Por Antonino Brito
Ao longo das seis legislaturas passadas, que
compreende o período entre 1988 a 2012, Parauapebas teve 69 mandatos e 42
felizardos a ostentar o diploma de vereador empossado, ou seja, cumpriram
integral ou parcialmente seu mandato de 4 anos.
Não
tenho duvida que a primeira decisão a ser tomada por um vereador, no inicio dos
trabalhos, é ser oposição ou situação.
Para
alguns, o fato de ser de PARTIDO opositor ( ideais antagônicos) ao novo chefe
do executivo, e ter travado duras batalhas políticas na campanha, não norteia
sua decisão, e sim outros fatores tais como: espaços políticos para honrar
compromissos de campanha, cargos pontuais para indicar e assim manter sua base.
Vou me ater aos acordos políticos, pois os de ordem financeira suscitam um
debate mais aprofundado.
Quebrando
as barreiras partidárias e deixando de lado as bandeiras das ultimas eleições,
todos se nivelam e quem tem mais traquejo político e sabe onde quer chegar,
arregimenta os novos edis, que em meio as muitas pressões, perdem o foco e se
veem votando no que há poucos meses antes, julgavam inaceitável.
Fazendo
um breve levantamento no histórico político destes 42 vereadores, ate dezembro
de 2012, chega-se a uma conclusão no mínimo digna de ser avaliada por nossos 15
EDIS da atual legislatura.
·
Apenas 4
destes chegaram a quatro mandatos.
·
Apenas 5
destes chegaram a três mandatos.
·
Destes,
27 tiveram somente um mandato.
·
O maior cargo exercido por um destes 42, exceto
a vereança, foi o de vice-prefeito, e a honra de ser o único a sair da câmara
rumo a outro mandato eletivo, coube ao já falecido Milton Martins.
No que se refere a legado político, ai vai um ponto de vista particular, podendo não ser compartilhado por
muitos, mas apenas três escreveram seus nomes. São eles:
·
Valdir da Usina- mirou seu mandato nos esportes,
criou o complexo esportivo onde crianças, em sua maioria carentes, praticavam
varias modalidades sendo a principal, a
escolinha de futebol.
·
Altair Borba- fez um primeiro mandato voltado a
fiscalização da aplicação dos recursos públicos, o que culminou num grupo de 4
vereadores (eram 11 na câmara entre 96 e 2000) assinando a CPI contra o
executivo. A historia desta CPI é longa e a mesma não vingou, já que o vereador Altair ficou
só. Sabe-se no meio político o seguinte: um retirou a assinatura após uma
reunião em Carajás, outro renunciou ao mandato em condições ate hoje não
esclarecidas, outro foi para base governista com uma secretaria em seu poder.
·
Odilon Rocha- pode-se atribuir, quem quiser,
muitos defeitos ao vereador Odilon, mas
qualquer um que discuta política em Parauapebas nos últimos 15 anos, vai falar
do poder político exercido por ele na câmara de vereadores. Prova disso é o
que aconteceu com os três últimos
prefeitos (PMDB-PT-PSD), ao perceber que sua relação com o legislativo estava
desgastada, chamou-o para negociar e liderar o governo na câmara, normalmente
resolvendo os ruídos de comunicação.
Estes destaques que cito, todos
tinham algo em comum: tratavam o executivo não como um poder superior, mas como
equivalente, e eram fieis a seus ideais e ideias, republicanas ou não.
Não quero ser duro, mas para mim um legislativo que é subserviente
perde a razão de existir. O direito de poder cassar o mandato executivo e o
executivo não ter a prerrogativa de cassar o legislativo, demonstra o poder da
câmara. Não que eu acredite na cassação do prefeito como melhor opção, mas o
fato é: quem sabe seu valor, tem mais condições de acertar em suas decisões .
“Desconfio de todo idealista que
lucra com seu ideal”. (Millor Fernandes).
Não me sinto tão lerdo assim, mas será que este moço poderia se explicar? Vejam o último parágrafo, por exemplo. Tá doido véi?!
ResponderExcluirAnônimo, acho que você ainda está dormindo. O parágrafo está claro e cristalino. Me diga o que vc não entendeu que eu desenho pra você, pois eu li e entendi perfeitamente.
ExcluirTá. Então me explique o que você entendeu para ver se eu acordo (pode desenhar).
ResponderExcluirCaro anonimo das 11;12, espero tirar suas duvidas relativas ao artigo, e ja o faço sobre o ultimo paragrafo.
ResponderExcluirDisse que a camara perde sua funçao, se apenas chancelar as demandas do executivo. Tambem que nao sou a favor do dito popular "quanto pior melhor", ou seja, tira o fulano e bota o beltrano. E que ao longo da historia ,o legislativo sempre negociou de pires na mao com o morro dos ventos.
Não adianta Antonino. O moço das 11:12 é tapado mesmo. É moco das ideias, tipo lezado mesmo
ExcluirAntonino quanto ao Altair eu concordo com você. Como vc disse no primeiro mandato ele fez a diferença. Só que no segundo mandato ele se entregou ao esquema. Os outros dois vereadores realmente deixaram um legado: um legado maldito que muitos vereadores insistem em seguir e contaminam a nossa câmara.
ResponderExcluir