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sexta-feira, 3 de março de 2017

NOSSOS VÂNDALOS "QUERIDOS"

Hoje (03) assistindo ao telejornal, vi uma cena que está se tornando corriqueira no Brasil: vândalos destruindo paradas de ônibus no Rio de Janeiro, causando transtornos e prejuízos para todo o público. Infelizmente, esse não é um caso isolado e não acontece só no Rio de Janeiro. Acontece no Rio, em São Paulo, no Oiapoque, no Chuí e, principalmente aqui em Parauapebas. Esses seres agem como ratos e vão destruindo tudo o que encontram pela frente. E toda a sociedade paga caro por esses atos.

Mas de onde surgem esses vândalos? Surgem no seio de nossas famílias, na nossa vizinhança, bem debaixo do nosso nariz. Pequenas atitudes vão sendo ignoradas e passando despercebidas e, quando menos se espera, eis aí mais um vândalo, um marginal. No começo, a criança faz uma birra, se joga no chão no corredor do supermercado quando a mãe não lhe compra o doce; um adolescente sai batendo porta, outro chuta uma cadeira... E os pais apenas repetem: "isso é coisa de criança, de adolescente". O estudante comete um ato grave de indisciplina na escola e a direção manda chamar os pais. Depois de várias tentativas, a mãe aparece brava e grita: "com tanta coisa que eu tenho para fazer e vocês me chamam aqui por causa de uma besteira dessa?". 

E assim, vamos formando nossos delinquentes, nossos vândalos queridos. Esses seres crescerão, serão pais e formarão outros vândalos, outros delinquentes para povoar ainda mais nossa sociedade. Eles frequentam igrejas, clubes sociais e convivem conosco. Alguns viram vereadores, deputados, senadores, prefeitos... Outros, viram médicos, advogados e até professores. Outros ainda vestem a camisa da CBF e vão para as ruas bradar contra a corrupção e a roubalheira, para logo em seguida, saquear alguma loja no primeiro tumulto ou chutar mendigos na rua. Outros vão espancar mulheres e fazer piadas nas redes sociais contra negros e homossexuais. Muitos, adoram falar mal dos políticos para, na próxima eleição, votar no pior candidato que lhe prometer alguma vantagem pessoal ou pagar pelo seu voto.

Mas no final das contas, são todos gente "boa", gente "simpática", gente "trabalhadora". Às vezes, temos que imitar seu comportamento para sermos aceitos na sociedade como seres normais, e não sermos taxados como bichos esquisitos, metidos a intelectuais ou coisa do gênero.


5 comentários:

  1. Uma boa leitura para uma reflexão da realidade do real que vem se alastrando. E depois de se muito discutir sobre políticas públicas e ações sociais ou assistências, depois de culpar isso ou aquilo ele ou ela, muitos outros arrodeios para se chegar ao ápice da problemática social, acabam ficando sem resposta ou solução. E uma pergunta que fica sem resposta. Onde vamos chegar com tudo isso que vem acontecendo no meio social, que muitas das vezes vem sendo desenvolvido pela própria família, aquele termo antigo "...se traz de casa" sem menos perceber ou pelo reflexo da sociedade que vivemos? Como atingir esse "câncer social" que vem destruindo os paradgmas construído por uma sociedade ou um cidadão de bem?

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  2. Não custa repetir: estamos caminhando na contramão da história, dando marcha-à-ré em direção à barbárie. Aí os pais dos "nossos vândalos queridos" já não podem fazer nada; porque os "nossos vândalos queridos" já são pais de outros "queridos vândalos". É a roda da reprodução se agigantando - infelizmente.

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  3. Infeliz realidade!Está faltando a muitos pais compromisso e responsabilidade com a boa educação de seus filhos.É em casa que se dá a boa educação.Trabalho constante para dar frutos bons.

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  4. Infeliz realidade!DEVE ser em casa que pais responsáveis e compromissados ensinem a seus filhos serem educados e a saberem conviver harmoniosamente em sociedade.

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