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quinta-feira, 11 de abril de 2013

CEM DIAS DO GOVERNO VALMIR (PARTE II)







TRANSIÇÃO – NOVIDADE EM PARAUAPEBAS

 

            Parafraseando o meu companheiro Lula, nunca houve na história de Parauapebas um processo transitório tão aberto e democrático. Aliás, nunca houve até então transição em Parauapebas. Só recordando, quando o Chico das Cortinas assumiu a prefeitura no lugar de Faisal Salmen, reclamou que até as portas teve que arrombar, pois não recebeu sequer as chaves. Quando a Bel assumiu em 1997 também reclamou das péssimas condições que encontrou o prédio principal e seus anexos. Segundo ela (me lembro muito bem) teve que começar do zero com frota de veículo sucateada, falta de equipamentos e suprimentos mínimos. Em 2005 assume o Darci Lermen e não posso negar, houve um ensaio de transição. A Bel contratou uma ótima consultoria que fez um relatório com informações básicas do seu governo. Chamou o Prefeito eleito com sua equipe e apresentou um calhamaço de papéis e em outras palavras disse: se virem que agora o abacaxi é de vocês.
            Nessa transição, o Darci não encontrou nem prefeitura, pois na primeira chuva de janeiro o prédio ficou alagado; as paredes de madeira tipo aglomerado estava tomada de cupins e a instalação elétrica ameaçava a causar incêndio a todo instante. Foi solicitada uma vistoria do corpo de bombeiros que de pronto interditou o prédio. O Prefeito teve que locar um antigo hotel desativado na Rua E, próximo à portaria para ter uma sede do governo. Dizem as más línguas que a Bel há muito não aparecia na antiga prefeitura. Sem contar com os poucos computadores sucateados, a maioria sem HD’s, almoxarifado vazio, etc. A equipe de governo entrou na prefeitura sem as informações necessárias e teve que contar com as informações dos servidores para iniciar a máquina.
            E a transição do Valmir? Ninguém da sua equipe que tenha um mínimo de honestidade será capaz de negar que houve uma verdadeira transição. Logo após as eleições o então prefeito Darci recebeu  em seu gabinete o prefeito eleito Sr. Valmir Mariano e abriu as portas do palácio dos ventos. Providenciou todo o espaço da Secretaria de Planejamento com toda a infraestrutura para a nova equipe de governo. Tudo foi formalizado com decreto e todo o secretariado do Darci foi orientado a disponibilizar todas as informações possíveis. O prefeito eleito com toda sua equipe teve trânsito livre em todos os órgãos da PMP e tempo suficiente para conhecer a máquina e preparar o plano de administração. Falar que não teve tempo de planejar é uma declaração de incompetência. Aliás, acho que não planejaram mesmo, pois com exceção de uns três nomes, a equipe parecia estar deslumbrada com o palácio e completamente despreparada. O que mais se via era penetra que se identificava como representante do Valmir entrando nas secretarias e ameaçando servidores.
            Eu pessoalmente, como Secretário de Administração na época reuni todos os meus colaboradores servidores públicos e fiz uma palestra sobre como deveriam deixar a casa. Ressaltei a civilidade do processo democrático e pedi que naqueles últimos dias todos trabalhassem com afinco e paixão. Nada de desânimo! A casa deveria estar impecável como se fosse a casa de cada um se preparando para receber uma visita ilustre. Disponibilizei um espaço privilegiado dentro da SEMAD para o futuro secretário Wadir e sua equipe (aliás, queria parabenizá-lo, pois teve inteligência para escolher sua equipe) e no último dia de trabalho -31/12/2012 – reuni com o seu staff técnico e entreguei a secretaria com todas as informações finais. Veja abaixo as fotos desse momento: 

Momento especial da transição SEMAD
Luiz Vieira entrega as chaves da SEMAD ao Secretário Wadir








         É importante ressaltar que Valmir herdou um palácio moderno, bonito, bem conservado que é o principal cartão postal de Parauapebas. Recebeu tudo funcionando na mais perfeita ordem com carros conservados, um parque de informática moderno, internet com o melhor sinal que existe em Parauapebas, almoxarifado abastecido e, o mais importante, deixamos o maior patrimônio que são os servidores preparados, treinados, valorizados e motivados. Dinheiro também não foi problema, pois Darci deixou nos cofres públicos cerca de 200 milhões de reais além de muitas obras quase concluídas e vários contratos e licitações em andamento. A máquina estava nova, moderna e azeitada para a continuidade do trabalho. Portanto, o desmantelo que presenciamos nesses 100 dias de governo é por pura incompetência e inaptidão para o gerenciamento da coisa pública.
            Quero deixar bem claro que não estou aqui fazendo propaganda do Darci. Em outro momento tecerei algumas críticas ao seu governo. Estou me atendo a fatos concretos da transição e se o que eu disse aqui tiver alguma inverdade, podem apresentar que eu publicarei.

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