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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

7 DE SETEMBRO: INDEPENDÊNCIA OU MORTE!


Geralmente a História do Brasil que aprendemos nos livros didáticos é cheia de fantasias, com príncipes encantados, carruagens, belos cavalos e heróis. Se estudarmos um pouco mais a fundo veremos que a realidade era bem diferente. A História da Independência do Brasil é uma que está carregada de fantasia e mito.

A História mostra o Grito de Independência do Brasil como um momento apoteótico onde D. Pedro em trajes de gala, montado em seu cavalo ergueu sua espada e declarou a independência. Um historiador anônimo conta que quando D. Pedro I recebeu a carta com o ultimato da Coroa Portuguesa estava comendo uma feijoada na casa de uma de suas amantes em Santos. Sua montaria era uma mula - único animal capaz de resistir as íngremes ladeiras de Santos. Também não estava em trajes de gala. Vestia calças folgadas de montaria e camisa de algodão apropriada para o calor da época. Ficou muito perturbado com o conteúdo da carta e apressou a viagem com sua comitiva. No meio do caminho foi acometido por uma terrível dor de barriga e parou as margens do Rio Ipiranga para se aliviar. Quando terminou gritou para a intendência: papel! Os soldados nervosos reviraram a carroça de suprimentos e não encontraram o papel para D. Pedro se limpar. D. Pedro muito nervoso, após pedir por três vezes, se levantou com as calças entre as pernas, retirou sua espada da bainha, ergueu e gritou: "essa intendência é de morte!" Os soldados entenderam outra coisa e gritaram: "Independência! Independência!" Quando D. Pedro percebeu o engano já era tarde demais. Os soldados já estavam lhe abraçando e parabenizando pelo feito. 

Na verdade a Independência do Brasil começou a ser construída muito antes de 7 de setembro de 1822. Podemos afirmar que se iniciou graças a Napoleão Bonaparte quando ameaçou invadir Portugal. D. João VI se acovardou e preferiu fugir para uma colônia distante do que enfrentar a esquadra napoleônica. Para essa fuga, teve que contar com o apoio e a proteção dos ingleses, e para isso fez um pacto onde o principal ponto seria a abertura dos portos brasileiros as nações amigas da Inglaterra.

Em março de 1808 a Família Real aportou de mala e cuia no Rio de Janeiro inaugurando assim uma nova era para o Brasil. De uma simples colônia sem importância que até então servia apenas para enviar degredados (bandidos perigosos que eram punidos com a pena do degredo e eram enviado para os confins do mundo) e de onde a Coroa Portuguesa extraia matéria-prima, passou a categoria de Reino Unido de Portugal.

Com a chegada da Família Real vieram também toda a infra estrutura que a nobreza iria precisar: bibliotecas, obra de artes, artistas famosos, instrumentos, ferramentas, além de muito dinheiro foram trazidos para atender as necessidades da corte. Muitos moradores foram obrigados a abandonar suas casas para servir de moradias para os funcionários da corte, o que causou muita insatisfação na época. O curioso é que alguns gostavam e até ofereciam suas residências na esperança de receber algum mimo da nobreza.

Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro “grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.

Em 1821 D. João VI é obrigado a retornar a Portugal e deixa seu filho D.Pedro I para assumir seu trono. Com o acirramento da crise econômica cresce no Brasil o sentimento de independência. As elites pressionam D. Pedro para que se livrasse dos abusos e exploração da Coroa Portuguesa. Sem saída, D. Pedro se vê obrigado a atender algumas reivindicações do movimento de independência.

Insatisfeito com as decisões do filho aqui no Brasil, D. João ordena que D. Pedro se submeta a uma série de sanções e retorne imediatamente para Portugal deixando o Brasil sob o comando de uma junta administrativa formada pelas cortes. D. Pedro ficou envaidecido com um abaixo assinado recebido onde a elite política pediu para que ele ficasse. Em 9 de janeiro de 1822 ele anunciou sua permanência no Brasil ficando conhecido esse dia como o dia do FICO. 

Consta que D. Pedro estaria viajando pela região litorânea de Santos quando recebeu uma carta de Portugal com um ultimato. Ou acataria as ordens do Rei ou o Brasil seria invadido pelas tropas portuguesas. Num gesto de rebeldia contra sua própria família D. Pedro ergueu sua espada às margens do Rio Ipiranga e bradou o Grito de Independência. "Ou Independência ou Morte!" Isso ocorreu no dia 7 de setembro de 1822. Esse foi um ato isolado e que o povo só ficou sabendo muito tempo depois.

O fato é que até hoje estamos lutando de alguma forma pela nossa independência. No seu ponto de vista o Brasil é independente?

4 comentários:

  1. Inadmissível que o governo faça abertamente propaganda de suas realizações e feitos, como foi hoje noticiado na rádio Arara Azul, às 11hs da manhã, com direito, inclusive à entrevista do senhor Secretário de Saúde, em que este se fartou em discorrer sobre as obras e serviços da atual administração, em flagrante desrespeito à Legislação Eleitoral. O referido agente público deveria saber que a Administração Municipal tem o dever legal e constitucional de atender ao interesse público e que é vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades. Cabe, contudo, aos interessados acionar o TRE para coibir práticas abusivas.

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  2. Sem independência, o que vivenciamos (não sem resistência popular) é a morte da jovem democracia brasileira, decretada por uma elite corrupta e escravagista.
    Abaixo o golpe. Fora Temer e toda a corja golpista!
    E viva o Brasil livre das hienas!

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  3. Eles pensam que aqui tudo pode. Esses "administradores" têm que ser punidos na forma da Lei, visto que que a Administração Pública deve e tão somente atender ao interesse da coletividade e não ser uma extensão de suas empresas e nem de seus negócios particulares.

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  4. Parauapebas é uma cidade dependente de tudo... da Vale (sempre foi e nao mudou em nenhuma gestão), de Marabá (precisa de Receita Federal, INCRA, Policia Federal, IBAMA, FUNAI, Exercito, só Marabá...), de Belém, enfim... Parauapebas nao é independente

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