Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:
“Monólogo”
- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...
- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.
E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.
- Tirei a rolha da primeira garrafa e despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.
- Extraí a rolha da segunda garrafa e procedi da mesma maneira, com exceção de um copo, que virei.
- Arranquei a rolha da terceira garrafa e despejei o uísque na pia, com exceção de um copo, que empinei.
- Puxei a pia da quarta rolha e despejei o copo na garrafa, que bebi.
- Apanhei a quinta rolha da pia, despejei o copo no resto e bebi a garrafa, por exceção.
- Agarrei o copo da sexta pia, puxei o uísque e bebi a garrafa, com exceção da rolha.
- Tirei a rolha seguinte, despejei a pia dentro da garrafa, arrolhei o copo e bebi por exceção.
- Quando esvaziei todas as garrafas, menos duas, que escondi atrás do banheiro, para lavar a boca amanhã cedo, resolvi conferir o serviço que tinha feito, de acordo com as ordens da minha mulher, a quem não gosto de contrariar, pelo mau gênio que tem.
- Segurei então a casa com uma mão e com a outra contei direitinho as garrafas, rolhas, copos e pias, que eram exatamente trinta e nove. Quando a casa passou mais uma vez pela minha frente, aproveitei para recontar tudo e deu noventa e três, o que confere, já que todas as coisas no momento estão ao contrário.
- Para maior segurança, vou conferir tudo mais uma vez, contando todas as pias, rolhas, banheiros, copos, casas e garrafas, menos aquelas duas que escondi e acho que não vão chegar até amanhã, porque estou com uma sede louca!
“Monólogo”
- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...
- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.
E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.
- Tirei a rolha da primeira garrafa e despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.
- Extraí a rolha da segunda garrafa e procedi da mesma maneira, com exceção de um copo, que virei.
- Arranquei a rolha da terceira garrafa e despejei o uísque na pia, com exceção de um copo, que empinei.
- Puxei a pia da quarta rolha e despejei o copo na garrafa, que bebi.
- Apanhei a quinta rolha da pia, despejei o copo no resto e bebi a garrafa, por exceção.
- Agarrei o copo da sexta pia, puxei o uísque e bebi a garrafa, com exceção da rolha.
- Tirei a rolha seguinte, despejei a pia dentro da garrafa, arrolhei o copo e bebi por exceção.
- Quando esvaziei todas as garrafas, menos duas, que escondi atrás do banheiro, para lavar a boca amanhã cedo, resolvi conferir o serviço que tinha feito, de acordo com as ordens da minha mulher, a quem não gosto de contrariar, pelo mau gênio que tem.
- Segurei então a casa com uma mão e com a outra contei direitinho as garrafas, rolhas, copos e pias, que eram exatamente trinta e nove. Quando a casa passou mais uma vez pela minha frente, aproveitei para recontar tudo e deu noventa e três, o que confere, já que todas as coisas no momento estão ao contrário.
- Para maior segurança, vou conferir tudo mais uma vez, contando todas as pias, rolhas, banheiros, copos, casas e garrafas, menos aquelas duas que escondi e acho que não vão chegar até amanhã, porque estou com uma sede louca!
Me encontrava em um ambiente maravilhoso em minhas mãos uma taça de vinho, ouvindo uma música poética de meu ídolo Zeca Baleiro e observando com muito prazer nosso satélite natural(lua). Não podia passar uma virada de ano melhor.
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