Por Henrique Branco do seu blog.
Não é de hoje que a postura do PT de Parauapebas é questionada. Desde quando deixou o poder, por conta da derrota nas urnas em 2012, o partido é cobrado em relação a algumas decisões e posturas. A lógica seria que o partido se posicionasse na oposição ao governo e construísse alternativas para retornar ao poder. Muitos afirmam que a referida legenda não assume ou não faz efetiva oposição ao governo do prefeito Valmir Mariano. Na Câmara Municipal são quatro cadeiras, ocupadas por Miquinha, Eusébio, Eliene e Joelma. Quase 1/3 do total de assentos.
Bastaria analisar as sessões que são realizadas todas as terças-feiras na Câmara de Vereadores, em breve pesquisa sobre as votações, percebe-se que os vereadores citados, exceto Eliene Soares, votam sempre favorável aos assuntos ou projetos de interesse do Palácio do Morro dos Ventos. Os citados não assumem que estão na base do prefeito Valmir, mas suas respectivas defesas do contrário são facilmente derrubada e questionável, haja vista, a postura e ações.
Só para citar um exemplo, a Secretaria de Cultura (pela oitava vez teve a sua gestão interrompida para atender a interesses políticos, famosa “moeda de troca”) foi entregue ao controle da vereadora petista Joelma Leite. Isso não confirma que a referida parlamentar passa a ser governo? Ou o prefeito resolveu distribuir espaços em sua gestão para a oposição? Ou a adversários políticos? Claro que não.
O fato mais recente é que escancara a postura do PT parauapebense é a presença do prefeito Valmir Mariano ao já tradicional evento de prestação de contas de mandato do vereador Miquinha, em Palmares Sul, seu reduto eleitoral, no último dia 27. A estada do alcaide nunca havia ocorrido no referido evento que já soma sete edições. Valmir não só se fez presente, como compôs a mesa (tomada por petistas, deputados federal e estadual, além de representantes das direções estadual e municipal) discursando a todos os presentes.
Esse fato pode ocasionar diversas análises e processos. Os defensores do Palácio do Morro dos Ventos podem afirmar que se trata de uma ação republicana, um reconhecimento por parte do prefeito de uma importante atitude de transparência de recursos públicos, isso independente de ideologia ou agremiação partidária. Outros, da oposição, irão enxergar que isso não passa de uma estratégia política do prefeito de demonstração de força, aparecer, se fazer presente em eventos dessa natureza, mostrar que está se movimentando, acompanhando os acontecimentos políticos da cidade. Em ano de disputa eleitoral, essas aparições são normais, fazem parte do processo.
Fui informado por uma fonte que a estratégia dos articuladores políticos do Palácio do Morro dos Ventos é de dividir o PT. Para isso cargos e espaços são oferecidos. Alguns aceitam, outros resistem. De certo mesmo, independente de lado político ou grupo de interesse, a presença de Valmir em um encontro petista escancara alguma relação próxima entre a legenda e o atual mandatário municipal. A confirmação de algo que já se assumia nos bastidores, mas sem a confirmação real.
Nesta condição, no atual cenário, como o ex-prefeito Darci conseguirá se manter no PT? Impossível. Valmir e seus auxiliares diretos mexem bem as peças do tabuleiro político, buscando ter o PT sob controle, ou promovendo o xeque-mate político-eleitoral. Façam as suas apostas.
Até que "me convidaram pra esta festa pobre" e confesso que fiquei com vontade de ir, não pela festa, mas sim por curiosidade. Na dúvida, por que ir, por que não ir? Por que ir, por que não ir?, percebi que havia alguma coisa estranha no ar, alguma coisa podre, pois ventos malcheirosos vindos do "sul" incomodavam as minhas narinas - não fui. E fiz bem, aliás, muito bem. Por que perder minha preciosa noite de sono, sabendo o que lá me aguardaria? Nesse caldeirão do diabo, mistura de Darci com Valmir daria o quê? Esse Miquinha & Cia pensa que o povo é o quê? Não pensem que vocês brincam com a minha inteligência! O Henrique Branco tem razão. Revejam as fotos e tirem suas conclusões.
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