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segunda-feira, 24 de julho de 2017

O SILÊNCIO DOS PATINHOS AMARELOS

Selecionei uma matéria que achei bastante pertinente para o momento atual. Acrescento aqui que o silêncio não é apenas fadiga como destaca um jornal alemão, mas trata-se precisamente de uma vergonha dos que entenderam que foram usados, manipulados e depois cuspidos pela engrenagem do poder. Muitos perceberam que caíram no golpe da promessa de que tudo iria melhorar, e agora entenderam que tudo não passava de uma manobra descarada capitaneada pela FIESP, Rede Globo, Temer, Cunha, Aécio e seus asseclas.

Porém, mesmo vendo que foram enganados, manipulados, muitos foram tão afetados que ainda continuam repetindo o mantra com o qual foram adestrados: "a culpa é do PT", "Petralhas", "chola não", "é tudo igual mesmo..."

A manipulação mental foi tão forte que a galera do patinho amarelo e as paneleiras, mantém uma indignação seletiva. Não importa o Aécio ser flagrado pedindo $2 milhões para o Joeslei Batista, não importa o ex-deputado Rocha Loures ser flagrado correndo com malas de dinheiro, não importa o Temer ser flagrado em escuta telefônica dando ordens para pagar o Cunha para ficar calado, não importa o Aécio ser flagrado dizendo "tem que ser alguém que a gente mata antes de delatar", não importa o STF ter soltado os corruptos flagrados e ter garantido o mandato do Aécio, que por sua vez foi pego em grampo telefônico dando ordens a Gilmar Mendes - do STF, nada importa para os patinhos adestrados. A única coisa que importa para essa massa é a condenação do Lula e a destruição do PT.

Leia a matéria, mas só se você ainda não foi atingido pelo feitiço do patinho. Senão, esqueça. Melhor continuar nas redes sociais sendo útil aos corruptos.


O silêncio das ruas do Brasil


Impopular, suspeito de corrupção e à frente de controversas reformas, Michel Temer tem sido poupado de grandes manifestações. O que está por trás da atual passividade dos brasileiros?


Um presidente extremamente impopular que tenta aprovar reformas rejeitadas pela maioria da população; escândalos de corrupção envolvendo diretamente o próprio ocupante do Planalto; economia que dá sinais apenas tímidos de recuperação; apoio parlamentar sendo largamente negociado com verbas e loteamento de cargos; pesquisas que apontam que a maioria da população deseja eleições diretas. 

Diante de cenários com bem menos elementos, os ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff tiveram que enfrentar multidões que foram às ruas do Brasil para pedir suas cabeças.

Por que então Michel Temer, que foi gravado em uma conversa comprometedora com um empresário e amarga popularidade de apenas 7% (segundo último levantamento do Datafolha) não está sofrendo com grandes protestos tal como ocorreu com seus antecessores?

Temer enfrentou em seu governo algumas manifestações convocadas por centrais sindicais contra as reformas ou concentrações de apoio à Lava Jato. Mas todas as iniciativas tiveram adesão que ficou longe dos números registrados ao longo de 2015 e início de 2016. Uma greve geral organizada no final de junho acabou sendo um evento esvaziado, mesmo após a apresentação da denúncia criminal contra o presidente. Mais de 2.500 policiais foram convocados para acompanhar manifestantes em Brasília, mas pouca gente apareceu. 

O mesmo se repetiu nos dias do julgamento da Chapa Dilma-Temer pela Justiça Eleitoral, no julgamento pelo Supremo sobre a permanência de Edson Fachin como relator da delação da JBS e após a divulgação do fim da força-tarefa da Polícia Federal em Curitiba que se encarregava dos casos da Lava Jato.

Fadiga?


O silêncio das ruas tem chamado a atenção da imprensa internacional. O jornal Süddeutsche Zeitung, da Alemanha, chegou a publicar em junho que é "surpreendente que não haja milhões nas ruas para exigir a saída de Temer.” Sensação de "fadiga” e "apatia” foram algumas das palavras usadas por jornais estrangeiros para explicar a passividade das ruas diante dos escândalos e da insatisfação com o governo. (...)

2 comentários:

  1. Todo aquele povo nas ruas usando suas camisas amarelas ou em seus prédios batendo panelas, sem dúvida estavam sendo manipulados. O povo brasileiro não se importa com seu pais e tão pouco com a classe mais sofrida. Gostam mesmo de serem feitos de patos, de bobos e de massa de manobra. Fico pensativa quando vejo um assalariado defendendo a todo vigor esse governo de empresários e abastados...

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  2. Todo aquele povo nas ruas usando suas camisas amarelas ou em seus prédios batendo panelas, sem dúvida estavam sendo manipulados. O povo brasileiro não se importa com seu pais e tão pouco com a classe mais sofrida. Gostam mesmo de serem feitos de patos, de bobos e de massa de manobra. Fico pensativa quando vejo um assalariado defendendo a todo vigor esse governo de empresários e abastados...

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