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sábado, 17 de outubro de 2015

COLUNA DO LEITOR - ABÓBORAS.

   Por  Antonino Brito*

         Nesta segundona, feriado, fui convidado por minha companheira a irmos ao shopping,depois de assegurar que ela pagaria o Chopp, aceitei o convite. Duas horas depois saímos com a sensação de estarmos sendo enganados pela mídia nacional que diz manhã, tarde e noite que estamos na maior crise de todos os tempos no Brasil. Constatamos isto ao vermos enormes filas no cinema, na pastelaria, no Giraffas e nas Americanas. A praça de alimentação lotada e gente de pé esperando um banco. Pretos, brancos, crianças, jovens e adultos, juntos, divertindo-se e aparentemente felizes.

          A grande mídia nacional (leia-se Globo, Band, Record, Veja, Época, Isto É, Estadão) refere-se ao Brasil em publicações e seus programas “jornalísticos e de entretenimento”, como o país da desesperança, o país dos corruptos, o país de babacas e insuflam a população a uma cruzada épica contra a corrupção. O que não dizem à sociedade é que escondem informações importantes e manipulam noticias para proteger seus aliados, anunciantes e assim manter sua postura de guardiã da moral nacional enquanto seus donos figuram na Forbes entre as maiores fortunas do mundo.

      Algumas constatações que falam por si mesmas sobre o PIG (Partido da Imprensa Golpista)
 

*Segundo a grande mídia nacional o Brasil é o país mais corrupto do mundo e o governo federal atual junto a um partido politico são os pais desta corrupção. Segundo organismos internacionais de combate a corrupção, o Brasil tinha um alto índice de corrupção, uma endemia que era escondida embaixo do tapete, e que nos dias atuais com o fortalecimento dos organismos internos de controle dos gastos públicos, o país destaca-se sendo um dos principais combatentes na luta mundial contra a corrupção.

*A revista VEJA publicou matéria de capa afirmando que o senador Romário tinha sete milhões de dólares em conta não declarada na Suíça. Romário foi à Suíça e comprovou que não tinha esta conta fantasma. Está processando a VEJA e pedindo 10 vezes este valor por calunia e difamação, danos morais. A VEJA publicou em poucas linhas um pedido de desculpa. A justiça Suíça entregou a PGR documentos que comprovam que Eduardo Cunha tem conta não declarada na Suíça com cinco milhões de dólares. A veja além de não ter achado a conta que existia do Cunha, não publicou nada sobre o assunto.

*A revista ISTO É premiou o prefeito de Parauapebas com a comenda da “sustentabilidade financeira”. Poucos dias após o recebimento do prêmio, a justiça bloqueou as contas da prefeitura por irregularidades na administração das finanças publicas.

       Reconhecer que o Brasil passa por uma crise econômica, muito disso em função de ser um país expoente no mundo globalizado, sem dúvida, é o óbvio. Os principais países com alguma importância no cenário econômico atual passam por uma das mais graves crises jamais vista. Basta    olharmos o que acontece na Grécia, Portugal e Espanha para termos uma noção de que o que acontece aqui no Brasil não é uma crise isolada, fruto da incompetência do governo como essa mídia quer fazer parecer. Não deveria ser mérito de “alguns iluminados”, entender a crise, e sim da maioria consciente da sociedade, que hoje, com conhecimento e liberdade para se posicionar, encontrar os problemas e trabalhar na busca de soluções, sem partir para o extremismo, valorizando e respeitando sempre a democracia, a liberdade de ação, expressão, religião e opinião. Sem jamais querer voltar a tempos sombrios em que opinar sobre os rumos de nossas vidas era prerrogativa de poucos que se intitulavam e agiam como donos do país e de seu povo.

       Em conversa recente com amigos, disse a estes que crises são uma constante em qualquer sociedade, grupos econômicos, países e sempre haverá perdedores e ganhadores, que a vida não acaba com esta crise - mais politica do que econômica - que vivemos. Mesmo as economias mais sólidas tem seus ciclos de crise e de bonança. É impossível para qualquer nação que vive a realidade da globalização viver permanentemente na crista da onda, na estabilidade financeira. Em resumo, na maioria das vezes as crises são oportunidades para nos tirar do comodismo e da nossa zona de conforto e extrair o que há de mais criativo em nós. É como uma carroça com abóboras: depois das dificuldades, solavancos e buracos as aboboras se ajeitam.



*Assessor parlamentar na Câmara Municipal de Parauapebas

2 comentários:

  1. Ao anônimo que se identificou como "asno", até recomendaria reler o texto do Antonino. Mas não vai adiantar nada mesmo! Você continuaria sem entender. Na próxima peço ao Antonino para desenhar.

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  2. Muito boa Antonino. O pior é que tem alguns (nem vou dizer gente) que acham que abóboras só servem para engordar os porcos.

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