O vácuo no poder

Na semana passada o Prefeito Valmir exonerou dois importantes secretários do seu núcleo de comando: o Secretário de Finanças Zé Rinaldo e o Secretário de Planejamento Célio Costa. Até agora a população pergunta os motivos dessas demissões, pois ambos eram considerados pessoas da mais alta confiança do Valmir, daqueles que nem em sonho ninguém imaginaria que pudessem ser descartados. A falta de explicação do prefeito gera as mais diversas especulações pela cidade. Uns afirmam que foi por corrupção, outros acham que foi por incompetência e alguns afirmam que foi por capricho pessoal do gestor.

 Uma semana depois, ninguém sabe quando será nomeado os substitutos, o que gera também uma bolsa de apostas pela cidade. Para a SEFAZ comenta-se que o prefeito já fez o convite para um ex-secretário do governo Darci. Verdade ou não, atualmente nessa secretaria os cargos chaves como a equipe de licitação já estão sob o comando de pessoas da gestão anterior. Para a SEPLAN que encontra-se totalmente esvaziada de poder o comentário que rola é que ela foi reivindicada pela bancada do novo partido Solidariedade do Odilom, Devanir e companhia.

Esse troca troca de secretários em tão pouco tempo deixa duas interpretações:

1ª- O Prefeito não teve inteligência política na hora de fazer as escolhas e agora se vê obrigado a ficar fazendo experiência com o barco andando e no momento mais complexo que é a saída do porto;

2ª- O governo Valmir tem muita personalidade e coragem para trocar a qualquer momento quem não está se encaixando no seu jeito de governar ou quem é apanhado fazendo o que não devia.

Seja qual for a hipótese essas mudanças constantes vem gerando instabilidade em todas as áreas de Parauapebas, principalmente na política e na economia. O staf governamental fica desestimulado para trabalhar pois sempre está assombrado com a possível demissão. Prevalece a lógica do "tirar o meu enquanto é tempo".

A cidade está sofrendo uma de suas piores crises. O desemprego já assombra muita gente. Basta dar uma passadinha na bolsa de emprego para verificar essa realidade. O mercado imobiliário é outro que está em baixa com inúmeros imóveis com placa de vende-se ou aluga-se. As principais obras do governo são resíduos do governo Darci, inclusive com orçamento e verba disponível. Se não fosse isso a cidade estaria totalmente parada. 

O fim do ano está batendo as portas junto com o inverno e o povo continua na expectativa de quando o governo vai começas de fato. Os mais otimistas falam: "até aqui só tivemos problemas, mas agora vai". Esperamos que vá mesmo para o bem de Parauapebas.