VEREADOR EUZÉBIO GANHA A CHEFIA DE GABINETE DO VQM DE PRESENTE

Euzébio (PT?) tentou, tentou, insistiu, insistiu, perseverou, foi paciente até que conseguiu o que nem a Gláucia (primeira dama em exercício) conseguiu: colocar o seu amado mestre e protetor num cargo de primeiro escalão do Palácio Cinzento. A amiga Gláucia vinha tentando isso desde o início do mandato e sempre esbarrava nos caprichos e insegurança do velho alcaide. O Euzébio foi mais competente e usou as armas certas para seduzir o Valmir e ganhou mais esse round.

Wanterloo Bandeira sempre rondou o poder e nutria um forte desejo de se apossar de uma fatia do "pobre" orçamento do palácio. Sempre batia na trave. Na verdade o Valmir nunca confiou nele e apenas usava-o a seu bel prazer. Esse prazer acabou quando o esperto velho percebeu o risco que corria em manter o moço por perto e com tanta intimidade com seu círculo mais próximo. Deixou-o no ostracismo e transformou-o uma figura não grata no gabinete (segredos de alcova). Ele chegou até a ser anunciado como secretário de administração em substituição a Leudicy Leão e até comemorou nas redes sociais. Mais uma vez descobriu que foi blefe. O chefe queria apenas brincar. Isolado e esculachado do Palácio Cinzento foi resgatado pelo seu pupilo Euzébio Rodrigues que fez um acordo com o Brás - se absteve junto com Miquinha da eleição da mesa - e deu-o de presente o cargo de diretor da câmara.

Euzébio queria mais. Queria por tudo colocar seu querido guru dentro do palácio, e, pela porta da frente. Ficou na espreita aguardando o momento certo para dar o bote. Eis que aparece a grande chance: Valmir estava bem perto de ser afastado pela câmara. O PT já tinha garantido os dois votos que faltavam (Miquinha e Euzébio) e até fez um esboço de resolução orientando a bancada a votar a favor do afastamento do Valmir. Quem conhece o Valmir de perto sabe que quando ele está sob apuros, fica frágil e suscetível. É capaz de entregar tudo, de dar o anel para não perder a cabeça (não seria os dedos?). Esse foi o momento ideal para o Euzébio, como um bom baiano dar o golpe de mestre. Pimba! Ontem, 30 de setembro o pobre Mariano teve que engolir seu orgulho, sua cisma, sua dignidade e nomear o Wanterloo Bandeira como chefe de gabinete, uma espécie de primeiro ministro do Palácio Cinzento. Eu não falei que setembro seria mês de turbulência para o governo? Aqui começa uma história que vai causar muito estrago (ainda mais) na vida política e pessoal do prefeito.

Como esse golpe foi possível? No dia em que o pedido de afastamento do Valmir seria aprovado com 11 votos na câmara, o Euzébio junto com Wanterloo articulou para tirar da sessão 4 vereadores: o próprio Euzébio, Miquinha, Bruno e Barrão.

Mulher de malandro gosta de apanhar?

Se o escritor Nelson Rodrigues tivesse vivo, era quase certo que escreveria uma crônica picante sobre a relação entre Euzébio e Wanterloo. Euzébio tem uma característica muito peculiar aos sado-masoquistas. Uma espécie de amor doentio pelos seus algozes e desprezo por quem lhe ajudou. Quer um exemplo? A pessoa que foi a grande responsável pelas três eleições do Euzébio, sem a qual ele jamais seria vereador nem em sonho, é solenemente ignorada e desprezada. O vereador só procura essa pessoa e só dá ouvidos às vésperas de eleições. (Preservo o nome em respeito a essa pessoa).

Por outro lado, o Euzébio passou a idolatrar o Wanterloo após ser agredido, humilhado e execrado por ele. Numa ocasião, quando se dava uma disputa pelo diretório do PT, o Wanterloo chegou a dar um tapa na cara do Euzébio e humilhou-o na frente de todos. Passou a ridicularizá-lo em redes sociais e o adjetivo mais leve que usava contra ele era puxa-saco. Quando Euzébio se tornou presidente da câmara, tirou o Wanterloo da lama e entregou todo o esquema da câmara para ele operar. Daí pra cá, os dois não se deixaram mais e vivem numa relação de amor eterno. 

Wanterloo Bandeira é o quarto chefe de gabinete do Valmir Mariano e não será o último. Vamos ficar de olhos abertos para acompanhar a história mais picante e emocionante do palácio cinzento. E que Deus nos proteja.