Por Antonino
Brito
Em 30 dias Vladimir Putin invadiu a
Crimeia, tomou a força o congresso e fez seus congressistas convocarem um
plebiscito que no dia 16-03-2014 decidiu proclamar sua independência da Ucrânia,
abrindo espaço a anexação da agora livre Crimeia ao território Russo.
Acompanho de perto esse incidente
diplomático na Europa, porque acreditava ser a mais seria divergência entre
Washington e Moscou após a extinção da União Soviética, no inicio dos anos 90,
a julgar pela participação incisiva de Obama
no inicio do conflito. O fato é que a União Europeia instigou o povo
ucraniano a uma maior aproximação a Zona do Euro, gerando conflitos internos
que levaram a queda do presidente Vitor Yanukovich, que fugiu para Rússia,
dando inicio a operação de PUTIN
dizendo proteger sua base militar em
Sebastopol na Crimeia, mostrou aos EUA e
UE quem dá as cartas no Leste Europeu, marchando rumo a anexação.
Obama em seus pronunciamentos no auge
da crise, foi duro e contundente com o presidente Russo, chegando a receber na
Casa Branca o presidente interino da Ucrânia Olexander Turchynov, na mesma
semana da queda de Yanukovich, demonstrando
claramente ir ate as ultimas consequências e não permitir a tomada de
parte do território Ucraniano pelos Russos.
O que se viu após a anexação e da
posse, sem dar um tiro, de todas as bases militares da Ucrânia na Crimeia, por
parte do exército Russo expulsando seus militares, que foram chamados de volta
pra casa por ordem de seu presidente interino Turchynov, foi o sentimento de
abandono por seu mais “fiel” protetor e
aliado de ultima hora , os Estados Unidos.
A reação de Barak Obama foi pirotecnia publicitaria e sanções pontuais a pessoas e não ao Estado Russo. Sua
ultima declaração sobre o episodio, nesta quarta-feira 19-03, negando qualquer ação militar na
região e defendendo uma saída diplomática a crise, me faz pensar o seguinte:
* Em uma briga de rua entre uma
criança e um adulto, aparece outro com poder equivalente ao maior e diz: vai
que te protejo. Quando o mais forte está batendo muito, o fraco olha a quem o
incitou com olhar de “e ai? Me ajuda”.
Resposta: “ei grandão, para de bater
nesse menino pô”. E vira as costas indo
cuidar de seus afazeres.
* A Europa, que tem dependência do
gás Russo, patrocinadora desta ação fracassada, deu mais gás a Vladimir Putin
colocando-o definitivamente como poder que equilibrar a Geopolítica mundial, ao
lado dos Estados Unidos.
Resumo: Putin anexou um território,
protegeu sua base militar estratégica, vai continuar vendendo e mandando no gás
Europeu, e ficou mais forte no tabuleiro politico global. A Obama restou a
derrota politica e o direito de ficar “PUTIM”.
É nisso que dá, meter o nariz onde não é chamado. "Brochou" e ainda ficou "PUTIM". toma, nêgo besta!
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