O DESTINO DO PREFEITO VALMIR ESTÁ NAS MÃOS DO PT

Com a operação Terremoto (ou Filisteus) muitos estão perguntando até quando o prefeito Valmir vai continuar no comando de Parauapebas. A população esperava que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) fosse chegar aqui e levar o prefeito num camburão e que seu mandato fosse imediatamente cassado pelo Juiz. Muita calma nessa hora! O buraco é mais em cima.

Se o Ministério Público quisesse, esse seria o fim do governo Valmir. Na minha opinião, o procurador Nelson Medrado até queria e tinha motivo de sobra para isso. No fundo, ele ponderou e resolveu levar o processo para outra frente mais segura. Ele que não é bobo, sabe como a justiça funciona aqui no Pará. Se fosse em outro município, tudo seria mais fácil, mas estamos falando do município mais rico do Pará, onde o prefeito conta com a proteção do governador Simão Jatene. Portanto, mesmo que se prendesse e afastasse o prefeito imediatamente, a chance dele conseguir um habeas corpus e uma liminar lhe devolvendo o cargo seria muito grande. Eu diria, enooooorme. Não faltará um juiz ou desembargador que lhe conceda esse benefício com um argumento tirado da cartola.

Não estou querendo jogar um balde de água fria nesse processo e nem induzir o povo a desacreditar na justiça. Pela minha análise, o Ministério Público está apenas sendo cauteloso e amarrando todas as possibilidades do Valmir e seus comparsas se safarem dessa. O Nelson Medrado deve estar preparando o processo de tal forma que nem um juiz tenha argumento para desfazer sua decisão.

Com essa cautela necessária, o Valmir pode ser afastado do cargo nesses próximos 15 dias, ou poderá terminar o seu mandato. Isso é f... não é? O povo poderá ter que continuar assistindo nosso município sendo dilapidado até dezembro de 2016, e se bobear o Valmir ainda será um forte candidato a reeleição. Mas calma! Ainda há uma solução. O prefeito poderá ser afastado e cassado imediatamente desde que...

Dois vereadores. É tudo que o povo precisa.

O grupo de oposição chegou a ser maioria na câmara com a formação do G-8. Pena que durou tão pouco. Lembram da jogada que tirou o João do Feijão da câmara e transformou-o no "poderoso" secretário de esportes? Pois é. Mesmo cambaleante, mesmo vacilante, o G-7 continua sendo oposição. Bastariam mais dois vereadores para mudar o jogo e resolver essa pendência rapidinho e interromper essa agonia do nosso povo. 

Quem seriam esses vereadores? A resposta é óbvia. O PT não proclama aos quatro ventos que é oposição a esse "desgoverno"? Então está na hora de demonstrar isso na prática. Falar que é oposição e manter dois vereadores defendendo com unhas e dentes o Valmir não vale. O partido não tem moral para se declarar oposição se não é capaz de unificar sua bancada em torno do seu projeto. Fazer discurso contra a corrupção e manter dois vereadores fugindo de CPI's e dando sustentação ao Valmir é acender uma vela para Deus e outra para o diabo.

Euzébio e Miquinha (PT) são os fiéis da balança. Se o PT exigir que os dois se comportem na prática como oposição, o G-7 passa a ser G-9. Assim, pelo menos mais um vereador pulará do barco e será G-10. Na prática, bastaria um vereador para a oposição voltar a ser maioria. Se 8 é bom, 10 seria melhor. Nesse contexto, o Valmir seria cassado imediatamente e a população voltaria a acreditar nos seus políticos.

Se a câmara dos vereadores agissem com respeito ao povo, não deixaria o prefeito no comando nem mais um dia. Teria autoridade e legitimidade para isso e, ainda contaria com o apoio do Ministério Público. Mas... duvido que nossos edis se achem limpos o bastante para isso. 

Vamos esperar para ver qual será a atitude do Partido dos Trabalhadores, o único que tem o poder de interromper de imediato o mandato do Valmir. Façam suas apostas.