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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Parauapebas: cidade onde jorra leite, mel e...esgoto.

Rua Sol Poente-comerciantes convivem no esgoto
A nossa rica Parauapebas está sempre mergulhada em contradições. Apesar da imensa riqueza que jorra do seu subsolo, apesar da sua brava gente trabalhadora, sofre com a incompetência e com o descaso de políticos sem visão e sem compromisso com o futuro. Aqui impera a mentalidade recorrente nos garimpos clandestinos: tirar o meu enquanto é tempo.

Com toda essa falta de visão, quem sofre é o povo. Sempre o povo que elege governantes que prometem o céu e depois oferecem o inferno. Um dos graves problemas que enfrentamos aqui é a falta de saneamento. Muito se fala na falta de água tratada, mas esquecemos de outro serviço tão importante que é a coleta e tratamento de esgotos.

Nenhum político aqui quer investir em rede de esgoto. Acham que é obra que fica enterrada e não aparece nas eleições. Isso faz com que nossa cidade seja suja e fedorenta, além dos graves problemas de saúde que nos proporciona. 

Investir em rede de esgoto é investir em saúde, em qualidade de vida. O contrário é cruel, é tão danoso para o povo quanto as práticas dos crimes mais hediondos. Essa falta de visão (dos políticos e de parcela da população) não vem de hoje. Desde o primeiro prefeito de Parauapebas até o atual nunca houve uma política séria de saneamento. Tirando o projeto de urbanização e saneamento no Complexo Altamira iniciado na gestão Darci Lermen e abandonado na gestão Valmir, o que temos aqui em termos de rede de esgoto ainda foi construido pela Vale na década de 80 quando a vila tinha cerca de 3 mil habitantes.

O flagrante da falta de compromisso com saneamento são os loteamentos que são autorizados sem rede de esgoto. Bastava a prefeitura fazer cumprir a lei de parcelamento de solo para quebrar esse círculo vicioso. Ou seja: nenhum loteamento seria liberado sem rede de esgoto. Os loteadores gananciosos se aproveitam da incompetência do governo e vendem lotes a preço de ouro apenas com uma pasta parecida com asfalto e com fossas que não aguentam um banho demorado. Essa realidade criou aqui um mercado muito lucrativo que é a de caminhões limpa fossas. Vários empresários descobriram esse filão e estão faturando alto.

E os vereadores? O que fizeram até aqui para mudar essa situação. Após um ano de mandato da legislatura atual, nenhum vereador tomou iniciativa para mudar essa realidade. Seria muito bom que alguém pensasse nisso. Com certeza iria entrar para a história como o vereador ou vereadora que tirou Parauapebas do esgoto.

E o povo? Já está passando da hora de tomarmos atitude. Que tal na próxima eleição votarmos no Doutor Saneamento?


5 comentários:

  1. Meu Caro Luiz, você foi na raiz do problema, a maioria das pessoas aqui, estão garimpando, quando se capitalizam, vão embora, deixando nossa cidade no abandono. Lá querem saber de esgoto.
    Veja que a política da mineradora VALE, é trazer empresa de Minas Gerais, para explorar os melhores contratos, Depois vão embora, e muitas ainda deixam dividas na cidade. Eles nem querem saber se tem esgoto aqui em nossa cidade.
    Quanto ao governo municipal? dispensa comentários, você já passou por lá e sabe, como funcionam, salvo algumas (mínima) exceções, mais a maioria, pelo menos do governo atual, estão igual aquele cara faminto que chega em uma mesa farta, mais a estadia dele é pouca, então ele come as pressas e com o prato na mão, você acredita que ele vai pensar em esgoto?
    Vereadores, há não vou perder meu tempo, essa é a pior legislatura de Parauapebas. Todos querem ficar ricos e rápidos esses meninos estão famintos, apesar do tempo deles ser de 4 anos, eles não querem esperar esse tempo todo, veja que a maioria adquiriram Pick-up de luxo e cheirosas, como vão pensar em esgoto?

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  2. Amigo Luiz,

    Que bom que tocou neste assunto que é tão recorrente, junto a população, e tão esquecido pelo poder público. Como podemos pensar em crescer, ser referência no estado se não temos o básico. Estamos falando de "Saneamento Básico", condição essencial para gerar saúde à população, a falta deste gera doenças e mazelas, principalmente para as crianças que são mais vulneráveis a este tipo de falta de higiene. Srs. vereadores, Sr. prefeito gastar com saneamento básico é investir em saúde pensem nisso.

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  3. rapaz vcs passaram 8 ano no poder pq nao arrumou emmmmmmmmmmm

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  4. como disse guri, o sr. ficou 8a no poder e não viu isso antes!! qto a garimpar e sair fora onde anda seu amigo darci!! tb garimpou e saiu fora!!

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  5. Meu caro amigo Vieira.
    Você propôs um debate bastante interessante "Saneamento Básico - Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, Esgotamento Sanitário, Drenagem de Águas Pluviais e Água Tratada". Vejo que essa situação não é privilégio de Parauapebas, se você visitar os 145 municípios do Estado do Pará poderá atestar que em nenhum possui um aterro sanitário para que seja dado destino final aos resíduos sólidos que produzimos no dia a dia. Verás também que a rede de esgoto sanitário praticamente inexiste em quase todos. Como você disse, cidades como Parauapebas e Canaã dos Carajás, a pequena rede existente foi feita pela empresa Vale a época de sua chegada na região, e assim, para atender a pequena parcela de seus diretores que passaram a residir nos perímetros urbanos. Outra coisa que leva transtorno aos moradores é falta de rede de drenagem de águas pluviais, na época das chuvas é um deus me acuda, só aí que a população percebe a grande besteira que fez na hora de votar. Pois o lixo não recolhido e a fossa que transborda entra de casa a dentro carregado pelas águas das chuvas, exatamente pela falta de rede de drenagem.
    Isso me parece que é a realidade de Parauapebas, onde o prefeito sequer dar importância para essa realidade tão crítica. Passando esse final de semana pela PA 160 e cidade de Parauapebas pude comprovar esse desmando, em todo o percurso encontrei sacolas de lixo deixadas na beira da estrada e ruas, com certeza por moradores da cidade, e um fato curioso, muitas dessas sacolas foram deixadas na PA 160 nas proximidades da empresa INTEGRAL de propriedade do prefeito, talvez um alerta ao gestor municipal.
    Parabéns pela matéria.

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