VIVA MANDELA!!!

Apesar dos tropeços, das decepções e do espírito de desânimo com a política, a vida segue em frente

Hoje, 06 de dezembro de 2013. Exatamente 30 dias após eu ter escrito aqui um texto com o título "envergonhado". Havia prometido a mim mesmo que não voltaria a escrever nesse Blog, pois minha pauta principal é sobre política. Aliás, não era para ser. Criei esse Blog com a intenção principal de divulgar o Caminho de Santiago. Política seria apenas uma pauta secundária. Mas não teve jeito. Sou um animal político e quando escrevo sobre política o faço com paixão. Foi um passo para minhas colunas apimentadas tomarem conta desse Blog e levar o numero de acesso para as alturas. 

Após o episódio da aprovação vergonhosa da tal suplementação de cerca de 600 milhões para o prefeito gastar a seu bel prazer, vi que não tinha sentido continuar escrevendo sobre política. Penso que para eu criticar qualquer situação, devo apresentar alternativas práticas, senão fica a crítica vazia, supérflua e inconsistente. E como eu vou apresentar alternativas se meu partido (aqui em Parauapebas) caiu na vala comum? Como eu posso denunciar a votação da suplementação se os 04 vereadores do meu partido votaram a favor? Ainda não digeri isso. 

Quero agradecer aos leitores que continuaram a prestigiar meu Blog. Mesmo sem escrever nada, continuei tendo em média 300 acessos por dia durante os primeiros 15 dias. Atualmente, cerca de 150 leitores ainda visitam o Blog e alguns mandam comentários. Muitos me questionaram pessoalmente sobre essa "greve literária" e respondi a todos com a verdade. Levei um susto quando percebi que já havia ultrapassado 50 mil acessos.

O que me levou a voltar a escrever após um mês? A morte do meu ídolo e guru NELSON MANDELA. Mandela foi e continuará sendo para mim a maior referência de homem, de político, de pacificador, de idealista e de combatente. Com sua morte senti um imenso desejo de escrever para homenagear esse herói.

"Eu lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu cultivei o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. Este é um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”, disse Mandela num célebre discurso quando se defendia no tribunal.

27 anos de prisão

Mandela passou 18 anos detido na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, e nove na prisão Pollsmoor, no continente – a transferência ocorreu em 1982. Enquanto esteve preso, Mandela perdeu sua mãe, que morreu em 1968, e seu filho mais velho, morto em 1969. Ele não foi autorizado a participar dos funerais.

No dia 11 de fevereiro de 1990, Mandela foi solto e, em um evento transmitido mundialmente, disse que continuaria lutando pela igualdade racial no país.

Em 1993 Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento pela sua gloriosa luta contra o apartheid. Em 1994 foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul onde governou até 1999. 

Quando se tornou Presidente todos (inclusive os negros africanos) esperavam de Mandela uma atitude revanchista contra aqueles que o oprimiram e que o mantiveram na prisão injustamente por 27 anos. Mandela fez o contrário: perdoou e instituiu uma política de paz e igualdade racial. 

Mandela foi humilhado, sofreu todas os infortúnios da prisão onde contraiu tuberculose e outras enfermidades. Saiu com uma saúde bastante debilitada e mesmo assim reuniu forças para governar um país marcado pelo ódio entre brancos e negros e pela grave desigualdade social. Ao invés de revanchismo ou vingança, conclamou brancos e negros para construir uma nova realidade na África do Sul. Continuou sendo perseguido, injustiçado e acusado de vários crimes. Continuou firme e construiu um legado para toda a África e para o mundo. Antes de morrer já era considerado um ícone na África e um exemplo no mundo inteiro.

No dia 05 de dezembro de 2013 o Guerreiro descansou. (....................) Perdi um líder vivo e ganhei um herói imortal.

Sugestão de filme: Invíctus.