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quinta-feira, 21 de abril de 2016

TIRADENTES - O MÁRTIR DA INDEPENDÊNCIA

Hoje, (21) comemoramos o dia de Tiradentes, esse herói da Inconfidência Mineira que foi um dos primeiros líderes que lutou pela independência do Brasil. Os inconfidentes foram perseguidos, presos e julgados. Porém, só o Tiradentes foi condenado a morte por enforcamento em 21 de abril de 1792. Seu corpo foi esquartejado e pendurado em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi pendurada num poste mais alto na praça principal de Ouro Preto para que a população visse e não se atrevesse a sequer falar em independência. Os bens de Tiradentes foram confiscados, sua casa foi queimada e o terreno foi salgado para que não nascesse nem capim. Tudo a mando da Coroa Portuguesa, representada pela rainha Dona Maria - "a Louca".

Hoje, festejamos, homenageamos, aplaudimos e reconhecemos Tiradentes como um herói nacional, o mártir da independência do Brasil, independência essa que só se concretizou em 7 de setembro de 1822 - 30 anos após o seu enforcamento. Mas, é bom lembrar que na época do seu enforcamento, a população aplaudiu e apoiou a rainha portuguesa. O povo foi para a praça do enforcamento gritar histericamente contra Tiradentes, chamando-o de traidor, de conspirador. Por outro lado, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o traidor que era parceiro de Tiradentes e entregou-o para os agentes da Coroa Portuguesa foi aclamado como herói. Somente mais de 100 anos depois, Tiradentes foi reconhecido como herói. Somente em 1965 o dia 21 de abril foi decretado feriado nacional.

Vergonhosamente, nós brasileiros temos a mania de valorizar mais os traidores e crucificar nossos heróis. É comum, reconhecermos esses heróis somente depois de mortos. Foi assim com Tiradentes, com JK, com Getúlio Vargas e muitos outros brasileiros. Preferimos mais os circos dos horrores, os linchamentos públicos e os ataques sensacionalistas da mídia que nos conduz e nos faz acreditar na inversão de valores.

"Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós..."

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