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quarta-feira, 15 de março de 2017

PARAUAPEBAS ADERE AO MOVIMENTO NACIONAL CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E CONTRA TEMER



Nessa segunda, 15 de março, o Brasil inteiro parou em protesto a tentativa de destruição da previdência dos trabalhadores, arquitetada pelo governo ilegítimo Michel Temer e seus aliados. Em Parauapebas, mesmo sob um clima chuvoso, centenas de trabalhadores aderiram ao movimento nacional e fizeram uma marcha de protesto.

Professores, estudantes, funcionários dos Correios e
outras categorias se uniram numa corrente para demonstrarem a insatisfação contra o que chamam de ataques aos direitos dos trabalhadores. A reforma da previdência e o sucateamento da educação deram o tom aos protestos aqui no município. 

Reforma da previdência


Segundo as principais lideranças e vários especialistas, o projeto do Temer não é bem uma reforma, mas sim a destruição da previdência dos trabalhadores. Caso o projeto seja aprovado, o trabalhador terá que contribuir por 49 anos ininterruptos com a previdência para ter o direito a aposentadoria integral, e nem poderá ficar desempregado nesse período. Isso será quase impossível num país onde a expectativa de vida oscila entre 63 a 73 anos de acordo com a região.

Para os trabalhadores da educação, essa reforma
ainda será mais desastrosa. Imagine um professor com 70 anos ou mais tendo que dar aulas! Essa profissão, por natureza é desgastante, por isso o direito a aposentadoria especial que está sendo atacada pelo governo.

Educação


Professores e alunos da rede pública estadual engrossaram o movimento em Parauapebas devido ao estado de abandono da educação pelo governo Jatene. "As escolas estão à míngua e os trabalhadores estão há vários anos sem reajuste e, sequer o piso nacional obrigatório o governo está pagando" - afirma o professor Raimundo Moura em entrevista a uma rádio local. Sem contar com a falta de professores, de zeladoras, vigias, secretárias e demais funcionários mínimos para manterem as escolas funcionando minimamente. 

A máfia dos aluguéis


Outro fato que chama a atenção são os aluguéis pagos pela SEDUC aqui em Parauapebas. Locais sem as mínimas condições são alugados a preços exorbitantes, e o pior: nem os diretores tem acesso aos contratos e não tem a mínima ideia dos valores pagos, sugerindo assim que alguém do sistema está faturando alto com isso. Afinal, por que esconder? Não deveria haver transparência na educação?

O caso mais escandaloso é o da Escola Irmã Dulce que teve o prédio interditado desde 2013 e até hoje funciona num prédio alugado. Seria muito mais barato para o governo reformar o prédio, mas esse preferiu abandonar e deixar se deteriorando para sustentar esse esquema. 

Outro caso emblemático é o da Escola Estadual Janela Para o Mundo que funciona também num prédio alugado. Ninguém sabe o teor e nem o valor do contrato. Especula-se que o valor passa de sessenta mil reais mensais. O prédio é cheio de problemas estruturais, hidráulicos e elétricos, e ninguém sabe de quem é a responsabilidade. Para se ter uma ideia, a energia não aguenta a carga e as centrais de ar não funcionam sem a ajuda de um gerador a diesel. Se não fosse pela ajuda da prefeitura, a escola não funcionaria, pois além dos problemas estruturais, o Estado não contrata funcionários.

Além da manifestação de hoje, os professores da rede estadual deflagraram greve geral desde o dia 13 de março, e garantem que permanecerão assim até que o governo cumpra com suas obrigações mínimas. Realmente, estamos num estado de lamúria e abandono que tende a se aprofundar pelas ações políticas de um Estado corrupto que insiste em manter uma política de sucateamento dos órgãos públicos e de privilégios aos políticos.


Um comentário:

  1. Primeiro, parabenizar aos organizadores que demonstraram capacidade de mobilização e aos participantes que foram pras ruas demonstrar sua insatisfação com o desrespeito das "autoridades" e principalmente engrossar o som de FORA TEMER que ecoa em todo o país e fora do país também. Portanto, também da minha parte, FORA TEMER GOLPISTA E TODA SUA LAIA DE CORRUPTOS.
    Segundo, uma pequena correção - que não chega a ser um erro de informação, apenas um pequeno deslize ao digitar: a data, dia 15 de março, ok, está correta; o dia do evento, correspondente à data, foi quarta-feira e não segunda, conforme publicado.
    Isto posto, boa tarde.

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