POR QUE CHORAS?
Por Antonino Brito
Participei de duas audiências públicas sobre a
lei que tramita na Câmara Federal, que mudará as regras da mineração no Brasil,
em Belém no dia 29 de agosto e Marabá 23 de outubro, percebi o quão negligentes foram os Governos das
cidades "produtoras de minério", com destaque para Parauapebas, já
que o novo marco regulatório da mineração está sendo discutido há três anos, e,
há três meses estas Audiências acontecem no Brasil, e, só ontem vi uma tímida e
descoordenada ação do nosso prefeito e vereadores em cobrar o direito a sermos ouvidos.
Digo tímida não me referindo à participação física de nossas autoridades que
por sinal fizeram bonito com uma comitiva de 10 vereadores, prefeito,
Vice-prefeita, secretários e empresários de vários seguimentos da nossa cidade,
mas sim por falta de sintonia em suas falas, pois optaram por fazer discursos e
não pontuar tecnicamente os PRÓS e CONTRA da nova lei. Quem tentou falar com
dados, equivocou-se ao dizer que a China não produz minério de ferro.
A falta de coordenação
ficou visível quando o representante das cidades que formam o corredor de
escoamento do minério
(23 cidades no Maranhão cortadas pela linha de ferro CKS)
fez uma explanação técnica, com slides mostrando a realidade
daqueles municípios e cobrando participação no CEFEM por serem impactados
diretamente.
Não vou entrar no mérito
do direito destes municípios, mas o que estamos começando a fazer agora, eles
já fazem há mais de um ano, inclusive com uma associação registrada há seis
meses, demonstrando ser um movimento integrado e coordenado em prol da redistribuição
do CEFEM.
É necessário saber que
o projeto de lei 5807/2013 que versa sobre o tema, no seu artigo 38, mantém a
distribuição da CEFEM nos mesmos percentuais de hoje, ou seja:
12% -> doze por cento
p/união
23% -> vinte e três
por cento p/Estados produtores
65% -> sessenta e
cinco por cento p/municípios produtores.
Para nós dos municípios que produzimos e sofremos
diretamente o ônus e bônus, é importante defender a PL como está, no que tange
a distribuição, cobrando apenas a mudança do Artigo:36 que define a alíquota da
CEFEM, alterando a redação: "a alíquota da CEFEM será de até quatro por cento". Para: a alíquota da CEFEM será de quatro por cento.
Duas propostas A DISCUTIR NAS FUTURAS AUDIÊNCIAS.
*A verticalização do minério de ferro em nossa região, é dos
pontos mais importantes a meu ver, pelos investimentos em tecnologia, desenvolvimento,
e empregos de melhor remuneração que traria.
*A revogação da lei Kandir, que dá mais condição de competição no
mercado internacional à VALE, mas retira recursos dos Estados, que poderiam ser
aplicados nos municípios que formam o corredor de escoamento do minério.
Está previsto sessão
especial na câmara de vereadores de Parauapebas nessa segunda feira, 28 de outubro as 16 horas e ida à Brasília de uma comitiva para tratar
do assunto. Torço para não ser tarde. Espero que possam apresentar de maneira organizada
as propostas e não cair no erro dos discursos inflamados com pouco resultado
prático.
ouvi dizer que com as suplementaçoes e ser aprovadas o orçamento deste ano passa de 2 bilhoes. sera verdade? haja ferro...
ResponderExcluiresta materia nao interessa ao povo comum por estes nao terem a menor ideia do grande problema que sera parauapebas quando a arrecadacao sair dos BILHOES e voltar patamares mais reias.
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