TRANSIÇÃO – NOVIDADE EM PARAUAPEBAS
Parafraseando
o meu companheiro Lula, nunca houve na história de Parauapebas um processo
transitório tão aberto e democrático. Aliás, nunca houve até então transição em
Parauapebas. Só recordando, quando o Chico das Cortinas assumiu a prefeitura no
lugar de Faisal Salmen, reclamou que até as portas teve que arrombar, pois não
recebeu sequer as chaves. Quando a Bel assumiu em 1997 também reclamou das
péssimas condições que encontrou o prédio principal e seus anexos. Segundo ela
(me lembro muito bem) teve que começar do zero com frota de veículo sucateada,
falta de equipamentos e suprimentos mínimos. Em 2005 assume o Darci Lermen e
não posso negar, houve um ensaio de transição. A Bel contratou uma ótima
consultoria que fez um relatório com informações básicas do seu governo. Chamou
o Prefeito eleito com sua equipe e apresentou um calhamaço de papéis e em
outras palavras disse: se virem que agora o abacaxi é de vocês.
Nessa
transição, o Darci não encontrou nem prefeitura, pois na primeira chuva de
janeiro o prédio ficou alagado; as paredes de madeira tipo aglomerado estava
tomada de cupins e a instalação elétrica ameaçava a causar incêndio a todo
instante. Foi solicitada uma vistoria do corpo de bombeiros que de pronto
interditou o prédio. O Prefeito teve que locar um antigo hotel desativado na
Rua E, próximo à portaria para ter uma sede do governo. Dizem as más línguas
que a Bel há muito não aparecia na antiga prefeitura. Sem contar com os poucos
computadores sucateados, a maioria sem HD’s, almoxarifado vazio, etc. A equipe
de governo entrou na prefeitura sem as informações necessárias e teve que
contar com as informações dos servidores para iniciar a máquina.
E a
transição do Valmir? Ninguém da sua equipe que tenha um mínimo de honestidade
será capaz de negar que houve uma verdadeira transição. Logo após as eleições o
então prefeito Darci recebeu em seu
gabinete o prefeito eleito Sr. Valmir Mariano e abriu as portas do palácio dos
ventos. Providenciou todo o espaço da Secretaria de Planejamento com toda a infraestrutura
para a nova equipe de governo. Tudo foi formalizado com decreto e todo o
secretariado do Darci foi orientado a disponibilizar todas as informações
possíveis. O prefeito eleito com toda sua equipe teve trânsito livre em todos
os órgãos da PMP e tempo suficiente para conhecer a máquina e preparar o plano
de administração. Falar que não teve tempo de planejar é uma declaração de
incompetência. Aliás, acho que não planejaram mesmo, pois com exceção de uns
três nomes, a equipe parecia estar deslumbrada com o palácio e completamente
despreparada. O que mais se via era penetra que se identificava como
representante do Valmir entrando nas secretarias e ameaçando servidores.
Eu
pessoalmente, como Secretário de Administração na época reuni todos os meus
colaboradores servidores públicos e fiz uma palestra sobre como deveriam deixar
a casa. Ressaltei a civilidade do processo democrático e pedi que naqueles últimos
dias todos trabalhassem com afinco e paixão. Nada de desânimo! A casa deveria
estar impecável como se fosse a casa de cada um se preparando para receber uma
visita ilustre. Disponibilizei um espaço privilegiado dentro da SEMAD para o futuro
secretário Wadir e sua equipe (aliás, queria parabenizá-lo, pois teve
inteligência para escolher sua equipe) e no último dia de trabalho -31/12/2012 – reuni com o seu staff técnico
e entreguei a secretaria com todas as informações finais. Veja abaixo as fotos
desse momento:
Momento especial da transição SEMAD |
Luiz Vieira entrega as chaves da SEMAD ao Secretário Wadir |
É importante
ressaltar que Valmir herdou um palácio moderno, bonito, bem conservado que é o
principal cartão postal de Parauapebas. Recebeu tudo funcionando na mais
perfeita ordem com carros conservados, um parque de informática moderno,
internet com o melhor sinal que existe em Parauapebas, almoxarifado abastecido
e, o mais importante, deixamos o maior patrimônio que são os servidores
preparados, treinados, valorizados e motivados. Dinheiro também não foi
problema, pois Darci deixou nos cofres públicos cerca de 200 milhões de reais
além de muitas obras quase concluídas e vários contratos e licitações em
andamento. A máquina estava nova, moderna e azeitada para a continuidade do
trabalho. Portanto, o desmantelo que presenciamos nesses 100 dias de governo é
por pura incompetência e inaptidão para o gerenciamento da coisa pública.
Quero deixar
bem claro que não estou aqui fazendo propaganda do Darci. Em outro momento
tecerei algumas críticas ao seu governo. Estou me atendo a fatos concretos da
transição e se o que eu disse aqui tiver alguma inverdade, podem apresentar que
eu publicarei.
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