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quinta-feira, 18 de julho de 2013

UM GUERREIRO CHAMADO LUIS

Estou aqui em Natal de férias e enquanto dou uma olhada no Face me deparo com a lamentável notícia da morte por afogamento do meu amigo Professor Luis Magno. Fiquei chocado e estarrecido com tal notícia. Automaticamente lembrei-me quando fui convidado pelo então secretário de educação -Coronel Hernani - para assumir a Gerência da Educação Rural de Parauapebas. Tinha o direito a nomear dois técnicos para me auxiliar. Não foi preciso pensar muito: escolhi o Luis Magno e a Professora Sandra (que também já morreu por complicação no parto).
O Luis Magno era aquela figura que todos queriam ter como colaborador. Muito competente, humilde e de uma incrível disponibilidade. Um grande coração! Não tinha tempo ruim: de dia ou de noite, fim de semana, com chuva ou sol. O Luis estava sempre pronto com disposição e felicidade. Era um cara desses que é raro de se encontrar nos dias de hoje.
Se é que morreu mesmo -ainda não acredito- fique em paz. Homens como você não morrem. Apenas descansam enquanto assistem e incentivam outros a continuarem sua luta.
Sua principal lição: a humildade abre portas.
Muita luz e conforto aos seus familiares.

2 comentários:

  1. Eu também tive a honra de trabalhar com o Luis na escola Carlos Henrique. Realmente foi uma perda lastimável. Parabéns pela justa homenagem.

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  2. Quando cheguei em Parauapebas para trabalhar como professor no Ensino Fundamental, em 2001, fui convidado a trabalhar como professor de Português (mesmo não sendo formado em Letras) na Escola Carlos Henrique - no Bairro da Paz. Optei pelas turmas de 6ª série, por ser um período intermediário na formação dos adolescentes e também por eu ter um certo domínio deste conteúdo de formação. Quis saber quem era o professor da 7ª série, ou seja, quem daria continuidade à formação dos "meus" alunos no ano seguinte. Fui então apresentado ao professor Magno (Luis Magno).
    Foi empatia imediata e logo nos tornamos amigos. Um dia escrevi um poema (Conversão - Entre a Cruz e a Espada) e dei uma cópia pro Magno. No dia seguinte, na escola, ele me disse que passou a noite refletindo sobre o meu poema e chegou à conclusão de que eu tinha escrito sobre um pouco da sua história - eu ainda não conhecia as suas dificuldades (...) e a partir daí nos tornamos mais próximos (como dois irmãos que acabam de se conhecer).
    Quando o Magno foi cursar a Faculdade de Letras em Conceição do Araguaia eu fui um dos seus incentivadores e tive a grata satisfação de, em dois momentos, contribuir com os seus trabalhos acadêmicos - e ele sempre se sentia grato por isso.
    A última conversa que eu tive com o Magno foi no COMEPA (Conselho Municipal de Educação) em meados de 2012, quando ele veio trazer a documentação da Escola Benedicto Monteiro, de onde ele era diretor. Na oportunidade conversamos sobre trabalho, família e expectativas. Ele fez uns desabafos e ficamos de voltar a conversar - foi realmente a última vez.
    A notícia da sua (trágica) morte não me deixou somente chocado; fiquei também chateado, porque "os bons sempre morrem jovens" (como cantou o também saudoso Renato Russo).
    Mas fica uma certeza: nós perdemos um amigo, um companheiro, um educador e, acima de tudo, um ser humano sem igual. Falo porque o conheci; e agora tenho clareza de que estas coisa temos que falar para as pessoas em vida - enquanto vivemos.
    Para o meu irmão que se foi, vá em paz e tenha o seu merecido descanso.
    Para os seus familiares, muita força e muita luz.
    Para todos nós, eternas saudades.
    José Orlando Zelão Vieira Reis.

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