Ontem, quarta-feira (29/6), um grupo de perigosos marginais fugidos
do presídio de Pedrinhas – MA chegaram a Parauapebas e escolheram a Escola
Estadual Irmã Dulce para descarregarem sua fúria selvagem. Conseguiram – não se
sabe como – uniformes da escola e, adentraram no recinto disfarçados de
estudantes. No segundo andar, começaram a quebrar as vidraças das janelas e
jogaram os vidros no meio da rua. Quando o coordenador chegou para tentar
descobrir os autores de tal ato, imperou a lei da mordaça: no meio de mais de
300 alunos, ninguém viu nada, ninguém sabia de nada.
Já na saída da escola, começaram a gritar como índios em
guerra e a espalhar os sacos de lixo na rua, deixando um rastro de destruição e
imundice na frente da escola. Além disso, saíram riscando os carros e motos dos
professores com ódio visceral. O vigia assistia a tudo sem nada poder fazer.
A falência da educação pública
Infelizmente a notícia acima é parcialmente falsa. Tudo
aconteceu como descrito, mas não existiu fugitivos de Pedrinhas. Digo
infelizmente, pois seria muito menos doloroso para os educadores saber que sua
escola foi atacada por marginais presidiários. Mas não foi. As cenas e os fatos
descritos acima foram obra dos próprios alunos da escola.
O ato de vandalismo ocorrido no final do terceiro turno da
Escola Irmã Dulce foi obra de adolescentes “normais” que tiveram a oportunidade
de estudar numa escola pública. Suas famílias, geralmente nem imaginam do que
são capazes, e defendem-nos (na maioria das vezes) como sendo pessoas boas que
só saem de casa para a escola ou para a igreja. “Não, eu garanto que meu filho
não é capaz de fazer isso”, diz a pobre mãe incrédula.
Qual o futuro desses jovens? Para que a escola está servindo
na vida deles? Nós que somos professores sentimo-nos impotentes com essa
realidade. A realidade é que não estamos conseguindo educar essa geração devido
às limitações que o Estado nos impõe. Terminamos o primeiro semestre sem que
grande parte dos alunos tivessem disciplinas como Língua Portuguesa, Educação
Física, Filosofia, Artes, Química e outras. No final do ano a escola fraudará os
boletins e inventará notas das
disciplinas que não foram ministradas por falta de professores e tudo seguirá
normalmente. O importante é que o Estado continue fingindo que investe na
educação.
O resultado disso não poderia ser outro: uma geração
completamente despreparada que vão produzir famílias desestruturadas e criar
filhos indisciplinados e sem limites que continuarão vandalizando escolas e
desrespeitando professores, enquanto adoram cantores de funk, galã da Tv e jogadores de
futebol. E os professores? Ah, esses já desistiram do sonho de transformar a
sociedade através da educação já faz um bom tempo.
Dói muito, mas o que fazer? Ser professor virou profissão de risco há muito tempo. O profissional de educação tem que ganhar adicional por insalubridade.
ResponderExcluirDiscordo veementemente qdo este anônimo citar q a profissão d professor virou risco.É lamentável e indisciplinado o que ocorreu n escola irmã dulce.deve ser punido a rigor.Instituições d ensino ñ são áreas d Depredação ou locais pra serem destruídos.A lei é clara destruir patrimônio público é passível de prisão.Sou professor há 20 anos e nunca desistir d ser professor..
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