ERA UMA VEZ...
Recebi esse conto de um leitor que
não quis se identificar. Achei bem interessante e resolvi publicar nesse
espaço. Espero que gostem. Se tiver algum é só mandar para o e-mail luizvieira.45.lv@gmail.com. Após
análise e moderação terei o maior prazer de compartilhar com os leitores desse
Blog.
Era uma
vez, uma cidade do interior do Pará, não se sabe ao certo qual. Não obstante,
alguns acreditam que era um lugar muito rico em minério.
Tamanha
riqueza não lhe propiciava, em mesma proporção, entretenimento para seus
moradores.
Mas havia
muita gente boa na cidade, homens de grandes ideias. Dentre eles, um que tinha
muito poder, e até se preocupava com o bem-estar de todos. Queria propiciar
alegria para o povo, mas não sabia como.
Um dia,
ao acordar de uma gostosa noite de sono, lá pras dez e meia da manhã, ao sentar
diante do seu banquete matinal, teve uma ideia genial: ele próprio construiria
um lugar para entreter o seu povo.
Nada mais
justo do que usar o dinheiro público para fazer bem à coletividade, pensou.
Faltava-lhe, porém, um sócio. Projeto de tamanha grandeza não poderia ser
executado só.
Como um
anjo vindo do céu, lhe apareceu um executivo que topou pôr a ideia em prática.
E já até tinha como começarem: o sócio tinha um enorme terreno para darem o
pontapé inicial ao empreendimento. Faltava o dinheiro, o que não seria problema
para o dono da ideia, homem tão poderoso, que controlava um orçamento
gigantesco do Poder Legislativo da cidade.
Uma
quantia irrisória fora tirada da gaveta do benfeitor, cem mil reais, e entregue
ao futuro sócio. Feito isto, começaram a esmiuçar o plano. Divergiam de que
deveria consistir o gênero do clube.
O
executivo queria que fosse um centro de lazer para a elite; o autor da ideia
pensava em popularizar o ambiente, e sonhava além: queria transformar o recinto
num lugar para se praticar Umbanda ou mesmo Olodum.
A reunião
de discussão do projeto terminara sem sanarem o impasse. Marcaram para o dia
seguinte um encontro para resolverem “um probleminha tão simples”. O mais
importante para o momento seria começarem a construção. Despediram-se.
No dia
seguinte o autor da ideia estava ansioso, feliz com o seu empreendimento que
seria capaz de fazer o seu povo divertir-se. Mas na hora marcada para o
encontro, seu sócio não apareceu. Também não lhe atendeu as milhares de
ligações. Sumiu com os cem mil reais. Não lhe deu nenhuma explicação.
Mas foi
gentil a ponto de mandar um recado: diga àquele moço que eu desisti de
prosseguir no empreendimento que ele me propôs. Eu não quero que ele fique
chateado comigo, posto que lhe desejo toda a sorte do mundo. Mas também não
poderei e também não quero devolver os cem mil reais que me adiantara.
E também
lhe mandou uma sugestão: caso ele não concorde comigo, diga a ele que vá à
delegacia me denunciar por ter ficado com o dinheiro. Mas diga a ele que lá, eu
também vou querer que ele explique de onde ele tirou essa quantia.
O autor
da ideia recebeu o recado. Ficou triste, mas nunca deu resposta. O povo da
cidade ficou sem o clube que lhe propiciaria tanta felicidade, e sem os cem mil
reais que saíra de sua conta.
Mas ainda
assim tem muito a comemorar: transformou-se no berço de um dos ditados mais
populares do mundo: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
O Céu e o
Inferno
Observação:
essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade será mera
coincidência.
Epa, isso não é ficção. Eu conheço essa história.
ResponderExcluirchato eh nao saber de quem se trata.. acredito na sinceridade do luiz vieira ele foi nosso secretario.. mas queria saber pelo menos uma pista..rsrs
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