Sessão de 15 de outubro - Sessão Ternurinha

A sessão de ontem, 15 de outubro foi no estilo paz e amor. Todos os vereadores aproveitaram o dia dos Professores para fazerem homenagens. Até quem nunca fala na sessão ontem resolveu falar para reverenciar os mestres. Alguns aproveitaram a tribuna para refletir sobre a crise que vive a educação hoje no Brasil e especialmente no Pará. Outros ficaram puramente nos parabéns.

É bom lembrar que temos quatro professores na Câmara: Josineto, Eliene, Luzinete e Euzébio. Ninguém teve a iniciativa de promover uma sessão especial em homenagem aos Professores. Fizeram no dia do evangélico, dia do idoso, dia dos portadores de necessidades especiais mas esqueceram de fazer no dia dos professores. Perderam uma excelente oportunidade, pois dia 15 de outubro numa terça feira só daqui a dez anos. Seria um momento importante para debater com os profissionais da educação, o sindicato e sociedade os principais problemas da educação e as propostas concretas. Isso nos faz refletir como a educação tem pouca importância fora dos palanques. Mas de qualquer maneira valeu pelas referências que fizeram a nós professores.

O vereador Euzébio resolveu quebrar o silêncio e usou a tribuna no dia dos professores. Antes tivesse continuado calado. Fez um discurso vazio onde usou a maior parte do tempo falando de si próprio e dos seus diplomas. Não fez sequer uma referência a greve dos professores e nem de longe demonstrou solidariedade com essa classe tão sofrida que já lhe deu tantos votos. Lamentável!

A parte mais importante da sessão foi a apresentação do Odilom como líder do governo Valmir como já havia anunciado aqui. Odilom falou que pensou em não aceitar mas que depois viu que o município precisava dele e resolveu encarar o desafio. Pela primeira vez na história um prefeito nomeia um líder com prazo de validade. O documento enviado à Câmara informa que a liderança vai até 2014, portanto com um ano de validade. Esse é o estilo Valmir: confia desconfiando. 

"O Prefeito Valmir vive trancado no seu gabinete rodeado de puxa-sacos que não conhecem a realidade do município". Quem disse isso? Não fui eu e nem um vereador de oposição. Essa frase foi dita pelo líder de governo Odilom Sansão na tribuna da Câmara. Se duvidar, peça o áudio para conferir. Com essa frase Odilom demonstrou que na sua atuação de líder o prefeito não vai ter moleza não. Não falou nenhuma bobagem nem exagero. Falou apenas o que ouvimos todos os dias nas ruas. Só espero que ele não faça como o Miquinha que ficou milindrado quando publiquei aqui uma frase que ele disse na tribuna. "Essa casa tem que tomar vergonha na cara". Conhecendo o Odilom não vai ficar não, pois não me pareceu que falou sem pensar. É bom lembrar que o que o vereador fala na tribuna é público e de responsabilidade do vereador. Portanto, se alguém fala alguma coisa que não gostaria de ver publicado, é melhor preparar seus discursos com mais cuidado.

O vereador Pavão fez referências a Marcha para Cristo que aconteceu no último domingo. Reclamou da falta de apoio do prefeito que se recusou a ajudar na programação dos evangélicos. Com o discurso do Pavão descobri uma novidade: a Câmara ter 5 vereadores da bancada dos evangélicos. Não sabia que Devanir e Pavão faziam parte dessa bancada. Pavão ressaltou que apesar de estar fora de forma, marchou todo o percurso e ainda chegou no final cantando. Quem não foi perdeu.

Um importante projeto que regulamenta o plantão médico foi aprovado em uma única votação. O vereador Odilom pediu que ele fosse votado em regime de urgência e os pares votaram. Me chamou a atenção um detalhe: na argumentação sobre a necessidade de se votar em uma única sessão em regime de nurgência vários vereadores falaram que iriam votar por se tratar de um projeto importante e relevante. Quer dizer que a votação em dois turnos como manda o regimento é só para projetos sem importância? Ao meu ver isso foi um erro dos vereadores que queriam mostrar serviço aos médicos presentes. Um projeto com essa importância deveria seguir o rito regimental e passar por duas sessões para se evitar precipitações. 

E a denúncia da OAB sobre a fraude nos transportes escolares? Silêncio quase total. Somente a Vereadora Eliene cobrou posição dos parlamentares sobre o assunto. Falou que vai reunir a bancada do PT para tomar um posicionamento coletivo. Mesmo a OAB já tendo protocolado a denúncia na Câmara os edis continuam calados. Alguns falam que isso é coisa da polícia federal e não dos vereadores. No momento das explicações finais o vereador Bruno também mencionou as denúncias.

O Presidente da casa Vereador Josineto quando usou a tribuna fez grandes elogios aos educadores de Parauapebas e lembrou do nome desse humilde professor que vos escreve como referência na educação de Parauapebas. Agradeço a homenagem e estendo aos meus antigos companheiros de profissão e de luta.