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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

FAKE NEWS - SINAL DE DEFORMAÇÃO DA PERSONALIDADE

"...a boca fala do que está cheio o coração". (Mateus 12:34).

Com a tragédia recente de Brumadinho, ficou claro como boa parte da população brasileira é sensacionalista e adora tragédias. Um dos sinais disso é o grande número de fake news que circula pela internet. E tem para todos os gostos: vídeo mostrando o momento exato que a barragem estourou, foto de mulher grávida na lama, foto de um homem sujo de lama abraçando um bombeiro, foto dos soldados israelenses chamando os bombeiros brasileiros para orar (essa foi foda), e outras bobagens a mais. Parece que as pessoas sentem uma necessidade mórbida de dar a notícia de qualquer jeito e a qualquer custo e sai compartilhando tudo o que vê pela frente.

Como nasce uma fake news?


Geralmente nasce de uma mente doentia e carente que sente a necessidade de espalhar mentira simplesmente pelo vício de mentir e/ou para ganhar likes na internet. Essa prática pode até render um bom dinheiro para essas pessoas. Assim, esses "gênios" do mal ficam horas construindo as notícias falsas e pesquisando a melhor forma de deixá-las atrativas. Geralmente elas começam com o termo "Bomba" ou outra expressão sensacionalista, e terminam com a ordem "compartilhem...".  Porém, essas notícias falsas precisam ser viralizadas, senão não cumprirão seus objetivos. E quem são os responsáveis pela viralização?  Quem são os agentes que se encarregam pela disseminação das notícias falsas? Infelizmente são a maioria absoluta dos brasileiros. Uma pesquisa recente publicada no Jornal Folha de São Paulo mostra que 90% dos eleitores do presidente eleito acreditam em fake news. Confira aqui. Isso é trágico e desesperador e demonstra o quanto nossa sociedade precisa rever seus conceitos.

Qual o perfil de quem espalha fake news?


Antes, eu afirmaria que as pessoas que compartilham notícias falsas eram pessoas ingênuas e de baixa escolaridade. Quem tem mais de 40 anos deve lembrar de quando aparecia debaixo da porta uma carta anônima com alguma mandinga (oração ou mensagem exotérica), dizendo que o receptor teria que fazer 30 cópias e enviar para 30 pessoas, senão uma desgraça aconteceria em 10 dias. Com o advento das redes sociais, isso se tornou brincadeira de criança inocente. Hoje, os fake news são responsáveis por eleição de presidente e até por assassinatos de inocentes. E já não é mais exclusividade de pessoas ingênuas e desescolarizadas. Encontramos desde o analfabeto até o doutor que pratica esse crime.

Há pesquisas que indicam que a pessoa que espalha fake news tem algum desvio de caráter. Na Bíblia Sagrada encontramos uma explicação para esse fenômeno: "a boca fala do que está cheio o coração". (Mateus 12:34). Esse versículo tem muita lógica. Uma pessoa que compartilha vídeo ou foto de criança violentada com a desculpa de que está repassando para alertar, tem grande chance de ter algum comportamento - mesmo inconsciente - de pedófilo. Quem espalha com frequência imagens de violência com aquela pérola - "Espalhe sem dó até chegar as autoridades", - geralmente tem um perfil violento. Os que espalham conteúdos com difamação contra homossexuais, por exemplo, tem grande chance de ser um homossexual reprimido e enrustido. Não me levem a mal. Essas são indicações de pesquisas sérias que publicarei aqui e não se trata de uma regra. 

Uma pessoa só compartilha uma notícia falsa quando essa notícia é conveniente com o seu pensamento. Portanto, seguramente, podemos traçar o perfil de uma pessoa pelo tipo de conteúdo que ela compartilha. Um fã do Bolsonaro por exemplo, quando depara com uma notícia negativa sobre ele, filtra a informação, julga que é falsa e, às vezes até busca as fontes e checa a veracidade, e não sai compartilhando, mesmo que seja verdadeira. Agora, se a notícia for contra o Lula, dispara a tecla de compartilhamento sem nenhuma checagem. O mesmo acontece com a maioria dos fãs do Lula.

Já escrevi nesse blog uma matéria sobre esse tema, onde batizei de "cavalo do cão eletrônico". Leia aqui. É claro que nem todo mundo que espalha fake tem desvio de personalidade ou deformação moral. Algumas notícias falsas são tão perfeitas que enganam até os mais criteriosos. Quem nunca espalhou uma, que atire a primeira pedra. Nos próximos posts deixarei algumas dicas de como se livrar dos fakes e não fazer o papel de cavalo do cão eletrônico.

3 comentários:

  1. É por esta e outras que, como dizem os mais velhos: "todo cuidado é pouco".

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  2. Simples assim...A necessidade de expandir o mal que reina dentro de si e de tamanha ignorância e hipocrisia...para tanto as fakes news contribui com o aumento da escoria humana...lamentável...belo texto meu amigo

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