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quarta-feira, 23 de maio de 2018

MOVIMENTO "OCUPA CENTRO CULTURAL"

No dia 9 de dezembro de 2017 foi inaugurado o Centro Cultural de Parauapebas, obra importante para a cultura do nosso município. A inauguração já demonstrava que havia algo de errado no ar: uma festa para poucos selecionados (dizem que foi exigência da Vale) que deixou o povo completamente excluído, e que a programação cultural foi suspensa por falta de energia elétrica. 

O Centro Cultural foi construído pela Vale, mas, infelizmente não foi um presente da empresa ao povo de Parauapebas. A obra orçada em $26 milhões foi uma condenação à Vale feita pela Justiça do Trabalho por ter deixado de pagar as horas "in itinere" aos trabalhadores. Portanto, seria uma compensação por danos econômicos provocados a sociedade. Na verdade, um presente concedido pela Justiça ao povo de Parauapebas.

Presente de grego


O que era para ser um presente e alavancar a nossa
politica cultural, proporcionando lazer, arte, cultura e diversão ao povo, acabou se transformando num símbolo de arrogância e incompetência. Localizado no loteamento Alvorá, rua 1, S/Nº (atrás do Partage Shopping), o Centro possui sala de teatro para 200 pessoas, biblioteca, sala de áudio e vídeo, camarins, salas para oficinas, praça de alimentação, ambiente para exposições... e está tudo abandonado e sendo deteriorado pelo tempo. 

Após cinco meses da inauguração, a prefeitura e Vale não conseguem chegar a um entendimento sobre a responsabilidade pela administração. Acontece, que o Centro é do povo. Independente do que está escrito nas clausulas contratuais, se a Vale está colocando qualquer empecilho, caberia a prefeitura, através da SECULT (Secretaria Municipal de Cultura) botar a p... na mesa e decidir. Nesses momentos, o interesse público deve prevalecer ao privado.

Após cinco meses, como não houve competência para abrir o Centro Cultural e fazê-lo funcionar, não resta outra opção senão a iniciativa da sociedade. Assim como surgiu aquele grupo em 2017 denominado "OCUPA CDC", (que impediu a sua demolição), seria a vez do "OCUPA CENTRO CULTURAL". 

Sugiro que os movimentos culturais de Parauapebas cerrem os cadeados, ocupem aquele espaço e coloque a serviço do povo. Esse blogger dará todo apoio. Quem sabe assim, as autoridades entrem num acordo e resolvam esse impasse?!

9 comentários:

  1. Já está em andamento o debate! Vamos ocupar este espaço que hoje ja se tornou para além da arrogância um "Elefante Branco"! Ja fizemos a primeira reunião para pensar como faremos essa intervenção... em breve chamaremos a sociedade para debater o "OcupaEspaçosCulturais"

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  2. Me pergunto, qual interesse foi atendido na construção desse centro nesse endereço, se foi o pessoal ou o coletivo.

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  3. A invasão não é e nunca será a melhor coisa a se fazer, por que sempre que um patrimônio publico ou privado é invadido a depredação é inevitável, porque com aqueles que quer ter uma solução para o problema tem os que quer apenas depredar, depenar ou que seja mesmo roubar. pelo que sei a Vale não quer liberar o espaço por não ter tido o compromisso da administração pública quando ao destino do espaço que é especificamente pra CULTURA, mas em Parauapebas A Secretária de Cultura acha que fazer cultura é contratar shows com caches astronômicos,,,, isso é uma vergonha,,,

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  4. é preciso entender que o movimento ocupa não é invasão e sim um movimento cultural legitimo e popular..movimentos assim só contribuem para a garantia de arte e cultura. fortalece a rede e estabelece diretrizes...nestes movimentos se tem debates..apresentações culturais gratuitas...só ganhamos..

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  5. o ocupa não é invasão..é momento de reflexão e de luta..um movimento legitimo e que só fomenta a cultura local..parabéns meu blogueiro preferido por se posicionar sem de ser feliz..

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  6. Até que enfim alguém teve uma boa idéia. Uma vergonha gastar tanto dinheiro e o centro ficar abandonado por causa de capricho da Vale. Sou contra invasão, mas nesse caso é a única solução. Obrigada Luiz Vieira.

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  7. Não há impasse no funcionamento do Centro Cultural de Parauapebas – CCP. Na verdade o que está faltando é gestão, pois o centro é responsabilidade da Vale, a administração e os custos de manutenção fazem parte do pacote da multa aplicada pela justiça, por isso, não deverá a prefeitura assumir o mesmo, pois se assim o fizesse estaria assumindo os compromissos da Vale impostos pela Justiça.
    Quanto ao OCUPA acho uma proposta muito superficial, pois diante do quadro legal quem assumiria as despesas de manutenção do local? O Conselho de Cultura e os movimentos Culturais têm meios para operacionalizar um espaço de custo elevado de manutenção? Como vão manter os eventos e as oficinas? Ocupar e resistir sempre foi mais fácil, difícil é gerir e produzir.
    Acredito que o melhor caminho é o Conselho de Cultura e os demais movimentos sociais articularem uma reunião com a Vale e a SECULT apresentando uma agenda de eventos culturais que possa privilegiar a população e além dos eventos é fundamental agilizar o funcionamento dos demais espaços, oferecendo cursos e oficinas.

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    1. Meu companheiro secretário João Correia (perdão pelo anonimato, mas sou peixe pequeno no governo), parece que 1 ano e pouco de poder lhe fez esquecer do que aprendeu na militância. O movimento ocupa centro não tem o objetivo de administrar nada. É um ato de rebeldia do movimento cultural, instigado pelo blog do luuz vieira que visa forçar as autoridades a agirem.
      Abraço fraterno.

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  8. Este centro cultural foi durante anos debatido com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, o projeto foi pensado em conjunto para atender aos produtores culturais que estão a margem dos programas econômicos pensados para capital do minério, pessoas que vivem de suas atividades culturais, e não falo dos empresários da cultura, estes estão bem, falo da mana da que vende tacacá, falo do amigo que toca a viola na noite, falo da juventude que dança capoeira (Patrimônio cultural imaterial do nosso lindo Brasil)...
    Ocupar, qual significado? isso não é invasão, que possui um significado totalmente diferente, e não obtêm resultados positivos, vcs tem que ocupar culturalmente, com atividades e debates (que nem foi o #OcupaCDC)que valorizem esses manos e manas que estão ai e no sub emprego, e submisso a politica de favores, e por alguns dias apenas, pois precisamos questionar que politica cultural queremos para o nosso município!? e convenhamos que após tantas conquistas aos longo de quase duas décadas estamos vivendo um retrocesso na politica cultural, chegando a um ponto que mesmo com orçamento garantido, o FEMPA, Festival de Música de Parauapebas, já não acontece há 3 anos! Retrocesso!

    Precisamos questionar! para quem é esse Centro Cultural? para quê? Centro Cultural que em seu ato de entrega, os dançarinos de Carimbó após dançar foram obrigados a se retirarem do espaço, pois o evento era apenas para convidados, a elite politica e empresarial de Parauapebas? Questiono novamente para quem e para que esse Centro Cultural?

    E vou Além! até onde a classe trabalhadora e os produtores culturais irão ficar inertes a esse imenso retrocesso que vivenciamos em Parauapebas??
    É muito triste ver um Conselho de Cultura Inerte e submisso!Um presidente que abondou o cargo! e que os poucos que continuam na luta para manter a chama viva, são travados na burrocracia! e na falta de apoio politico para avançar os seus projetos!

    Enfim, apoio esse movimento, to com vcs!!! e vamos pra cima!

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