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quinta-feira, 1 de maio de 2014

1º de maio: a velha luta continua

Por Vitor Gianotti



Todos sabem que o 1º de maio é o dia da luta pelas 8 horas. Isto foi 130 anos atrás. Naquela época os traba­lhadores não tinham nenhum direito reconhecido. Com muita luta, muitas greves, protestos e manifestações aos poucos a classe trabalhadora arrancou os chamados direi­tos trabalhistas. Não foi mole, não. Precisou muita força e participação de milhares de trabalhadores.

Só para lem­brar, no 1º de maio de 1919, no Rio de Janeiro (RJ), na Praça Mauá, 60 mil manifestantes se reuniram para exi­gir esses direitos. Foram 10% da população da época. Mas demorou muitos anos ainda até se conquistar algum “di­reito”. Só anos depois os trabalhadores começaram a con­quistar as “Leis Trabalhistas”.

E hoje? Não há mais nada a fazer? Ao contrário. Os em­presários, os patrões, querem voltar atrás. Querem reti­rar o que demorou 130 anos para ser conquistado. Como? Eles querem aumentar seus lucros ao extremo, por isso a exploração aumenta.


Muitos trabalham muitas horas a mais sem ganhar um tostão a mais. Estão sempre conectados ao celular ou ao computador e resolvem, o dia todo, os problemas da em­presa. E o ritmo de trabalho? Aumenta a cada dia. Cada dia tem nova “meta” a alcançar e a produção pró-patrão au­menta. Com isso o estresse avança e a saúde vai pro espaço.

Os planos da política que chamamos de neoliberal estão claros: diminuir custos para o patrão e aumentar seu lu­cros. Como? Nas costas do trabalhador. Com crise ou sem crise querem mais lucros. E para isso precisam manter o governo amarrado aos seus planos, quietinho, sem se mexer, sem mudar quase nada.

E aí, o 1º de maio como fica? Fica um alerta. Ou nós, trabalhadores, partimos para a lu­ta – organizados nos sindicatos, centrais e associações e pressionamos os partidos comprometidos com os traba­lhadores ou perderemos muitas das conquistas de séculos atrás. O 1º de maio nos lembra: de um em um, os patrões nos papam todos. Unidos e lutando firmes venceremos.

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