Por Antonino Brito*
Nesta segundona, feriado, fui
convidado por minha companheira a irmos ao shopping,depois de assegurar que ela
pagaria o Chopp, aceitei o convite. Duas
horas depois saímos com a sensação de estarmos sendo enganados pela mídia
nacional que diz manhã, tarde e noite que estamos na maior crise de todos os
tempos no Brasil. Constatamos isto ao vermos enormes filas no cinema, na
pastelaria, no Giraffas e nas Americanas. A praça de alimentação lotada e gente
de pé esperando um banco. Pretos, brancos, crianças, jovens e adultos, juntos,
divertindo-se e aparentemente felizes.
A grande mídia nacional (leia-se
Globo, Band, Record, Veja, Época, Isto É, Estadão) refere-se ao Brasil em
publicações e seus programas “jornalísticos e de entretenimento”, como o país
da desesperança, o país dos corruptos, o país de babacas e insuflam a população
a uma cruzada épica contra a corrupção. O que não dizem à sociedade é que
escondem informações importantes e manipulam noticias para proteger seus
aliados, anunciantes e assim manter sua postura de guardiã da moral nacional
enquanto seus donos figuram na Forbes entre as maiores fortunas do mundo.
Algumas constatações que falam por si
mesmas sobre o PIG (Partido da Imprensa Golpista)
*Segundo a grande mídia nacional o
Brasil é o país mais corrupto do mundo e o governo federal atual junto a um
partido politico são os pais desta corrupção. Segundo organismos internacionais
de combate a corrupção, o Brasil tinha um alto índice de corrupção, uma endemia
que era escondida embaixo do tapete, e que nos dias atuais com o fortalecimento
dos organismos internos de controle dos gastos públicos, o país destaca-se
sendo um dos principais combatentes na luta mundial contra a corrupção.
*A revista VEJA publicou matéria
de capa afirmando que o senador Romário tinha sete milhões de dólares em conta
não declarada na Suíça. Romário foi à Suíça e comprovou que não tinha esta
conta fantasma. Está processando a VEJA e pedindo 10 vezes este valor por
calunia e difamação, danos morais. A VEJA publicou em poucas linhas um pedido
de desculpa. A justiça Suíça entregou a PGR documentos que comprovam que
Eduardo Cunha tem conta não declarada na Suíça com cinco milhões de dólares. A
veja além de não ter achado a conta que existia do Cunha, não publicou nada
sobre o assunto.
*A revista ISTO É premiou o
prefeito de Parauapebas com a comenda da “sustentabilidade financeira”. Poucos
dias após o recebimento do prêmio, a justiça bloqueou as contas da prefeitura
por irregularidades na administração das finanças publicas.
Reconhecer que o Brasil passa por uma
crise econômica, muito disso em função de ser um país expoente no mundo
globalizado, sem dúvida, é o óbvio. Os principais países com alguma importância
no cenário econômico atual passam por uma das mais graves crises jamais vista.
Basta olharmos o que acontece na Grécia, Portugal e
Espanha para termos uma noção de que o que acontece aqui no Brasil não é uma
crise isolada, fruto da incompetência do governo como essa mídia quer fazer
parecer. Não deveria ser mérito de “alguns iluminados”, entender a crise, e sim
da maioria consciente da sociedade, que hoje, com conhecimento e liberdade para
se posicionar, encontrar os problemas e trabalhar na busca de soluções, sem
partir para o extremismo, valorizando e respeitando sempre a democracia, a
liberdade de ação, expressão, religião e opinião. Sem jamais querer voltar a
tempos sombrios em que opinar sobre os rumos de nossas vidas era prerrogativa
de poucos que se intitulavam e agiam como donos do país e de seu povo.
Em conversa recente com amigos, disse a
estes que crises são uma constante em qualquer sociedade, grupos econômicos,
países e sempre haverá perdedores e ganhadores, que a vida não acaba com esta
crise - mais politica do que econômica - que vivemos. Mesmo as economias mais
sólidas tem seus ciclos de crise e de bonança. É impossível para qualquer nação
que vive a realidade da globalização viver permanentemente na crista da onda,
na estabilidade financeira. Em resumo, na maioria das vezes as crises são oportunidades
para nos tirar do comodismo e da nossa zona de conforto e extrair o que há de mais
criativo em nós. É como uma carroça com abóboras: depois das dificuldades, solavancos
e buracos as aboboras se ajeitam.
*Assessor parlamentar na Câmara Municipal de Parauapebas
Ao anônimo que se identificou como "asno", até recomendaria reler o texto do Antonino. Mas não vai adiantar nada mesmo! Você continuaria sem entender. Na próxima peço ao Antonino para desenhar.
ResponderExcluirMuito boa Antonino. O pior é que tem alguns (nem vou dizer gente) que acham que abóboras só servem para engordar os porcos.
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