques e áreas verdes nas cidades. Além de proporcionar qualidade de vida, interfere positivamente na saúde da população. Cidades com gestores inteligentes estão adotando medidas simples para impedir que a ganância e a ignorância de muitos destruam os ecossistemas e prejudiquem a vida saudável. 

Aqui em Parauapebas as autoridades estão andando na contramão da história. Uma cidade encravada em plena floresta amazônica com todas as condições ambientais para ser um paraíso, está sendo violentamente destruída por pessoas gananciosas e pela omissão do poder público. Antes, os crimes ambientais eram feitos as escondidas, nos finais de semana e a noite para tentar driblar a fiscalização. Agora os infratores se aproveitam da incompetência e até da cumplicidade do poder público e cometem todo tipo de crime ambiental a luz do dia, nas barbas das autoridades. Se alguém reclama, logo aparece alguém perguntando: "você sabe com quem está falando?" Outro artifício é dizer que é parente ou amigo de algum vereador ou até mesmo alegar que foi financiador da campanha do prefeito.

Essa foto acima é de uma área em pleno centro da cidade, na rua F, após o quartel. Já foi denunciada aqui nesse Blog e a Secretaria de Meio Ambiente chegou a notificar o proprietário. Porém, o mesmo não deu a mínima e continuou o aterro sem nenhuma preocupação e com a certeza da impunidade. 

A irresponsabilidade do poder público é tão grande que está transformando rapidamente a geografia de nossa cidade. Por todo lado que  olhamos deparamos com morros sendo arrancados, brejos sendo aterrados, construção em encostas, áreas verdes sendo eliminadas e assoreamento de igarapés. Já não somos mais a cidade cercada por morros e vegetações.

A consequência dessa mudança já podemos sentir e se agravará no futuro. A cada inverno temos mais enchentes; qualquer ventania temos várias casas destelhadas. A falta dos morros está provocando até a mudança na direção dos ventos e gerando catástrofes. Onde vamos parar? Será que vamos ter que esperar uma tragédia como acontece de vez em quando no Rio de Janeiro, em Santa Catarina para exigirmos das autoridades providências.

A Secretaria de Meio Ambiente criada no governo Darci para fortalecer a política ambiental está completamente abandonada e sucateada.

Cuidar do meio ambiente é muito mais do que cultivar uma florzinha; é muito mais do que não jogar latinha de cerveja no chão; é muito mais do que ensinar a cuidar dos animais. Cuidar do meio ambiente exige coragem, vontade e determinação política. Faz parte de uma política estratégica para garantir qualidade de vida e saúde pública.

Que ambiente queremos deixar para nossa geração?

2 comentários:

  1. Essa bagunça vai acabar. Cadê os ambientalistas de Parauapebas que não denunciam? Cadê o ministério público? Deixar de tomar as medidas para coibir os crimes ambientais é prevaricação.

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  2. Prezado Luiz você está coberto de razão cadê a secretaria de meio ambiente? E o loteamento sem rede de esgoto entre o bairro novo brasil e o unique shopping, cadê a legislação do município que exige que os "novos" empreendimentos têm ter saneamento básico?

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