Amadorismo, falta de profissionalismo, falta de respeito com os pacientes, funcionários mal humorados e sem preparo, salas de espera lotadas e sem conforto, sujeira, médicos que tem a profissão como um bico ou que atendem em várias clínicas, infra estrutura inadequada... Essa é uma triste realidade da maioria das clínicas de Parauapebas. E a coisa fica pior quando o cidadão recorre aos planos de saúde, principalmente a UNIMED. Se o pagamento for em dinheiro vivo, o atendimento é razoável. Mas se for convênio, aí o bicho pega. A secretária vai olhar a agenda e marcar para daqui a uns trinta dias. E mesmo assim, avisa que o atendimento será por ordem de chegada e o médico só atende três pacientes por dia durante dois dias na semana. Aí você tem que madrugar na fila e contar com a sorte.
No dia 23 de outubro esse Blogger sentiu isso na pele. Depois de três tentativas para realizar um procedimento com um especialista que só atendia nas quintas e sextas na clínica São Sebastião, tive que desistir. A atendente mal humorada me falou que o médico só realizava três procedimentos desse tipo duas vezes por semana, e que eu teria que chegar às seis horas para tentar atendimento. Perguntei porque ela não agendaria. Seria mais racional e humano. Ela fez cara de irritada e disse que esse era a norma do hospital. Fiquei sem entender por que uma coisa tão simples e rotineira como agendamento ainda não era usado por uma clínica em pleno século 21. Do que adianta telefone, internet se as pessoas ainda insistem nas práticas arcaicas? Será que é por incompetência ou é para humilhar os pacientes?
Diante dessa situação absurda resolvi fazer uma enquete no Facebook e para minha surpresa descobri que essa é uma realidade comum em quase todas as clínicas de Parauapebas. Fui pessoalmente constatar que os internautas não estavam exagerando. A realidade ainda é um pouco mais feia do que se pinta. A coisa é tão absurda que muitos internautas falaram que mesmo pagando plano de saúde, preferem o Hospital Municipal. E olhe que nossa saúde pública está em decadência e praticamente falida!
Na pesquisa, somente duas clínicas foram citadas positivamente: o Hospital Yutaka Takeda de Carajás e a Clínica Maria Guimarães no Rio Verde. Posteriormente farei uma pesquisa nessas duas clínicas para descobrir e divulgar o diferencial.
Falta de profissionalismo e falta de concorrência
Diante desse absurdo, fica a pergunta que não quer calar. O que estaria faltando nos hospitais particulares de Parauapebas? Uma internauta que é de Parauapebas e atualmente está estudando em Belo Horizonte falou que ficou espantada quando descobriu que lá se marca tudo pela internet. Por que os administradores das clínicas insistem nessa prática tão arcaica? Será que é por falta de conhecimento? Será que não conhecem ferramentas como telefone, internet? Será que não viajam para ver como funciona em outras cidades? A única conclusão que chego é de que isso é pura falta de profissionalismo, falta de visão. Nossos médicos são bons médicos, mas péssimos administradores. Infelizmente esse problema se espalha também por outras empresas. Constantemente o cidadão é mal atendido e mal tratado no comércio de Parauapebas. O cliente que deveria ser tratado como vip, é atendido como se estivesse recebendo um favor especial.
Outro problema está na grande demanda. Pacientes demais para poucos hospitais. A falta de concorrência leva os maus empresários a tratar o cliente com desdém, com descaso. Sabe que se um não quer a sua clínica, outras centenas não tem alternativa. Além do mal atendimento, não estão investindo na infra-estrutura. Se a Vigilância Sanitária de Parauapebas fosse séria, a maioria dos hospitais seriam interditados imediatamente.
Falta investimento, falta treinamento, falta empreendedorismo, falta inteligência, falta humanização. Sobra falta de respeito.
Luiz. O pior é que as pessoas que prestam serviço em Parauapebas, seja ele qual for, agem como se estivessem fazendo um favor. Um exemplo disso são as garçonetes do Quiosque Brahma no shopping da cidade, quando a gente chama, elas figem que não é com elas. Já passei por situação semelhante a sua no mesmo São Sebastião e também no Hospital das Clínicas de Parauapebas. Falta de preparo dos atendentes, falta de educação e uma falta de interesse pelo que faz. Parecem quem estão fazendo um favor.
ResponderExcluirRenatinho.