Na sessão de ontem (24) tivemos um raro momento de beleza na Câmara Municipal: as homenagens póstumas a cidadãos de Parauapebas que tiveram seus nomes escolhidos para identidade de escolas municipais. Foi uma atitude louvável dos vereadores, pois o projeto de lei encaminhado pelo prefeito dava nomes de personalidades nacionais às escolas. Os vereadores apresentaram emenda substituindo esses nomes por nomes de pessoas da comunidade. Entre os homenageados, os que mais causaram comoção foi o do dr. Jakson e da Lorena.
A Lorena foi aquela jovem que recentemente foi brutalmente assassinada dentro de sua própria residência. Era uma ativista do movimento jovem da Igreja Católica e quando foi lido a sua biografia, muitos jovens choraram no auditório, demonstrando o quanto ela era querida. Foi representada por sua mãe - professora Joaquina - que estava muito emocionada.
A homenagem ao dr. Jakson também rendeu muita comoção. Vários vereadores testemunharam sobre sua luta por justiça e sua liderança política em Parauapebas. Jakson era presidente da OAB e apresentou várias denúncias de corrupção contra o prefeito Valmir. Misteriosamente, foi assassinado em Manaus numa situação duvidosa. A polícia chegou a conclusão que ele foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). A OAB estadual contestou essa versão, porém, prevaleceu a versão da polícia. Dr. Jakson foi representado por sua esposa - dona Simone - que também estava visivelmente emocionada.
Troca-troca
Tomou posse ontem o suplente Lidemir (o homem do chapéu). Sua posse aconteceu após o maior imbróglio político da história de Parauapebas. Para quem não acompanhou, com a saída da Luzinete, o Lidemir assumiria. Porém, a justiça anulou seu diploma por não prestação de contas, e assumiu a Irmã Teca. Esse, por sua vez, não se deu por vencido e conseguiu reverter a situação em Belém. A Irmã Teca recorreu e a juíza de Parauapebas favoreceu-a com um Mandado de Segurança impedindo a posse do Lidemir. Na semana seguinte, a mesma juíza voltou atras e refez sua decisão. O Lidemir foi empossado de chapéu e tudo, mas isso não quer dizer que está com o mandato garantido.
O que poderá acontecer?
A primeira pergunta é a seguinte: a Irmã Teca sem mandato continuará mandando nas secretarias de Cultura e da Mulher? É claro e notório que o Valmir não a queria lá, tanto que já demitiu-a do cargo de secretária da SEMMU quando ela não tinha mandato.
A Irmã Teca já recorreu a justiça comum para continuar no mandato. A qualquer momento a Mesa Diretora poderá ser surpreendida com outra decisão da justiça. Isso ainda vai dar muito pano para as mangas. Acho que o Brás se precipitou. Na minha opinião, deveria aguardar o prazo regimental para dar posse ao Lidemir, e não fazer a toque de caixa. Olhe só o problema que isso poderá causar: sai a Teca e a diretoria exonera todos os assessores e nomeia os assessores do Lidemir. Daqui há uns quinze dias, caso a Teca volte, terá que exonerar todo mundo e voltar os assessores da Teca. Olhe que confusão! Sem contar com o prejuízo do erário público.
Decoração natalina
Outra novidade que teve ontem na Câmara foi a decoração Natalina. Tinha Papai Noel e rena pra tudo quanto era lado, de forma bem ostentativa mesmo. Deu a impressão de que a turma precisava justificar a gastança. Não sei como ficou o visual noturno, mas os enfeites diurnos ficaram bem exagerados, pra não dizer brega.
O mau gosto é tanto que o prédio da Câmara foi projetado e construído com fontes luminosas. Por falta de qualidade na obra, as fontes nunca funcionaram e ficaram secas, causando rachaduras. Ao invés de corrigirem o problema, aterraram e plantaram grama. Ou seja, preferiram esconder o problema do que resolver. É uma pena, pois as fontes dariam um charme ao prédio e seria um belo cartão postal.
E você leitor, o que achou da decoração natalina da Câmara?