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domingo, 11 de outubro de 2015

A derrota de Cunha é a derrota de Moro, da Lava Jato e da mídia.

Uma excelente leitura para oxigenar o cérebro e não se tornar um "bobo útil", do tipo que sai repetindo bordões e clichês.

Por: Paulo Nogueira

Agora vai ser difícil rir
Agora vai ser difícil rir
O grande azar de Cunha foi ter ficado ao alcance de quem não está sob seu domínio nem de seus amigos e aliados: a Suíça.
Foi o mesmo azar de Marin.
No Brasil, Cunha permaneceria impune como sempre aconteceu nestes anos todos de uma carreira obscura e cheia de acusações de delinquência.
Nem Moro e nem a Polícia Federal têm alguma ação sobre tipos como Cunha.
Isso mostra a face real do combate à corrupção que se trava no Brasil da Lava Jato.
Quem acredita nos propósitos redentores dessa cruzada demagógica acredita em tudo.
O alvo é um, e ele não inclui figuras como Cunha ou Marin.
Isso significa que, passado o circo da Lava Jato, nada de efetivo terá mudado – a não ser que se alterem profundamente a estrutura de fiscalização a roubalheiras no Brasil de forma que fiquem desprotegidos os plutocratas e amigos seus como Cunha.
O episódio deixa também exposta a imprensa.
O que ela fez para investigar Cunha nestes anos todos, e sobretudo nos últimos meses quando ele acumulou um poder extraordinário no Congresso graças a seu gangsterismo?
Nada. Nada. Mais uma vez: nada.
Não por inépcia, ou não por inépcia apenas. Mas por má fé, por desonestidade.
Cunha era aliado, porque significava um ataque permanente ao governo Dilma.
E aos aliados a imprensa não cobra nada. Veja como Aécio tem sido tratado. Como ele escapou de ser sequer citado como amigo de Perrela no caso (abafado por jornais e revistas) do helicóptero de meia tonelada de pasta de cocaína.
A derrota de Cunha frente às autoridades suíças é, também, a derrota de Moro, da Lava Jato e da imprensa, não necessariamente nesta ordem.
Tanto estardalhaço nas prisões dos suspeitos de sempre, e tanta permissividade em relação a tipos como Eduardo Cunha.
É preciso destacar também o papel patético, nesta história criminosa, do PSDB.
Já eram cabais as evidências contra Cunha e seus líderes, num universo paralelo, diziam que era preciso dar a ele o benefício da dúvida.
Este benefício jamais foi dado a ninguém fora do círculo de interesses do PSDB.
É uma demonstração incontestável de que a lengalenga anticorrupção do PSDB é a continuação da mesma estratégia golpistas que matou Getúlio e derrubou Jango.
É a velha UDN de Lacerda ressuscitada nos tucanos.
Na condição de morto vivo, ou morto morto, Eduardo Cunha cala sobre o que deveria ser dito – a questão das contas – e tagarela sobre o que é ridículo dizer.
Ele está se fazendo de vítima. Diz que está sendo perseguido pelo governo e pelo PT.
Não foi ele que roubou, não foi ele que barbarizou, não foi ele que criou contas secretas expostas pelas autoridades suíças: é o PT que está perseguindo.
A isso se dá o nome de doença.
É preciso louvar, por último, o papel de Janot.
Fosse nos tempos de FHC com seu engavetador geral, sabemos onde ia dar o dossiê dos suíços.
Na gaveta.

4 comentários:

  1. Agora é esperar e confiar. Se isso não der em nada, vamos ter que jogar a toalha e acreditar que o crime compensa, que é uma questão de oportunidade. Deus nos livre!

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  2. Que Cunha é bandido isso é inegável. Concordo com Ciro Gomes quando diz que Cunha é o maior de todos os picaretas.

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  3. O bloger não é um bobo útil mas repetiu bordões também, como "engavetador geral"
    clicê como estratégia golpista que matou Getúlio e Jango, mas esquece de dizer do impeachment de Color que o PT protagonizou, concebido no mesmo modus operandi de agora.
    Se estamos órfãos de Lideres, o Aécio não é o ideal. No PMDB temos somente ienas ávidas por poder. Nos outros partidos de oposição sumiram as vozes idealistas, deixando para nós o "benefício da dúvida": Será que têm culpa no cartório? ou melhor na Lava a Jato?

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  4. ja pensou o prefeito de Parauapebas, e alguns da câmara em brasiliua unidos com os do lavba jato, ja tinha negociado a amazonia. TA LI GADO

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